Medicina - TCC - Curitiba
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Navegando Medicina - TCC - Curitiba por Autor "Aquim, João Pedro Cardoso"
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- TCCFatores de risco para hemorragia precoce após trombólise intravenosa em pacientes com acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI)Aquim, João Pedro Cardoso; Oliveira, Pedro Luís Peniche de (2025-06-05)
Faculdade Evangélica do Paraná (FEMPAR)
INTRODUÇÃO: O acidente vascular cerebral isquêmico (AVCi) representa a forma mais comum de AVC e permanece como importante causa de morbimortalidade no Brasil. A trombólise intravenosa com alteplase é atualmente o tratamento mais eficaz quando administrada nas primeiras 4,5 horas após o início dos sintomas. No entanto, seu uso pode resultar em hemorragias precoces, especialmente intracranianas, que comprometem o desfecho clínico. A identificação de fatores preditivos de risco é essencial para a segurança terapêutica. OBJETIVO: Identificar fatores clínicos, laboratoriais e demográficos associados à ocorrência de hemorragia precoce após trombólise intravenosa em pacientes com AVCi. METODOLOGIA: Estudo retrospectivo, observacional e transversal, aprovado pelo CEP sob CAAE 83664324.6.0000.0103, baseado na análise de 100 prontuários de pacientes com AVCi que receberam trombólise intravenosa entre 2021 e 2024 em um hospital terciário. Foram avaliadas variáveis como idade, sexo, comorbidades, uso de medicações, parâmetros laboratoriais, pressão arterial, escalas clínicas (NIHSS e GCS), tempo até a trombólise e local da hemorragia. Os dados foram analisados com testes estatísticos apropriados, regressão logística e curvas ROC. RESULTADOS: A média de idade foi de 66,35 ± 13,67 anos, sendo 55 % masculinos e 45 % femininos. Hipertensão arterial foi a comorbidade mais prevalente (66%). Hemorragias precoces ocorreram em 20% dos pacientes, sendo 50% intracranianas sintomáticas. A pressão arterial diastólica foi significativamente maior no grupo com hemorragia (99,27 ± 25,43 mmHg) em comparação ao grupo sem hemorragia (85,55 ± 14,72 mmHg, p = 0,028). A média do escore NIHSS foi de 13,19 ± 5,05 no grupo com hemorragia e 10,59 ± 4,77 no grupo sem (p = 0,032). A glicemia e a ureia também apresentaram valores mais altos nos casos com hemorragia (p = 0,033 e p = 0,025, respectivamente). O INR foi mais elevado no grupo com hemorragia (p = 0,033). O uso de antiplaquetários também foi associado à ocorrência de hemorragia (p = 0,048). A regressão logística identificou como preditores independentes: pressão arterial diastólica (OR 1,08; IC 95%: 1,01–1,16), NIHSS (OR 1,47; IC 95%: 1,03–2,10) e histórico de AVC/AIT (OR 43,33; IC 95%: 1,12–1674). A variável com maior acurácia foi o histórico de AVC/AIT (0,78), seguido por uso de antiplaquetários (0,71), PAD (0,66) e NIHSS (0,63). CONCLUSÃO: Pressão arterial diastólica elevada, maior gravidade clínica e histórico prévio de AVC/AIT foram associados à hemorragia precoce. Esses achados podem contribuir para uma triagem mais segura de pacientes elegíveis à trombólise.