Psicologia - TCC - CCBS Higienópolis

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  • TCC
    A experiência profissional de pessoas com deficiência: o não reconhecimento da qualificação profissional
    Aguiar, Agatha Pires; Gonçalves, Manoela Izidoro (2019-06)

    Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)

    Introdução: A inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho é um assunto amplamente discutido, seja pelo caráter obrigatório imposto pela Lei de Cotas ou pela compreensão da responsabilidade social relacionada à promoção da igualdade entre todos os indivíduos. Atualmente, o censo estimou que 23,9% da população brasileira tenha algum tipo de deficiência (IBGE, 2010), no entanto, apenas 0,77% tem vínculo empregatício. Muitas empresas apresentam resistência em cumprir a Lei de Cotas por considerar baixa a escolaridade e a qualificação profissional dos candidatos com deficiência, sendo que 6,7% apresenta Ensino Superior Completo contra 10,4% para as pessoas sem deficiência. Para compreender essa realidade faz-se necessário reconhecer a longa trajetória de exclusão vivida por este grupo. Objetivo geral: compreender a experiência de trabalho de pessoas com deficiências com qualificação profissional que possuem vínculo empregatício. Método: estudo qualitativo de natureza exploratória. Foram realizadas duas rodas de conversas com 6 pessoas com deficiência de uma empresa privada da região metropolitana de São Paulo. Para a análise dos discursos foi utilizado o método hermenêutico-dialético. Resultados: Os entrevistados referiram que se não fosse a obrigatoriedade prevista em lei, as empresas não contratariam trabalhadores com deficiência. A possibilidade de crescimento de carreira é repleta de obstáculos, uma vez que ações de incentivo e retenção não são destinadas a esse público, fato atribuído ao desconhecimento por parte dos empregadores sobre as potencialidades das PcD. Foi identificado que a responsabilidade pelas adaptações é depositada nos indivíduos, no sentido de que estes se adaptam à organização do trabalho e não o contrário, sendo este fenômeno cercado por uma noção de superação, muito valorizada pelas empresas e pelas próprias pessoas com deficiência. Referem preconceito por parte das empresas e reproduzem diante de outros tipos de deficiência, sendo a deficiência física percebida como “mais branda” do que a intelectual. Conclusão: Ainda que as pessoas com deficiência tenham ensino superior ou especialização não são reconhecidas pelos empregadores pela qualificação profissional. É imprescindível que as empresas criem políticas de inclusão e gestão de diversidade, de forma que esse público não seja somente inserido nas organizações em um caráter tutelar, mas que seja desenvolvido e valorizado a fim de elevar a sensibilização quanto à promoção de diversidade para as empresas e para a sociedade.
  • TCC
    Em busca da autonomia: cartografia de uma experiência em um centro de acolhida de São Paulo
    Rosa, Andressa Carrijo; Santos, Felipe Zandoná; Papaleo, Taina Vitoria Somaio (2019-06)

    Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)

    O presente texto apresenta os relatos de uma experiência que teve como objetivo analisar as implicações de uma intervenção voltada a compreender a busca pela autonomia do sujeito, junto a usuários de um Centro Temporário de Acolhimento da região central do município de São Paulo. Para tanto, escolhemos a cartografia como método. Foram realizadas estratégias de vinculação, rodas de conversa e ações de apropriação da cidade, acompanhadas de observação participante por, aproximadamente, um ano. A análise aponta que esse serviço, disposto a reinserir socialmente a partir da autonomia individual, acaba fabricando sujeitos desamparados, no sentido de pessoas dependentes da instituição e sem qualquer favorecimento para emancipação pessoal. Essa prática institucional favorece a passividade, a obediência, a dependência de forças extrínsecas que fogem ao controle, impossibilitando quaisquer condições do indivíduo enveredar por um processo de autonomia: gerir seu cotidiano com suas próprias ações e construir sua história. O trabalho evidencia a necessidade de se construir debates e proposições acerca do processo de desinstitucionalização para que essas pessoas possam, de fato, ter condições de se emanciparem.
  • TCC
    A temporalidade na obra fenomenologia da percepção de Merleau-Ponty
    Silva, Gutemberg; Vianna, Sylmara Castro (2019-06)

    Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)

    O ensaio discute o capítulo “A temporalidade”, na obra “Fenomenologia da Percepção” de Maurice Merleau-Ponty, relacionando a noção de temporalidade ao campo da Psicologia, com enfoque nos aspectos subjetivos envolvidos na percepção da temporalidade, para compreender como esses fenômenos se relacionam com o sofrimento humano, tendo em vista sua importância para a existência do sujeito como ser biopsicossocial. Destacam-se, também, as contribuições sobre temporalidade de Sartre, Heidegger e Pascal. São abordadas as dimensões passado, presente e porvir, tratando-se do modo como o sujeito percebe e experiencia a temporalidade, ao considerar os aspectos da historicidade e da liberdade. Ao considerar que o sujeito existe no mundo e a temporalidade, no campo da presença, ambos se relacionam de forma intrínseca, pois, o tempo é construído a partir da fluidez dos acontecimentos vivenciados pelo sujeito: pela subjetividade passado, presente e porvir são percebidos e dotados de sentidos. A memória acessa o passado e a historicidade, que podem apresentar diferentes sentidos de acordo com as novas experiências e gerar novas percepções. O porvir é dotado de antecipação e fantasia, que são mutáveis, dado o correr dos acontecimentos. O porvir pode trazer a sensação de liberdade, pois é um campo de possibilidades, e, por outro lado, é limitado pelo fim da vida. O tempo é uma forma de sentido interna e o sujeito é temporal. Portanto, o sujeito que vive o tempo, sofre em função do tempo, pois sentimentos como culpa, raiva e medo surgem a partir da percepção de acontecimentos ou de possibilidades.
  • TCC
    Influências ambientais nas manifestações fenotípicas de duas síndromes genéticas: estudo de revisão narrativa
    Silva, Natália Sant’Anna; Souza, Ralf Alves (2019-06)

    Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)

    Introdução: Epigenética refere-se às mudanças reversíveis e herdáveis no genoma funcional; processos epigenéticos subjacentes aos efeitos do gene e ambiente, onde há influências bidirecionais. Algumas doenças genéticas humanas têm sido alvo de estudos com abordagem epigenética, como Síndromes de Williams (SW) e Prader-Willi (SPW); a SW é ocasionada pela microdeleção de aproximadamente 25 genes da região 11.23 do cromossomo 7, incluindo o da elastina; a SPW é uma doença genética decorrente da falta de expressão de genes da região cromossômica 15q11-q13 paterna que sofrem imprinting genômico. Assim, é necessário levantar estudos que verificam a influência ambiental relacionada às alterações na expressão gênica desses indivíduos. Objetivo: identificar principais áreas de estudos transculturais que avaliam influências ambientais nas manifestações fenotípicas em SW e SPW. Método: revisão narrativa, efetuada por 2 pesquisadores de modo independente, com mesmos procedimentos em relação as bases de dado, palavras chave, idioma e operadores boleanos; após as buscas, os títulos e resumos de todos os artigos foram lidos e analisados, selecionando-se os que atendiam aos critérios de inclusão. Resultados: as áreas predominantes dos artigos foram ciências biológicas - genética humana e médica, identificadas 4 vezes, seguida de ciências humanas - psicologia fisiológica, cognitiva e social, identificadas 3 vezes nos 7 artigos. Quatro dos artigos discutem o fenótipo comportamental-cognitivo como padrão característico de anormalidades motoras, cognitivas, linguísticas e sociais que se associam de forma compatível com um determinado transtorno biológico. Dentre esses estudos, 2 deles abordam um desenho transcultural, apresentam a importância do ambiente no desenvolvimento de características fenotípicas da SW; os resultados mostraram padrões comportamentais e de linguagem similares, muito provavelmente explicado pelos determinantes genéticos. Os estudos mostraram que, independentemente da cultura na SW, mostrou-se afetações similares e diferentes (provavelmente associado a algum grau de influência ambiental). Conclusão: Para que estudos possam se aproximar a elucidação de aspectos bidirecionais, deverão contemplar variáveis comportamentais complexas dos fenótipos dessas síndromes, bem como as neurofisiológicas. Apesar do amplo período definido para o levantamento, os estudos identificados não permitem plenamente concluir sobre estes aspectos; embora todos tenham uma abordagem que contempla a influência ambiental sobre o genótipo.
  • TCC
    Um estudo sobre a percepção dos sentimentos contratransferênciais na primeira experiência clínica
    Feijó, Tatiana de Gusmão (2019-06)

    Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)

    Apoiada no conceito freudiano de contratransferência e nas contribuições de Heimann e de Racker sobre a utilização dos sentimentos contratransferenciais como instrumento trabalho, a presente pesquisa teve como intenção investigar, descrever e compreender como a contratransferência é conceituada, percebida e elaborada pelos estagiários-alunos na modalidade de atendimento em psicoterapia breve de orientação psicanalítica do Curso de Psicologia de uma Universidade da cidade de São Paulo, além disso, buscou entender se os estagiários ao se darem conta dos sentimentos contratransferenciais o percebem como ferramenta do fazer clínico na prática realizada no Serviços-Escola vinculado ao curso. Porém, vale salientar que o estudo não buscou compreender a dimensão inconsciente da contratransferência e sim se os sentimentos contratransferenciais do estagiário foram utilizados como instrumento de trabalho. Como metodologia, utilizou-se a pesquisa de campo qualitativa, entrevistando oito estagiários do décimo semestre que estivessem fazendo estágio em psicoterapia breve de orientação psicanalítica. Os dados obtidos foram organizados em quatro categorias: conceito de contratransferência, percepção e elaboração da contratransferência, como os estagiários perceberam a contratransferência acontecendo e qual o manejo da contratransferência. Os resultados revelaram que os estagiários entrevistados demostram confusão e dificuldade em definir teoricamente o conceito de contratransferência. Quanto a percepção do material contratransferencial durante o atendimento, três estagiários demostraram perceber os sentimentos contratransferenciais, quatro se equivocaram nesta percepção e um disse não perceber o processo de contratransferência acontecendo durante o atendimento, nem na escrita dos relatórios. Foi possível levantar que a compreensão do processo contratransferencial, associa-se ao momento da supervisão. Segundo os dados levantados, nos casos em que na supervisão não se discutiu a ação contratransferencial no atendimento relatado pelo estagiário, seja por problemas de relacionamento com o supervisor, pela identificação com a história de vida do paciente ou por falta de tempo em supervisão, surgiu o papel da psicoterapia pessoal como elemento para os insights a respeito da ação da transferência e a contratransferência na sessão. Por fim, foi possível observar que os estagiários que participaram da pesquisa não se mostraram capacitados a identificar os elementos transferenciais e “sentirem em si” sua expressão em seu próprio mundo psíquico a ponto de transformá-lo em ferramenta de trabalho, conforme supõe a teoria psicanalítica.