Impactos da pandemia de Covid-19 em indicadores de saúde mental e física de crianças e adolescentes brasileiros com Transtorno do Espectro do Autismo

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Tipo
Dissertação
Data de publicação
2023-08-24
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Silva, Rafael Menezes da
Orientador
Becker, Natalia
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Teixeira, Maria Cristina Triguero Veloz
Zanon, Regina
Programa
Distúrbios do Desenvolvimento
Resumo
Com o início da Pandemia de COVID-19, medidas de isolamento social para conter a transmissão do vírus foram adotadas globalmente trazendo mudanças significativas na rotina das pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Estima-se que no Brasil mais de 115 mil crianças pré-escolares apresentem esta condição, que já tem uma prevalência global de 1% da população. O acesso precoce ao diagnóstico e tratamento é crucial para minimizar os déficits nas habilidades da criança com autismo e com a interrupção dos serviços de educação e de saúde houve aumento de sintomas psiquiátricos, irritabilidade, ansiedade, agressividade, estresse, alteração do sono e piora dos problemas de comportamento. O objetivo deste estudo foi avaliar os impactos em indicadores de saúde física e mental de crianças e adolescentes com TEA no Brasil, percebidos por seus cuidadores durante os meses de novembro e dezembro de 2020. Foi realizado um estudo transversal, correlacional com uma amostra de conveniência de 141 pais/cuidadores de todas as regiões do Brasil com dados obtidos pela Red Espectro Autista Latinoamérica (REAL). A coleta dos dados foi realizada de forma virtual, no período de novembro a dezembro de 2020, através de questionário contendo 48 perguntas de caráter sociodemográfico, características do isolamento e características comportamentais das crianças e adolescentes. A maioria das crianças e adolescentes com TEA era sexo masculino 85,1%, frequentava a escola antes da pandemia (90,8%) e todos recebiam tratamento prévio. Verificou-se piora na atenção (64,5%), aumento do consumo alimentar (61%), aumento da irritabilidade (75,9%) e aumento de sintomas de ansiedade (71,7%). Uma menor adesão e menor intensidade do isolamento foi relacionado a piora na agressividade (p<0,01) e observou-se uma relação negativa entre o espaço residencial e a quantidade de ingestão alimentar e comportamento de andar pela casa sem nenhum propósito. Assim o estudo concluiu que a Pandemia de COVID-19 trouxe impactos negativos na saúde mental e física de crianças e adolescentes com TEA no Brasil, resultando em aumento de sintomas como irritabilidade, agressividade, ansiedade e depressão. As características sociodemográficas e o apoio dos cuidadores foram fatores importantes neste cenário.
Descrição
Palavras-chave
Transtorno do Espectro do Autismo , tratamento multidisciplinar , Covid-19 , isolamento social
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