“O sertão mudou ligeiro demais”: identidade, memória e intertextualidade em Dora sem véu, de Ronaldo Correia de Brito
Tipo
Dissertação
Data de publicação
2023-08-11
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Ferreira Neto, Haymone Leal
Orientador
Machado, Alleid Ribeiro
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Moreira, Maria Elisa Rodrigues
Soares, Leonardo Francisco
Soares, Leonardo Francisco
Programa
Letras
Resumo
Esta dissertação investiga a representação literária da fragmentação das identidades
nordestinas no romance Dora sem véu (2018), do premiado escritor cearense Ronaldo Correia
de Brito. A fim de cumprir tal objetivo, fazemos uma análise crítica e interpretativa da obra,
ancorada nas transformações recentes do Nordeste brasileiro. Para tanto, baseamo-nos nas
teorias de autores como Stuart Hall (2006), Peter Berger e Thomas Luckmann (2004) e
Zygmunt Bauman (2021) sobre a identidade na pós-modernidade e as consequências sociais
da globalização, bem como nos estudos sintetizados por Joël Candau (2021) acerca da relação
entre identidade e memória. Para além disso, a partir das teorias da intertextualidade
compiladas por Tiphaine Samoyault (2008) e Leyla Perrone-Moisés (2005), e nos estudos de
Robert Alter (2007) sobre a natureza compósita da Bíblia Sagrada, mostramos como o
romancista faz uso da biblioteca, do ethos de escritor sertanejo e da própria produção como
cronista para compor a sua narrativa. Por fim, abordamos a relação entre o romance e a
concepção de mito de Hermann Broch (2002) e associamos a jornada de Francisca com a
ideia de hospitalidade estudada por Jeanne Marie Gagnebin (2009).
Descrição
Palavras-chave
Dora sem véu , nordeste brasileiro , identidade , memória , Ronaldo Correia de Brito , intertextualidade