A responsabilidade penal dos desenvolvedores de inteligência artificial em processamento de linguagem natural em auxílio psíquico para atividades criminosas: uma análise do dever de impor filtros de conteúdo em razão da criação de risco proibido declarado em ação civil pública

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Tipo
Tese
Data de publicação
2025-02-19
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Marangoni, Pedro Henrique
Orientador
Fabretti, Humberto Barrionuevo
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Brito, Alexis Couto de
Silva, Fabio Lobosco
Hermoco, Orly Kibrit
Turbay Junior, Albino Gabriel
Programa
Direito Político e Econômico
Resumo
A tese investiga os limites da responsabilidade penal dos desenvolvedores de sistemas de Processamento de Linguagem Natural (PLN), analisando a omissão de implementar salvaguardas de segurança e filtros de conteúdo que possam impedir o uso dessas tecnologias em atividades criminosas na forma de auxílio psíquico. O objetivo principal é examinar até que ponto a ausência de tais medidas de controle pode ser considerada penalmente relevante no contexto de aconselhamento para crimes e se os desenvolvedores podem ser responsabilizados criminalmente por essa omissão. A pesquisa adota uma abordagem qualitativa, embasada em análise doutrinária e legislação nacional. Um dos principais focos da investigação é o papel da ação civil pública como instrumento para delimitar o risco proibido e, assim, definir juridicamente quando a omissão de filtros de conteúdo pode ser considerada penalmente significativa. A pesquisa se insere na linha a cidadania modelando o Estado, ao considerar o papel do Estado na regulação da inteligência artificial como instrumento de proteção da coletividade, sem comprometer a inovação. Nesse sentido, discute-se como a ampliação da cidadania e a exigência de efetivação dos direitos fundamentais influenciam a formulação de políticas públicas voltadas à governança da IA e à mitigação de seus riscos. A tese questiona, ainda, até que ponto a inovação tecnológica pode avançar sem a imposição de barreiras jurídicas que impeçam seu uso indevido e como equilibrar os limites de informação que a IA pode fornecer com a preservação da liberdade de conhecimento e desenvolvimento tecnológico. Além disso, são levantadas questões sobre o papel da omissão imprópria e o dever de agir por parte dos desenvolvedores, considerando sua posição como garantidores de sistemas que têm o potencial de facilitar a prática de crimes. A ausência de regulação clara contribui para a incerteza jurídica em torno do tema, suscitando a necessidade de um arcabouço jurídico mais robusto e atualizado. Por fim, a tese convida o leitor a refletir sobre o equilíbrio entre os avanços tecnológicos e os riscos jurídicos associados.
Descrição
Palavras-chave
omissão imprópria , concurso de agentes , imputação objetiva , liberdade de conhecimento , regulação tecnológica
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