Do silêncio ao protagonismo em o lado bom da vida: a função paterna no romance e no filme

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Tipo
Dissertação
Data de publicação
2024-02-08
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Bragança , Isabela
Orientador
Moreira, Maria Elisa Rodrigues
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Trevisan, Ana Lúcia
Fiorini, Juan Ferreira
Programa
Letras
Resumo
Esta dissertação tem como propósito analisar a relação entre pai e filho tal como caracterizada no romance O lado bom da vida, de Matthew Quick (2012), e em sua homônima adaptação cinematográfica, de David O. Russell (2012), buscando: a) entender quais foram as mudanças essenciais desse relacionamento familiar entre livro e filme; b) explorar as possíveis motivações para essas escolhas; e, principalmente, c) entender como elas impactam na interpretação das obras pelo público. Estudos que envolvem a discussão sobre a adaptação de obras literárias estão consolidados no meio acadêmico, como os desenvolvidos pela autora Linda Hutcheon (2011), que é a principal referência teórica para este trabalho, visto que ela apresenta e defende uma visão ampla e coerente sobre a recepção de uma obra adaptada, entendendo-a como uma produção criativa, que não deve — não se pretende e não conseguiria — ser idêntica à primeira obra. Com este referencial, tomamos a adaptação cinematográfica de Russell (2012) como uma leitura particular do romance de Quick (2012), na qual foi necessário reestruturar alguns episódios e modificar algumas relações entre personagens, primeiramente pela natureza das mídias, que implicam diferentes tempos e espaços, mas também por outras questões técnicas e sociais. A hipótese norteadora da pesquisa foi de que tanto a reestruturação de acontecimentos do romance quanto a modificação de características de alguns personagens e seus relacionamentos são, em grande medida, decorrentes: 1) do fato de que a obra cinematográfica alcança um público diferenciado, que espera uma dinâmica narrativa mais fluida; 2) da relação pessoal do diretor com a obra de Quick (2012) gerar consequências em suas escolhas técnicas; e 3) da expectativa do público, mesmo que inconscientemente, de ver uma relação parental mais expressiva e condizente com a contemporaneidade, na qual tanto pai quanto filho busquem alguma forma de comunicação, ainda que falha. Para seu desenvolvimento, o trabalho foi dividido da seguinte forma: na Introdução da dissertação explicita-se o tema da pesquisa, objetivos, justificativa e metodologia; no Capítulo 2 são esclarecidos conceitos sobre a relação entre obra literária e sociedade, além de serem apresentadas definições tradicionais e modernas de “família” e da função paterna nesta; o terceiro capítulo analisa a relação parental construída especificamente no romance de Quick (2012); o quarto capítulo apresenta essa relação na adaptação cinematográfica, destacando as implicações interpretativas das mudanças observadas para o público telespectador e leitor. O texto é finalizado com as Considerações finais e com as referências que fundamentaram teórica e criticamente a pesquisa realizada.
Descrição
Palavras-chave
adaptação cinematográfica , paternidade , o lado bom da vida
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