Elaboração e validade de conteúdo de instrumento sobre conhecimento, práticas e atitudes sobre o Transtorno do Espectro Autista para profissionais da saúde
Tipo
Tese
Data de publicação
2022-05-05
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Farias, Thycia Maria Cerqueira de
Orientador
Brunoni, Decio
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Teixeira, Maria Cristina Triguero Veloz
Lowenthal, Rosane
Amato, Cibelle Albuquerque de La Higuera
Basílio, Jacqueline Arantes Diniz
Lowenthal, Rosane
Amato, Cibelle Albuquerque de La Higuera
Basílio, Jacqueline Arantes Diniz
Programa
Distúrbios do Desenvolvimento
Resumo
Elaboração e validade de conteúdo de instrumento sobre conhecimento, práticas e atitudes sobre o transtorno do espectro autista para profissionais da saúde. O Transtorno do Espectro Autista, comumente designado como autismo, é um dos transtornos do neurodesenvolvimento mais frequentes, apresenta heterogeneidade clínica e etiopatogênica e exige equipes interdisciplinares nas avaliações diagnósticas e nas intervenções terapêuticas. Há relação direta entre o prognóstico e a rapidez com a qual os indivíduos acometidos são identificados, por isto recomenda-se que o diagnóstico seja feito até os 3 anos de vida. Trata-se, portanto, de um problema de saúde pública complexo. A Organização Mundial de Saúde recomenda a elaboração e uso de instrumentos que possam, rapidamente, em diferentes contextos de serviços de saúde, levantar dados dobre o conhecimento, as atitudes e as práticas dos profissionais sobre determinado problema de saúde. Trata-se do KAP (A Guide to Developing Knowledge, Attitude and Practice Surveys - KAP/Conhecimento, Atitudes e Práticas/CAP). No Brasil, evidências revelam que os diversos agentes do Sistema Único de Saúde que lidam com o autismo apresentam deficiências nos diversos aspectos avaliados pelo KAP. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo desenvolver e buscar evidências de validade de conteúdo de um instrumento para pesquisar o Conhecimento, Práticas e Atitudes (CAP) dos profissionais de saúde em relação ao TEA. Foi desenvolvido um instrumento com 30 itens designado versão 1. A análise dos aspectos de clareza, objetividade e precisão do instrumento realizada por 5 juízes qualificados e escolhidos aleatoriamente, permitiu o estabelecimento do Coeficiente de Validade de Conteúdo, por juiz, em cada um dos 30 itens do instrumento e globalmente. Todos os coeficientes ficaram acima do limite inferior de 0,80, adotado para considerar como positiva a validade de conteúdo do instrumento. As sugestões apresentadas pelos juízes para tornar a redação dos itens melhor entendidas pelo público-alvo foram aceitas. A versão 2 foi utilizada um estudo piloto com 30 profissionais da saúde do município de Maceió, Alagoas, Brasil. Esses profissionais exerciam as funções em Unidades Básicas de Saúde e em Centros de Atenção Psicossociais-CAPS. Através de entrevista individual e presencial foi possível concluir que os itens do instrumento foram perfeitamente entendidos pelos 6 profissionais. Diante desses resultados sugerimos a versão 2 (CAP-TEA Profissionais da Saúde) como um Instrumento a ser utilizado no sistema público de saúde brasileiro, SUS, nas Unidades Básicas de Saúde e nos CAPS, como uma primeira abordagem para avaliar o conhecimento, atitudes e práticas sobre o TEA. Essa abordagem poderá contribuir na formulação de estratégias que poderão otimizar as atividades de diagnóstico e intervenção. A análise das respostas dos 30 profissionais aos itens do instrumento permite também concluir que programas de capacitação devem ser implementados entre esses profissionais visando melhorar o atendimento dos indivíduos e famílias com o TEA que são usuários do SUS brasileiro.
Descrição
Palavras-chave
conhecimentos , atitudes e práticas em saúde , profissionais de saúde , Transtorno do Espectro Autista