Espaço urbano e subversão queer : deslocamentos de resistência, percursos e conflitos de coautoria urbana
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Tipo
Tese
Data de publicação
2023-03-01
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Pagnan, Redson
Orientador
Villac, Maria Isabel
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Kato, Volia Regina Costa
Claro , Mauro
Laurentiz , Luiz Carlos de
Puccinelli, Bruno
Claro , Mauro
Laurentiz , Luiz Carlos de
Puccinelli, Bruno
Programa
Arquitetura e Urbanismo
Resumo
A pesquisa propõe discutir as relações entre gênero e espaço urbano, a
partir do conceito de coautoria urbana, ou seja, uma compreensão sobre
o modo como alguns indivíduos ou grupos subverteram o significado
dos espaços urbanos com diferentes formas de ocupação e apropriação
da cidade. Novas práticas sociais relacionadas aos usos espaciais foram
propostas inicialmente pela comunidade gay que a partir da
espacialização do desejo criou, praticamente, uma “cidade queer”, isto é,
alguns espaços instituídos a partir dos novos anseios do corpo do
cidadão, antes compulsoriamente recriminado e normatizado por
estruturas reguladoras, inclusive pela Arquitetura. Ao ter este novo uso
do espaço revelado, percebemos que um conflito é criado entre o saber
institucionalizado sobre as cidades e o saber que é constituído pelo
corpo-ocupação, fomentando assim, a ideia de coautoria urbana como
um tipo de conhecimento. Ser um coautor é responder às desigualdades
por meio de sua colaboração na construção de saberes sobre a cidade,
colocando o corpo ativamente como instrumento de resistência. Assim,
como objetivo principal temos o debate das práticas sociais dos sujeitos
e sobre os elementos que permeiam esses espaços na cidade de São
Paulo, tratando das questões contemporâneas de queer spaces. Nesse
contexto, identificamos possíveis conflitos enfrentados: formas de
inserção social e espacial, percursos, limites e fronteiras, seus
enfrentamentos, traços de sociabilidade e identidade que são
construídos e constituídos na interação de um grupo e seus movimentos
de apropriação urbana. Desse modo, temos categorias de produção do
espaço urbano contemporâneo, aliadas as práticas dos sujeitos. Assim,
formamos um corpus de análise composto por recortes de locais
específicos no eixo Avenida Paulista – Praça da República. Para análise,
abrimos um diálogo entre a teoria da Arquitetura e do Urbanismo, com
reflexões vindas da Filosofia, da Sociologia e da Antropologia com os
estudos das teorias Queer que permitem pensar gênero, sexualidade,
raça e classe social, para além dos binarismos controladores. Portanto,
a pesquisa propõe estudos de micropolíticas que geram micro
articulações urbanas e, assim, espera-se contribuir para ampliar no
campo da Arquitetura e Urbanismo discussões acerca da organização
das cidades (e no campo das Teorias Queer, fomentar a discussão aliada
ao urbano) a fim de que possam ser mais inclusivas e, então, aprofundar
o entendimento sobre a apropriação da cidade e a produção espacial
urbana, tendo em vista que a coautoria urbana é um exercício da
cidadania.
Descrição
Palavras-chave
espaço urbano , coautoria , gênero e sexualidade , queer spaces