Arquitetura e Urbanismo - Dissertação – FAU Higienópolis
URI Permanente para esta coleção
Navegar
Navegando Arquitetura e Urbanismo - Dissertação – FAU Higienópolis por Orientador "Antonucci, Denise"
Agora exibindo 1 - 3 de 3
Resultados por página
Opções de Ordenação
- DissertaçãoFavela Nova Jaguaré: urbanização e regularizaçãoSilva, Mariana Sylvia de Souza (2021-08-05)
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU)
A regularização fundiária e a urbanização de favelas são políticas públicas complementares, e parte de um processo articulado que visa a integração dos assentamentos precários à cidade formal. Defende-se que ambos os conceitos são indissociáveis, tendo em vista que a regularização plena engloba necessariamente as dimensões jurídica, física, social e ambiental. No Brasil, a partir da década de 1980, inicia-se o desenvolvimento de políticas públicas relacionadas aos processos de urbanização de assentamentos precários, no âmbito da arquitetura e urbanismo, e aos instrumentos de garantia de posse da terra, no âmbito do direito. Contudo, apesar de ambos os processos serem parte do esforço multidisciplinar de voltar o olhar para a realidade previamente estabelecida e, a partir dela, criar melhores condições de vida para a população, percebe-se que, em geral, regularização e urbanização são processos dissociados. Nesse contexto, o presente trabalho tem por objetivo analisar os processos de urbanização e regularização fundiária ocorrido na Favela Nova Jaguaré entre 2006 e 2015, realizado pela Secretaria Municipal de Habitação de São Paulo, à luz do Programa de Urbanização de Favelas, do Programa de Metas 2013-2016, da Lei Federal nº 11.977/09 e da Medida Provisória n° 2.220/01. A partir da pesquisa empírica, evidenciou-se que o processo de regularização fundiária da área, o qual culminou na outorga de 3,5 mil títulos de Concessão Especial para fins de Moradia (CUEM) e Concessão de Direito Real de Uso (CDRU), não foi efetivamente concluído, visto que o registro no cartório não foi efetivado. As questões identificadas apontam para a necessidade de que a base fundiária seja amplamente analisada e discutida como diretriz inicial no desenvolvimento de projetos para que se alcance a maior efetividade das ações de regularização. - DissertaçãoParaisópolis: morfologia urbana por meio da escola inglesaSantiago, Willian Gonçalves (2022-02-16)
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU)
Internacionalmente associadas à paisagem carioca, as favelas são elementos característicos da paisagem urbana das principais cidades brasileiras, mas principalmente das regiões metropolitanas, sendo os locais em que os mais pobres são forçados a se aglomerar para viver no meio urbano, em um processo que continuamente os leva cada vez mais para as periferias. Considerando a metrópole paulistana, a favela de Paraisópolis é majoritariamente formada pela ação individual de cada morador, que a edifica e dá forma ao que se vê hoje, sendo os edifícios construídos pelo poder público nas bordas da comunidade a principal quebra de continuidade do aspecto formal. Considerando esta discrepância formal, e a aparente homogeneidade do tecido, esta dissertação procura compreender a complexidade da forma urbana desta favela, inserindo- se no campo teórico da morfologia urbana, apresentada por Pereira Costa e Gimmler Netto (2014) e Oliveira (2016), e em especial nos procedimentos desenvolvidos pelo geógrafo Conzen (1960), considerado o criador da escola inglesa de morfologia urbana. Por meio da análise proposta, verificou-se que a forma urbana sofre diferentes tipos alterações de acordo com os períodos socioeconômicos, que estão sobrepostos na cidade atual. Foi notada correlação entre os resultados obtidos no estudo realizado em Paraisópolis e o estudo feito por Conzen (1960) para a cidade de Alnwick, na Inglaterra. A base de dados consistiu em cartografias antigas e fotos aéreas dos órgãos públicos de planejamento que foram redesenhados e georreferenciados. Não é nova a tentativa de entender favelas por meio de estudos morfológicos, entretanto o trunfo deste trabalho é se manter dentro do espectro de pesquisas mais consolidadas. - DissertaçãoUm século do plano de Saturnino de Brito, Santos/SP: análise morfológica urbanaAraújo, Frederico Zaidan Soro (2023-04)
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU)
Na segunda metade do Século XIX, após quase três séculos de estagnação econômica, a vila de Santos se emancipa, torna-se cidade e encontra-se em uma crescente expansão urbana com a exportação de café para todo o mundo. Seu transporte desde o planalto paulista, em uma rede de trens e navios movidos pelo motor a vapor, símbolo máximo da era conhecida como “revolução industrial”, inaugura novas formas de comércio e do trabalho - agora livre - após a abolição da escravatura e a Proclamação da República. Com a modernização portuária sua área se expande e avança pela borda oriental do canal do estuário rumo a barra. Simultaneamente, a centralidade também se expande rumo a orla marítima, por novas avenidas paralelas ao “antigo caminho do mar”, no boqueirão elevado dos manguezais. Para viabilizar a ocupação da região alagadiça do leste da ilha, assim como equacionar a inexistência de um sistema eficiente de esgotos sanitários em Santos - causa de constantes epidemias - é idealizado um complexo sistema de saneamento, dotado de canais de drenagem e aterros, projetados pelo engenheiro Francisco Saturnino de Brito, a partir de 1905. Seu projeto, concebido na escala de uma cidade nova, define o parcelamento e a ocupação do solo durante os quase setenta anos até a sua integral implantação. Este trabalho procura por meio da metodologia aplicada pela Escola Inglesa de Morfologia Urbana, compreender caminhos, ruas e edifícios, resultantes de um século do Plano de Saturnino de Brito para Santos, aprofundando o conhecimento da paisagem urbana e de seu território, desde sua criação até a saturação do solo urbano de sua área originalmente projetada, ocorrida entre os planos diretores de 1968 e 2005.