Análise comparativa das trajetórias de transição energética à luz do desempenho econômico: panorama do brasil e internacional entre 2014 e 2022
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Tipo
Dissertação
Data de publicação
2024-08-06
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Costa, Sandra Fernanda Fiorentini
Orientador
Moura Júnior, Álvaro Alves de
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Hamasaki, Claudia Satie
Pires, Julio Manuel
Pires, Julio Manuel
Programa
Economia e Mercados
Resumo
Estudos empíricos indicam que o crescimento econômico está fatalmente associado ao incremento do consumo de energia e de emissões nocivas. A redução das emissões de carbono é, todavia, crucial para mitigar a ameaça do aquecimento global e a transição energética é, nesse contexto, fundamental para tal intento. Observa-se que, para alguns países, especialmente aqueles de maior renda, a transição energética contribui positivamente para o processo de descasamento entre crescimento econômico e emissões de carbono. Assim sendo, o presente trabalho busca refutar referidos postulados empíricos de necessária e inevitável associação entre emissões nocivas e crescimento econômico, por meio da verificação prática de determinadas nações que se engajaram, em termos relativos, em maior escala na tarefa de transição energética e, ao mesmo tempo, mantiveram trajetórias de crescimento. A pesquisa se baseia em uma análise do comportamento do ETI, disponibilizado pelo WEF, em bases anuais (2014/2022). O ETI será confrontado ao PIB per capita do World Development Indicators do Banco Mundial de 119 países que compõem a base de dados do WEF, a partir de uma matriz de correlação entre as duas variáveis em questão. De posse dos resultados dessa matriz, foram selecionados quatros países que apresentaram relevante correlação positiva, para que uma análise qualitativa que identifica os fatores que explicam as suas respectivas trajetórias de transição energética, a partir de aspectos relativos à equidade e inclusão do acesso energético, segurança e sustentabilidade correlata. A hipótese de que os países que investem em energias renováveis e em políticas de descarbonização conseguem fazê-lo em meio a trajetórias de crescimento, impulsionados por aspectos como investimento em infraestrutura e engajamento do Estado, na forma de regulação, foi aqui verificada, diante do exame dos países selecionados neste estudo - o que também se observa pelas métricas de comportamento do PIB per capita versus as emissões nocivas evidenciadas pelo IEA, em aferição de 1990 a 2022. Os fatores que explicaram a relação entre transição energética, no sentido da redução das emissões de gases de efeito estufa, e o desempenho econômico foram distintos para cada um dos quatro países selecionados (Indonésia, Coreia do Sul, Eslováquia e China). O Brasil, dentre os países estudados, tem a matriz energética mais limpa e apresenta as menores emissões de CO2 per capita. Ainda assim, de 2014 para 2023, o país incrementou sua nota no ETI em 8%, apesar das variações na taxa de crescimento do produto nacional. A despeito dos termos de comparação de parâmetros de ETI terem demonstrado uma supremacia brasileira em relação aos países ora sob exame, o Brasil ficou na 100ª posição na correlação entre ETI e PIB per capita realizada o que se deve ao pífio comportamento do PIB per capita, no período sob análise, bastante aquém de seus pares.
Descrição
Palavras-chave
transição energética , crescimento econômico , economia ambiental , economia ecológica