Enriquecimento ambiental melhora funções cognitivas e alterações comportamentais em ratos adultos nascidos de mães com hipotireoidismo gestacional
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Tipo
Tese
Data de publicação
2021-08-27
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Batistuzzo, Alice
Orientador
Ribeiro, Miriam Oliveira
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Camargo, Esther Lopes Ricci Adari
Osório, Ana Alexandra Caldas
Giannocco, Gisele
Bernardi, Maria Marta
Osório, Ana Alexandra Caldas
Giannocco, Gisele
Bernardi, Maria Marta
Programa
Distúrbios do Desenvolvimento
Resumo
Durante os primeiros estágios do desenvolvimento embrionário o feto depende principalmente do T4 materno. Alterações na disponibilidade do T4 materno podem levar a prejuízos no desenvolvimento do Sistema Nervoso Central (SNC) do feto, com consequências negativas para o comportamento e cognição na vida pós-natal. O Enriquecimento Ambiental (EA)
consiste em uma série de manipulações no ambiente que visam estimular e desafiar positivamente o animal. Diversos estudos demonstram que o EA contribuem para a melhora em tarefas que envolvem memória, atenção e aprendizagem. O presente estudo testou a hipótese de que um protocolo de enriquecimento ambiental apresentaria impacto positivo sobre o
comportamento e a cognição de animais nascidos de mães hipotireoideias. Para testar essa hipótese, ratas Wistar com 8 semanas de idade foram tireoidectomizadas cirurgicamente, 24 dias depois foram tratadas diariamente com LT4 (0,7ug / 100g PC) por gavagem e após três semanas foram colocados para reprodução. Ratas submetidas à cirurgia-sham e que receberam
água por gavagem foram usadas como controles. O desenvolvimento físico da prole de ambos os grupos foi avaliado ao longo dos primeiros 30 dias de vida. No 30º dia foram submetidos a uma bateria de testes comportamentais e aos 60 dias os animais foram submetidos ao protocolo de EA por 8 semanas e o comportamento foi reavaliado após esse período. Os resultados obtidos
mostram que o hipotireoidismo gestacional leva à redução de peso corporal na prole e ao atraso no aparecimento da 1ª e 2ª pelagem, desdobramento de orelha e abertura dos olhos. Aos 30 dias, a avaliação cognitivo-comportamental mostrou que a prole de mães hipotireoideas exibiu prejuízo na memória de curto e longo prazo, conforme avaliado por meio da tarefa de Reconhecimento de Objetos, comportamento do tipo ansioso avaliado pelos testes Labirinto em Cruz Elevado e Teste de Marble e comportamento do tipo depressivo, avaliado pelo teste do Nado Forçado de Porsolt. Aos 116 dias, o EA eliminou corrigiu o prejuízo da memória de curto prazo, mas não o de longo prazo exibido pela prole de mães hipotireoideas como indicado pelo
testes de Reconhecimento de Objetos. Da mesma maneira, o EA corrigiu o comportamento do tipo ansioso na prole de mães com hipotireoidismo indicado pelos resultados dos testes Supressão Alimentar pela Novidade e Marble assim como o comportamento tipo depressivo indicado pelos resultados do teste de Nado Forçado. O presente estudo sugere que uma
estimulação multissensorial pode reverter o comprometimento da memória de curto prazo e comportamentos do tipo ansioso e depressivo na prole de mães com hipotireoidismo.
Descrição
Palavras-chave
enriquecimento ambiental , memória , comportamento , hipotireoidismo gestacional