Avaliação do perfil epidemiológico e correlação do Neutrophil-Lymphocyte Ratio (NLR) e do Platelet-Lymphocyte Ratio (PLR) com complicações e sobrevida em um ano de pós-operatório na cirurgia para metástase óssea do esqueleto apendicular

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Tipo
Dissertação
Data de publicação
2023
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Teixeira, Matheus Silva
Orientador
Collaço, Luiz Martins
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Greca, Claudio de Paula Soares
Isolan , Gustavo Rassier
Ribas, Carmem Australia Paredes Marcondes
Programa
Princípios da Cirurgia
Resumo
Introdução: A metástase óssea é a neoplasia maligna mais comum do esqueleto, e a tomada de decisão cirúrgica depende de múltiplos fatores, incluindo as complicações pós-operatórias e a expectativa de vida do paciente. A identificação de novos fatores prognósticos pode orientar os profissionais de saúde na tomada de decisão cirúrgica. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico dos pacientes com metástase óssea em ossos longos, a incidência de complicações e taxas de sobrevida pós-operatória. Correlacionar o NLR e PLR com taxas de complicações e sobrevida em 1, 3, 6 meses e 1 ano de pós-operatório. Método: Estudo observacional retrospectivo, com a revisão de 160 prontuários eletrônicos de pacientes submetidos a cirurgia por metástase óssea no esqueleto apendicular durante o período de janeiro de 2010 a dezembro de 2019. Foi traçado o perfil epidemiológico com as seguintes variáveis: idade, gênero, sítio primário, localização da metástase óssea, cirurgia realizada, presença de outras metástases, comorbidade e radioterapia prévia. Foram determinados os valores de NLR e PLR e correlacionados com a sobrevida e com as complicações pós-operatórias. Resultados: A idade média foi 61,5 anos e 64,5% dos pacientes eram do sexo feminino. O sítio primário mais comum foi a mama (62,6%, n=57) e o osso mais acometido foi o fêmur proximal. A taxa de sobrevida média foi de 13,2 meses (0-99,6) e a sobrevida em um ano foi de 34,7% (n=49). A cirurgia de ressecção do tumor com substituição por endoprótese foi o procedimento mais comum. A taxa de complicação pós-cirúrgicas foi de 10% e o tempo médio para a ocorrência de complicações pós-operatórias foi de 27,9 dias (0-140). Foi encontrada a associação da variável neutrófilos com a complicação pós-operatória (p=0,04). A cada 100 unidades a mais de neutrófilos houve um aumento de 1% nas chances de complicações pós-cirúrgicas. Os valores médios do NLR e PLR foram, respectivamente, 5,3 (0,2-30,7) e 199,7 (32,1-676,7). O NLR e PLR não foram um fator de risco para complicação pós-operatória. A partir do 3° mês de pós-operatório, a sobrevida dos pacientes com NLR ≥ 2 (p0.001) diminui de 92,3% para 62,5%, de 69,2% para 41,4% com 6 meses e de 61,5% para 31,3% com 12 meses cirurgia. Os pacientes com PLR ≥ 209 (p0.001) apresentaram uma diminuição na taxa de sobrevida, variando de 69% para 59,3% no 3° mês e de 40,2% para 25,9% com um ano de pós-operatório. Conclusão: Houve uma predominância de pacientes do sexo feminino com tumor de mama. A cirurgia mais frequente foi a ressecção tumoral seguida de reconstrução com endoprótese e a taxa de complicação cirúrgica foi de 10%. A sobrevida em um ano foi de 34,7%. Tanto o NLR quanto o PLR estão associados com uma menor sobrevida em pacientes com MO submetidos ao tratamento cirúrgico, especialmente após 3 meses de pós-operatório.
Descrição
Palavras-chave
cirurgia , extremidade inferior , metástase neoplásica , epidemiologia , sobrevida , comorbidade , complicações pós-operatórias , neutrófilos , linfócitos , plaquetas
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