Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
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Navegando Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR) por Orientador "Franck, Claudio Luciano"
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- TCCAnálise da injúria renal aguda tardia do paciente queimado em terapia intensivaGalvão, Letícia Holtz; Montenegro, Paula (2023-11-27)Introdução: No Brasil, as queimaduras representam um agravo significativo à saúde pública. São responsáveis por graves lesões que podem levar a incapacidade física e psicossocial. Uma complicação comum que pode ocorrer em queimaduras graves é a injúria renal aguda, que pode trazer graves consequências ao paciente. Assim, a melhor compreensão das características clínicas, a detecção e prevenção precoce dos fatores de risco que afetam a ocorrência e a gravidade da injúria renal aguda e a intervenção precoce podem efetivamente reduzir a incidência e a progressão dessa complicação, melhorando seu prognóstico. Objetivo: Analisar os fatores que influenciam na gravidade da injúria renal aguda do paciente queimado internado em terapia intensiva, correlacionado com características antropométricas, características da queimadura e características do prognóstico do paciente. Métodos: Foram avaliados 137 pacientes no período de um ano, conforme características antropométricas (sexo, idade e obesidade), características da queimadura (etiologia, superfície corporal queimada e porcentagem de queimadura de 3º grau) e características do prognóstico (escore ABSI, presença de sepse e desfecho). Esses fatores foram correlacionados os estágios de injúria renal aguda que os pacientes apresentaram durante o internamento. Resultados: Os fatores relacionados a características antropométricas dos pacientes apresentaram diferença estatisticamente significativa com os estágios de injúria renal aguda apenas com a faixa etária (p = 0,010), enquanto os fatores sexo (p = 0,114) e obesidade (p = 0,140) não apresentaram essa correlação. Em relação as características da queimadura, a porcentagem de superfície corporal queimada (p = 0,003) e porcentagem de queimadura de 3º grau (p = 0,032) apresentaram diferença significativa com a injúria renal aguda, enquanto o fator etiologia da queimadura não apresentou essa correlação (p = 0,576). Os fatores de prognóstico do paciente também apresentaram associação significante com a injúria renal aguda, como o risco de óbito pelo escore ABSI (p = 0,009), presença de sepse (p = 0,000) e desfecho do paciente (p = 0,000). Conclusão: Na análise dos fatores que influenciam na injúria renal aguda do paciente queimado internado em terapia intensiva, pacientes com as variáveis idosos, maior área de superfície queimada, maior porcentagem de queimadura de 3º grau, alto risco de morte pelo escore ABSI calculado na admissão, presença de sepse e desfecho óbito, apresentam correlações estatisticamente significativas com a gravidade da injúria renal.
- TCCAnálise da ventilação mecânica controlada a pressão em queimadosSimonete, Arthur; Silva, Natalia Albertini da (2022)Introdução: Queimaduras estão entre as mais frequentes modalidades do trauma no mundo e podem cursar com a Síndrome da Disfunção Respiratória Aguda, quando se torna necessário a ventilação mecânica, a qual é uma terapêutica que pode causar a Lesão Pulmonar Induzida por Ventilação Mecânica e seus danos pulmonares podem ser irreparáveis. A mechanical power mensura a quantidade de energia transferida do ventilador ao sistema respiratório e considera-se como um unificador dos mecanismos da lesão pulmonar, todavia restam dúvidas a serem esclarecidas. Objetivos: Analisar a ventilação mecânica controlada a pressão em queimados; definir e comparar os valores da mechanical power entre os principais grupos etiológicos encontrados em Unidade de Terapia Intensiva, correlacionar valores da mechanical power ao longo do tempo de ventilação mecânica com o desfecho de queimados e correlacionar os componentes da ventilação com o desfecho de queimados. Metodologia: Estudo longitudinal, observacional e analítico de 686 parâmetros coletados diariamente dos ventiladores e fluxogramas de 150 pacientes em ventilação mecânica controlada a pressão, na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie. Dividiu-se os pacientes em quatro grupos: queimados, clínicos, cirúrgicos e acidente vascular cerebral, calculou-se a mechanical power através das fórmulas de Becher et al. (2019) e de Van der Meijden et al. (2019) e analisou-se estatisticamente os valores obtidos da mechanical power e os componentes da ventilação. Resultados: O valor médio encontrado da mechanical power em queimados, pela fórmula Becher S foi 31,4 J/min e pela fórmula Van der Meijden foi 28,1 J/min, ambas com diferença em relação aos outros grupos (p<0,001) e evidenciou-se uma correlação positiva forte entre as fórmulas (0,888) com viés de 2,52. Notou-se que valores elevados da mechanical power pela fórmula Becher S (p=0,029) e Van der Meijden (p=0,038) se relacionaram significativamente com o óbito, independentemente do tempo, assim como, valores elevados de PEEP, pressão de pico, pressão média, pressão platô, driving pressure, todos com p<0,001, frequência respiratória com p=0,015, variação da pressão inspiratória com p=0,033 e resistência com p=0,027 e baixos valores de volume corrente com p=0,005. Conclusão: Na análise da ventilação mecânica constatou-se que os valores médios de mechanical power em queimados se mostraram mais elevados do que nos outros grupos avaliados e que independentemente do tempo sob ventilação, interferem no desfecho com significância estatística, assim como, os valores maiores de PEEP, pressão de pico, pressão média, pressão platô, driving pressure, frequência respiratória, variação da pressão inspiratória e resistência e os valores menores de volume corrente.
