Prevalência de olho seco em pacientes portadores de diabetes e sua associação com controle da doença
Tipo
TCC
Data de publicação
2019
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Freitas, Gabriela Roncholeta de Freitas
Ferraz, Giovana Aparecida Moura
Ferraz, Giovana Aparecida Moura
Orientador
Skare, Thelma Larocca
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Programa
Resumo
RESUMO
Fundamento: Embora as alterações no Diabetes Mellitus (DM) sejam bem analisadas e conhecidas, ainda não há muito estudo acerca do aparecimento de olho seco nesta população, bem como sua relação com o tratamento e evolução da doença. Objetivo: Avaliar a prevalência de olho seco na população com diabetes local comparando-a com a da população normal, buscando relação ou não com o tipo do diabetes, tempo, controle glicêmico, sexo e idade do paciente. Casuística e Método: Foram estudadas 240 pessoas do ambulatório de endocrinologia e dermatologia do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie de Curitiba, sendo elas 120 pacientes portadores de DM (tipo 1 e 2) e 120 pessoas sem doenças crônicas (grupo controle) pareadas para sexo e idade. Os dois grupos foram submetidas ao teste de Schirmer, verificando a produção lacrimal para análise da presença de olho seco ou não. As pessoas que apresentaram olho seco responderam dois questionários, um sobre a síndrome do olho seco e outro para avaliar a gravidade do quadro. Dados epidemiológicos acerca de controle do DM foram compilados dos prontuários. Resultados: A prevalência de olho seco em DM foi de 38,33% e o da população normal 25% da sua amostra (p=0,0264). Cerca de 12% do tipo 1 da doença e 45,2% do tipo 2 (p=0,002) exibiram síndrome de olho seco. Pacientes diabéticos mais velhos demonstraram ter mais olho seco (p =0,01). Pacientes em uso de hipoglicemiante oral apresentaram menor produção de lágrimas em relação aos que não utilizavam estes medicamentos (p=0,001). O sexo, o tempo de doença e o controle glicêmico não influíram na produção lacrimal (p=ns). Conclusão: A síndrome do olho seco foi encontrada em maior proporção nos pacientes diabéticos do que na população não diabética. O tipo 2 da doença foi o que apresentou menor lubrificação ocular. O sexo do paciente, o tempo da doença e o controle glicêmico não influenciaram em um maior aparecimento de olho seco. O desenvolvimento de olho seco em portadores de DM tendeu a acompanhar a idade e o uso de hipoglicemiante orais.
Descrição
Palavras-chave
Diabetes Mellitus , Olho seco , Teste de Schirmer.