Estudo comparativo da utilização do Instrumento de Avaliação de Funcionalidade de crianças com Transtorno do Espectro Autista (IAF – TEA) em contexto clínico e domiciliar

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Tipo
Dissertação
Data de publicação
2022-11-24
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Yamada, Josiane Keyla
Orientador
D'Antino, Maria Eloisa Famá
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Osório, Ana Alexandra Caldas
Orsati, Fernanda
Programa
Distúrbios do Desenvolvimento
Resumo
No contexto atual, a prevalência de pessoas com Transtorno do Espectro Autista vem aumentando notoriamente. Consequentemente, o número de crianças com autismo nos centros de tratamento, nas escolas e na vida social aumentou significativamente, mas também desproporcionalmente à capacitação de profissionais de saúde para atender essa população. A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde é uma ferramenta que pode ajudar a identificar as limitações, funcionalidades e potencialidades destas crianças e permitir que os terapeutas possam criar planos de ensino mais eficazes para os mesmos. O Instrumento de Avaliação de Funcionalidade de crianças com TEA tem como meta avaliar as seguintes áreas: Percepções sensoriais, concentração, aplicação de conhecimentos (exigências pedagógicas), comunicação, comportamento/socialização e tarefas e demandas do cotidiano e pode ser um recurso importante para auxiliar terapeutas. O objetivo do presente estudo foi avaliar as habilidades funcionais, por meio da aplicação do IAF em crianças com TEA, de 6 a 8 anos e comparar os dados de terapeutas e familiares. A pesquisa foi realizada com 21 familiares / cuidadores de pacientes de 6 a 8 anos, com diagnóstico de TEA, que realizam tratamento no Instituto Prado Reabilitação Integrada e 8 psicólogos ABA que atendem as respectivas crianças. Os resultados apontaram que na comparação entre as percepções dos pais e dos profissionais quanto aos itens descritos na escala IAF, não foram encontradas diferenças significativas para nenhum item do questionário. Na comparação do modelo de regressão logística multinomial, verificou-se uma diferença significativa nas respostas dos itens entre crianças de escola pública e particular, entre crianças de idades diferentes, e também entre as habilidades avaliadas. As crianças de escolas públicas tiveram mais respostas “Não” do que “Sim”, comparadas às crianças de escolas particulares, e as crianças de 8 anos tiveram mais respostas “Sim” do que “Não”, e também mais respostas “Às vezes” do que “Não", quando comparadas às crianças de 6 anos. Em relação às áreas avaliadas, as habilidades concentração, percepções sensoriais, e tarefas e demandas do cotidiano tiveram mais respostas “Sim” e “Às vezes” do que “Não”, e as habilidades concentração e tarefas e demandas do cotidiano tiveram mais respostas “Sim” do que “Não”, quando comparados à aplicação de conhecimentos. Podemos verificar que as maiores dificuldades encontradas se referem a tarefas do tipo: ler, escrever, realizar cálculos, desenhos. Diante do que foi exposto, vê se a necessidade de se ampliar esse estudo para o ambiente escolar, com as respostas dos professores, para melhor visão das habilidades e dificuldades dos alunos, visando auxiliar na elaboração do Plano de Ensino Escolar.
Descrição
Palavras-chave
transtorno do espectro autista , CIF , inclusão
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