Impacto da Covid-19 na dinâmica de internações e leitos públicos de uma capital do sul do Brasil

Tipo
TCC
Data de publicação
2025-06-05
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Lozzo, Giovanni Palucoski da
Giroto, Heloise Silva
Orientador
Almeida, Pedro Henrique de
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Programa
Resumo
Introdução: As infecções congênitas são adquiridas no útero ou durante a passagem pelo canal do parto ao nascimento e podem estar associadas a morbidade e mortalidade significativas para o bebê. As infecções do grupo TORCHS são um grupo de infecções congênitas agrupadas devido à sua apresentação semelhante. A sigla TORCHS surge dos nomes dos agentes infecciosos causadores das doenças incluídas neste grupo: toxoplasmose, outros agentes (sífilis, HIV), rubéola, citomegalovírus e herpes simples. Apesar de estarem associadas com a morbimortalidade neonatal, ainda é necessário um maior esclarecimento de como essas infecções congênitas afetam o desenvolvimento dos bebês acometidos. Objetivo: Avaliar a prevalência das infecções congênitas em recém-nascidos atendidos em um hospital universitário, descrevendo a característica desses casos. Metodologia: Estudo observacional, descritivo, analítico, transversal, com coleta de dados retrospectiva. Foram incluídos prontuários de recém nascidos com diagnóstico clínico-laboratorial, pelo médico assistente, de infecção congênita realizado no Hospital Universitário Evangëlico Mackenzie, no período de setembro de 2023 a agosto de 2024. A coleta de dados incluiu informações clínicas, resultados de exames, tratamentos e evolução na maternidade. Resultados: A amostra foi composta por 22 recém-nascidos com diagnóstico de infecções congênitas, totalizando uma prevalência de 0,8%. Dentre eles, 12 foram diagnosticados com sífilis congênita, correspondendo a 54,5% do total. Os casos de toxoplasmose congênita e infecção pelo vírus herpes simples totalizaram três recém-nascidos cada, representando 13,6% para cada uma dessas infecções. Além disso, três recém-nascidos (13,6%) foram expostos à sífilis, e apenas um (4,5%) foi exposto ao HIV. Foram encontradas as complicações oftalmológicas, como coriorretinite, lesão macular rósea e hemorragia retiniana nos recém-nascidos com toxoplasmose, já nos recém-nascidos com herpes simples congênita foram encontradas diversas manifestações clínicas, como plaquetopenia secundária à herpes, síndrome de VACTERL, policitemia e dermatite perineal. Nas demais infecções, não foram encontradas manifestações clínicas. A média de internação de recém-nascidos com toxoplasmose foi de 6,5 dias, e com herpes simples congênita foi 36 dias. Conclusão: O estudo evidenciou a prevalência significativa da sífilis congênita entre os casos de infecções do grupo TORCHS, apontando falhas no pré-natal. As infecções identificadas tiveram impacto clínico relevante nos recém-nascidos. Destaca-se a importância da prevenção, diagnóstico precoce e manejo adequado dessas infecções.
Introduction: Congenital infections are acquired in utero or during passage through the birth canal at birth and can be associated with significant morbidity and mortality for the infant. The TORCHS group of infections is a group of congenital infections grouped together due to their similar presentation. The acronym TORCHS comes from the names of the infectious agents that cause the diseases included in this group: toxoplasmosis, other agents (syphilis, HIV), rubella, cytomegalovirus and herpes simplex. Although they are associated with neonatal mortality, further clarification is still needed on how these congenital infections affect the development of affected infants. Objective: To assess the prevalence of congenital infections in newborns treated at a university hospital, describing the characteristics of these cases. Methods: Observational, descriptive, analytical, cross-sectional study, with retrospective data collection. Medical records of newborns with a clinical-laboratory diagnosis of congenital infection by the attending physician at the Evangëlico Mackenzie University Hospital from September 2023 to August 2024 were included. Data collection included clinical information, test results, treatments, and evolution in the maternity ward. Results: The sample consisted of 22 newborns diagnosed with congenital infections, totaling a prevalence of 0,8%. Of these, 12 were diagnosed with congenital syphilis, corresponding to 54.5% of the total. Cases of congenital toxoplasmosis and herpes simplex virus infection totaled three newborns each, representing 13.6% for each of these infections. In addition, three newborns (13.6%) were exposed to syphilis, and only one (4.5%) was exposed to HIV. Ophthalmological complications such as chorioretinitis, pink macular lesion and retinal hemorrhage were found in newborns with toxoplasmosis, while in newborns with congenital herpes simplex, several clinical manifestations were found, such as thrombocytopenia secondary to herpes, VACTERL syndrome, polycythemia and perineal dermatitis. In other infections, no clinical manifestations were found. The average hospital stay of newborns with toxoplasmosis was 6.5 days, and with congenital herpes simplex it was 36 days. Conclusion: The study highlighted the significant prevalence of congenital syphilis among cases of infections in the TORCHS group, pointing out flaws in prenatal care. The identified infections had a relevant clinical impact on newborns. The importance of prevention, early diagnosis and adequate management of these infections is highlighted.
Descrição
Palavras-chave
toxoplasmose congênita , herpes simples , sífilis congênita , HIV , toxoplasmosis , congenital , herpes simplex , syphilis , congenital , HIV
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