Teste tuberculinico positivo em pacientes com espondiloartropatias: um estudo retrospectivo
Tipo
TCC
Data
2022
Autores
Lemes, Beatriz Silva
Orientador
Nisihara, Renato Mitsunori
Título da Revista
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Membros da banca
Programa
Resumo
Introdução: As espondiloartropatias (SpA) se caracterizam como um grupo
heterogêneo de doenças reumáticas inflamatórias crônicas, que englobam
manifestações comuns entre si, como os aspectos clínicos, radiológicos e
laboratoriais. O uso de medicamentos imunossupressores podem provocar a
reativação da tuberculose (TB) ou o desenvolvimento de infecção latente por
tuberculose (ILTB). Nesse contexto, o teste tuberculínico é utilizado para a
identificação dos pacientes infectados pelo M. tuberculosis, por meio da utilização de
injeção da tuberculina, que desencadeia uma reação de hipersensibilidade tardia no
paciente infectado pelo patógeno. Objetivos: Verificar a frequência de Testes
Tuberculínicos (TT) positivos dentre os pacientes com SpA e se existe associação
entre os diferentes tipos de medicamentos utilizados no tratamento das SpA com o
aumento ou diminuição da susceptibilidade à infecção por M. tuberculosis após o início
do uso dos mesmos. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo onde
foram coletados os resultados dos TT realizados em pacientes diagnosticados com
SpA entre janeiro de 2004 a novembro de 2021 pelo Serviço de Reumatologia do
Hospital Universitário Evangélico Mackenzie. Os dados clínicos e epidemiológicos do
tratamento, assim como os resultados dos TT’s registrado, foram coletados a partir
dos prontuários dos pacientes. Resultados: Foram estudados 174 pacientes, que
realizaram no total 275 testes. Dentre esses, 38/174 (21,8%) pacientes tinham TT
positivo. A positividade no TT foi relacionada com etilismo (P=0,02), e ao uso de
Sulfassalazina (P=0,01). O perfil geral dos pacientes estudados foi: participante
gênero masculino (55,1%), de média de idade de 50,7 anos no período de realização
de seu primeiro TT, com duração mediana da doença de 8 anos, previamente ao
primeiro TT. Ainda, a maioria eram portadores de espondiloartrite anquilosante (77%)
e artrite psoriática (13,2%). Conclusão: A frequência de TT positivo foi de 21,8% nos
pacientes com SpA estudados. A positividade foi significativamente associada com o
etilismo e com o uso de sulfassalazina.
Descrição
Palavras-chave
tuberculose latente , imunossupressão , espondiloartropatias , sulfassalazina , inibidores do fator de necrose tumoral