Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
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- TCCColecistite aguda: critérios diagnósticos e epidemiologiaMelo, Bernardo Huçulak; Oliveira, Maria Eduarda Barcik de (2023-11-27)Introdução: A colecistite aguda (CA) caracteriza-se pela inflamação aguda da vesícula biliar, geralmente causada pela obstrução das vias biliares por cálculos. Como sintomas, tem-se dor abdominal, náuseas, vômitos e febre. Ademais, podem estar presentes sinais clínicos como sensibilidade à palpação do quadrante superior direito do abdômen (QSD) e sinal de Murphy, que é um indicativo de colecistite caracterizado pela parada brusca da inspiração durante a palpação profunda da vesícula. O diagnóstico é frequentemente baseado nos Critérios de Tóquio, que levam em consideração indicadores clínicos, laboratoriais e de imagem. Objetivo: Avaliar a sensibilidade, especificidade e acurácia dos Critérios de Tóquio de 2018 (CT18) para o diagnóstico de CA através da coleta de dados de pacientes com abdome agudo em hospital de referência. A análise se concentra na epidemiologia da CA, objetivando avaliar o desempenho dos critérios diagnósticos propostos pelos CT18. Método: Foi conduzida uma análise retrospectiva de 825 prontuários de pacientes submetidos à colecistectomia no Hospital Universitário Evangélico Mackenzie entre janeiro de 2019 e janeiro de 2021. Foram analisados os sinais e sintomas na admissão, exames laboratoriais e de imagem. Além disso, foram coletados dados relacionados ao procedimento cirúrgico, tempo de internamento, uso de antibióticos, presença de intercorrências e exame anatomopatológico (AP) do espécime cirúrgico. Resultados: A maioria da amostra foi composta por mulheres (73,40%) entre 31-59 anos. O sinal mais comum foi dor no QSD. Leucocitose esteve presente em 35,70% dos casos e elevação da PCR em 69,70%. A ultrassonografia foi o exame mais solicitado e a colelitíase foi o achado mais comum. Quanto à cirurgia, a via de acesso mais utilizada foi a convencional na técnica retrógrada. O tempo de internamento teve média de 3,2 dias, antibióticos foram utilizados em 42,10% dos pacientes e segundo o AP, 19,90% dos casos eram de colecistite aguda e 80,10% de colecistite crônica. Os CT18 demonstraram sensibilidade de 77,40%, especificidade de 58,40% e acurácia de 66,10% para o diagnóstico de CA. Conclusão: O estudo conclui que a Guideline de Tóquio de 2018 é relevante para o diagnóstico de CA. Os critérios demonstram uma sensibilidade razoável na identificação da maioria dos casos, porém, a especificidade indica alguma imprecisão na exclusão de casos que não são de CA. A acurácia global é aceitável para a classificação da presença ou ausência da condição.