- TCCAnálise de protocolo de insulinização específico para o grande queimado: resultados e desfechosLopes, Artur Blos; Negri, Erick (2023-11-27)INTRODUÇÃO: A hiperglicemia induzida pelo estresse e a resistência insulínica são fenômenos fisiopatológicos característicos de pacientes grandes queimados. Estes, por meio da hiperglicemia prolongada, estão mais suscetíveis a desfechos clínicos adversos, tais como: infecções, sepse, aumento da atividade catabólica e acréscimo de mortalidade. Assim, o controle glicêmico adequado é prioridade na população de grandes queimados, o qual deve ser realizado por meio de um protocolo eficaz e seguro. OBJETIVO: Analisar o protocolo de insulinização específico para o grande queimado e compará-lo ao protocolo de insulinização geral quanto a resultados e desfechos. METODOLOGIA: Estudo observacional analítico transversal retrospectivo que analisou o prontuário de pacientes grandes queimados admitidos na UTI queimados do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie. Trata-se de uma pesquisa com amostra de 88 pacientes, que foram divididos em dois grupos. Em um grupo de 41 pacientes foi utilizado o protocolo de insulinização geral, e em outro, com 47 indivíduos, utilizou-se o protocolo específico para o grande queimado. RESULTADOS: A variação glicêmica média diária (p=0,027) e a média das glicemias máximas diárias (p=0,022) foram significativamente maiores no grupo que utilizou o protocolo de insulinização geral e a média das glicemias mínimas diárias (p=0,71) foi semelhante entre os dois grupos. A mortalidade predita pelo índice ABSI foi significativamente maior no grupo que utilizou o protocolo específico quando comparado ao grupo do protocolo geral (p=0,004). Apesar disso, não foi encontrada diferença com significância estatística entre ambos os grupos quanto à mortalidade observada (p=0,61). CONCLUSÃO: Na análise do protocolo de insulinização específico para o grande queimado, verificou-se que a média da variabilidade glicêmica e a média das glicemias máximas diárias foram menores no grupo do protocolo específico em relação ao grupo do protocolo geral com significância estatística, e a média das glicemias mínimas diárias foi semelhante entre os grupos. A mortalidade predita pelo índice ABSI apontou-se maior para o grupo do protocolo específico em relação ao do protocolo geral, com significância estatística. Contudo, a mortalidade observada entre os grupos foi semelhante.
- TCCPerfil dos pacientes sob cuidados paliativos em UTICavalheiro, Gabriel Rodrigo; Zanchet, Giovana Baduy (2022)Pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) demandam cuidados específicos, principalmente aqueles em terminalidade de vida. Neste contexto, os cuidados paliativos (CP) objetivam promover medidas de conforto e dignidade, além de reduzir futilidades terapêuticas, acolher familiares e direcionar melhor os recursos hospitalares. O estudo sobre essa temática é extremamente relevante para que se possa reduzir a prática de distanásia em UTIs e melhorar a qualidade de vida dos indivíduos que estão passando pelo processo de morrer. Objetivo: Analisar o perfil dos pacientes internados em UTI que receberam CP. Comparar a mortalidade em UTI e em hospital, permanência em UTI, permanência hospitalar e tempo em ventilação mecânica entre os pacientes em UTI que receberam CP e os que não receberam. Analisar as condutas paliativas na UTI. Metodologia: Estudo analítico, observacional e retrospectivo, com revisão de 294 prontuários de internamentos em UTIs do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie entre setembro de 2021 e fevereiro de 2022. Foram analisados: idade, sexo, IMC, índices APACHE II e SOFA, motivo do internamento, tempo em ventilação mecânica, tempo de permanência em UTI e hospital e desfecho. Resultados: Dos 294 pacientes internados em UTI, 15% receberam CP. Subdividiram-se em internamentos por motivos clínicos, representando a maioria, seguido de motivos cirúrgicos, traumas e queimaduras, com predominância do sexo masculino. O IMC médio foi de 25,4 e estes pacientes foram, em média, 13,2 anos mais idosos que os pacientes que não receberam CP. Em média, ficaram 7,7 dias a mais em ventilação mecânica que os demais. O SOFA foi 1,8 pontos superior e o APACHE II foi 5,8 pontos superior neste grupo de pacientes. Estes permaneceram 7,2 dias a mais em UTI e ficaram hospitalizados por 30,9 dias, em média. Encontrou-se diferença significativa na incidência de óbito dos dois grupos, sendo que a maioria dos pacientes que receberam CP foram a óbito durante a hospitalização. Entre as condutas paliativas aplicadas, as principais foram promoção de medidas de conforto, tratamento clínico não invasivo, não agregação de suporte avançado de vida (SAV), extubação paliativa e suspensão de drogas vasoativas. Conclusão: O perfil do paciente internado em UTI que recebe CP é descrito por indivíduos mais idosos, com maior pontuação nos índices SOFA e APACHE II e internado em UTI devido a causas clínicas. Apresentam maior mortalidade, maior permanência hospitalar e em UTI e mais dias sob ventilação mecânica. As principais condutas paliativas em UTI são tratamento clínico não invasivo, promoção de medidas de conforto, não agregação e remoção de SAV.