Impacto do uso de mídias eletrônicas no comportamento: perspectiva dos pais de crianças de 7 a 11 anos durante a pandemia da COVID-19
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Tipo
Dissertação
Data de publicação
2021-11-08
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Silva, Natália Sant'Anna da
Orientador
Carreiro, Luiz Renato Rodrigues
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Fuso, Simone Freitas
Rocha, Marina Monzani da
Rocha, Marina Monzani da
Programa
Distúrbios do Desenvolvimento
Resumo
Introdução: O desenvolvimento tecnológico e generalização do acesso trouxe
preocupações com o efeito psicológico do tempo de tela prolongado. Durante a pandemia
da COVID-19, medidas de isolamento/distanciamento social e protocolos de segurança
foram adotadas; dado esse contexto, houve aumento do uso de mídias eletrônicas (ME).
Objetivos: I) descrever o tempo total de uso de diferentes ME em função da idade e sexo;
II) comparar o tempo médio de uso de diferentes ME em função da idade e sexo; III)
verificar se maior tempo de uso de ME, sexo e grupo etário predizem desfechos clínicos
em problemas comportamentais/emocionais. Método: 277 pais/responsáveis por crianças
de 7 – 11 anos preencheram os instrumentos: Ficha de Dados Sociodemográficos,
Formulário dos Pais sobre Uso de Aparelhos Eletrônicos e Inventário dos
Comportamentos de Crianças e Adolescentes/6-18 anos de maneira online. Resultados:
I) Meninos e crianças de 8, 9 e 10 anos passam mais tempo em mídias envolvendo jogos,
enquanto meninas e crianças de 11 anos usam mais mídias para escola/trabalho; crianças
de 7 anos passam mais tempo assistindo vídeos; II) Meninas passam maior tempo nas
mídias de comunicação textual, já os meninos passam mais tempo em jogos adultos.
Crianças de 9 anos passam mais tempo em comunicação textual e em sites, as de 10 anos
usam mais jogos e as de 10 e 11 anos usam mais redes sociais quando comparadas com
crianças de outras idades; III) Ser menina reduz a chance de apresentar pontuações
clínicas em 8 escalas de problemas comportamentais/emocionais; ter entre 10-11 anos
aumenta a chance de apresentar pontuações clínicas em problemas somáticos e reduz a
chance para problemas de conduta. Com relação a mídias eletrônicas, maior tempo em:
comunicação textual aumenta a chance de apresentar pontuações clínicas em 3 escalas;
criação conteúdo aumenta a chance de ter pontuações clínicas em 5 escalas; redes sociais
aumenta a chance de ter pontuações clínicas em 2 escalas; mídias para escola/trabalho
aumenta a chance de apresentar pontuações clínicas em 2 escalas mídias de comunicação
oral aumenta a chance de apresentar pontuações clínicas em retraimento/depressão;
enquanto, maior tempo em: jogos de modo geral reduz a chance de ter pontuações clínicas
em retraimento/depressão; sites diminui a chance de apresentar pontuações clínicas em
problemas de atenção; vídeos reduz a chance de apresentar pontuações clínicas em
problemas de déficit de atenção e hiperatividade. Conclusão: Tais resultados demostram
quais tipos de Mídias Eletrônicas, sexo e idade podem impactar no desfecho clínico de
problemas comportamentais/emocionais e este foi um dos primeiros estudos a avaliar esse
tema durante a pandemia em uma amostra de crianças brasileiras.
Descrição
Palavras-chave
mídias eletrônicas , problemas comportamentais/emocionais , crianças , pandemia da COVID-19