Análise dos escores prognósticos BAR, PSOFT, SOFT e DRI em pacientes transplantados em um hospital terciário de Curitiba-PR

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Tipo
TCC
Data de publicação
2019
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Rufato, Fernando Torterolli
Watanabe, Rafael Katsunori
Orientador
Tabushi, Fernando
Peixoto, Igor Luna
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Programa
Resumo
RESUMO Introdução: O transplante hepático é o tratamento de escolha para pacientes com cirrose descompensada, carcinoma hepatocelular (dentro dos Critérios de Milão) e hepatite fulminante. A cirrose por álcool e a cirrose pelo vírus da hepatite C são as etiologias que mais submetem os pacientes ao transplante hepático. Os escores BAR, PSOFT, SOFT e DRI são utilizados para o prognóstico de sobrevida dos pacientes pós-transplante hepático. Objetivo: Determinar a epidemiologia dos pacientes transplantados e avaliar a associação de variáveis demográficas e clínicas em relação à sobrevida. Definir o melhor ponto corte dos escores prognósticos BAR, SOFT e DRI, qual o de maior acurácia e avaliar a correlação dos escores prognósticos entre si e em relação ao MELD. Metodologia: Efetuou-se um estudo retrospectivo transversal de 177 pacientes do período de 16 de junho de 2016 a 09 de agosto de 2018 de um hospital terciário do município de Curitiba, Paraná. Foram analisados dados sobre o receptor, doador e transplante, preenchidos os relatórios de transplante de fígado e calculados os escores prognósticos BAR, PSOFT, SOFT e DRI para cada transplantado. Resultados: A cirrose alcoólica (41,2%) e a cirrose pelo VHC (11,9%) foram as principais etiologias pré-transplante. A média de idade dos pacientes foi de 56 ± 11,1 anos, sendo 72,3% do sexo masculino. O melhor ponto corte para BAR foi 9 (AUROC = 0,69) e para SOFT foi 12 (AUROC = 0,73). O escore DRI não discriminou a sobrevida (p=0,139). A maior correlação se deu entre BAR e SOFT (r = 0,72). O MELD está mais correlacionado com o BAR (r = 0,74). A sobrevida ao final de 3 e 12 meses foi de 74% e 69,3%, respectivamente. As variáveis sexo feminino (p=0,013), MELD > 35 (p<0,001) e o transplante prévio (p=0,003), diminuíram significativamente a sobrevida após o transplante, ao passo que idade, IMC, trombose de veia porta no transplante e o tempo de isquemia fria, não se mostraram relevantes para a sobrevida. Conclusão: As principais etiologias para o transplante hepático foram a cirrose alcoólica e a cirrose pelo VHC, com predomínio do sexo masculino. Receptores com o sexo feminino, o MELD > 35 e o transplante prévio estão associados com uma pior sobrevida. O escore SOFT com ponto de corte 12 teve maior acurácia em predizer a sobrevida em 3 meses após o transplante, dentre os três escores estudados.
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Palavras-chave
Escores de disfunção orgânica , Transplante de fígado , Cirrose hepática , Análise de sobrevida
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