Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
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Navegando Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) por Orientador "Blascovi-Assis, Silvana Maria"
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- TeseAdaptação transcultural do MABC-2 e avaliação de crianças com Transtorno do Espectro Autista entre 7 e 10 anosQuedas, Carolina Lourenço Reis (2019-08-13)
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) caracteriza-se por um transtorno do neurodesenvolvimento que acarreta prejuízos sociais, comportamentais e de comunicação. O desenvolvimento motor não faz parte dos critérios de diagnóstico, porém, não é menos importante do que outros aspectos e deve ser considerado no processo de avaliação e intervenção da criança com TEA. Objetivos: Realizar tradução e adaptação transcultural da versão no idioma Português/Portugal para o Português/Brasil da escala Movement Assessment Battery for Children-2 (MABC-2), Banda-2 para a faixa etária de 7 a 10 anos e testar a versão traduzida em crianças com TEA do sexo masculino, verificando as necessidades de adaptações da escala para este público, bem como a influência do nível de inteligência nos escores das tarefas motoras. Método: O estudo foi realizado em três etapas: Etapa 1: tradução e adaptação transcultural da escala MABC-2 do idioma português de Portugal para o português do Brasil; Etapa 2: Avaliação de 10 participantes com TEA pela MABC-2 traduzida para análise de confiabilidade inter e intra examinadores e proposta de adaptações para o uso do instrumento com essa população; Etapa 3: avaliação de 30 crianças que apresentavam laudo de TEA, as quais foram indicadas pelas escolas e instituições participantes. Foi aplicado o teste das Matrizes Progressivas Coloridas de Raven (MPR) para critérios de inclusão e a MABC-2. Resultados e Discussão: A escala MABC-2, no idioma português do Brasil foi disponibilizada para a Editora Pearson, que detém agora direitos reservados sobre esta versão. Foi possível aplicar a escala em crianças com TEA a partir de registros em filmagem, com adaptação na mediação do tempo e do número de vezes do treinamento da tarefa. A análise das filmagens por dois avaliadores apresentou boa confiabilidade inter e intra examinadores. Na terceira etapa, quando foi realizada a correlação entre os escores da MABC-2 e da MPR observou-se que as correlações com os escores padrão entre os domínios avaliados pela MABC-2 e os resultados do MPR mostraram ser média para DM (r=0,454, p=0,012) e EQ (r=0,324, p=0,081) e pequena para J&P (r=0,170, p=0,368). Pelo sistema semáforo ficou evidenciado que o grupo estudado apresentou escores baixos, com 83% dos avaliados classificados na zona vermelha, o que representa dificuldade motora significativa. Conclusão: O uso da MABC-2 possibilitou identificar algumas adaptações que podem favorecer a avaliação motora no grupo estudado. Os testes de correlação entre os escores do MPR e as habilidades motoras mostraram que o grau de inteligência parece influenciar o desempenho motor. Considera-se, a partir dos dados obtidos, a relevância de estudos e avaliações na área motora para crianças com TEA, a fim de que possam ser caracterizadas as necessidades de apoio psicomotor para este grupo, minimizando os fatores que podem interferir no desempenho de tarefas motoras e, consequentemente, em seu desenvolvimento global. - DissertaçãoEfeitos de um programa de gameterapia controlada por leap motion na função manual de adultos com paralisia cerebralKintschner, Natália Regina (2020-02-04)
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
O objetivo desse estudo foi avaliar os efeitos de um programa terapêutico com uso de jogos de Realidade Virtual (RV) controlados pelo sensor Leap Motion Controller (LMC) na função manual de adultos com Paralisia Cerebral (PC) e a usabilidade do sistema proposto para reabilitação motora. Os jogos permitem desenvolver habilidades de destreza manual e podem ser utilizados de modo imersivo (versão headset) e não-imersivo (versão desktop). Participaram do estudo cinco pessoas com PC, acima dos 18 anos, com quadros de paresia em membros superiores, classificados como níveis II, III e IV pela escala de Classificação da Habilidade Manual (MACs) e III e IV pelo Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS). A função manual foi avaliada antes do início do programa de jogos, na oitava sessão e ao final da intervenção pelo Teste de Caixa e Blocos (TCB) e pelo Teste de Função Manual Jebsen-Taylor (TFMJT), que são medidas amplamente usadas na literatura para quantificar tarefas motoras que envolvem habilidades diversas em tempo de execução. Para a medida de força de preensão palmar foi realizada a dinamometria. O programa proposto constou de 15 sessões em frequência de duas vezes na semana, em uma Associação de atendimento às pessoas com PC na cidade de São Paulo. Não foram encontrados resultados com significância com valor de p≤0,05 para as avaliações de força de preensão e nas tarefas do TFMJT, o que indica estabilidade do quadro. No TCB houve resultado significante para a mão não dominante (p=0,030) e foi observada tendências de melhora sem confirmação estatística para mão dominante, com valores crescentes nas três avaliações. Alguns jogos mostraram-se mais motivadores e por meio de depoimentos, os participantes demonstraram satisfação e sugeriram mudanças técnicas para melhorar a usabilidade. Recursos terapêuticos motivadores devem ser considerados na terapia de adultos com PC. - TeseImpacto do período da pandemia covid-19 na prática de atividades físicas e no comportamento das crianças em idade escolarAmorim, Ana Rita Avelino (2022-08-10)
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
A Organização Mundial da Saúde (OMS), em pronunciamento oficial, classificou a COVID-19 como pandemia e em decorrência desse evento, a sociedade como um todo foi severamente afetada. Em particular, as crianças foram privadas do contato social, em escolas, parques, clubes, academias ou outras instituições e tiveram uma forte restrição de atividades motoras. Diante desse quadro, esse estudo teve como objetivo investigar o impacto do período de isolamento social, durante a pandemia COVID-19, nas práticas de atividades físicas e no comportamento de crianças, incluindo a validação de conteúdo de um questionário adaptado de atividades físicas e comportamento sedentário. A amostra foi composta por 68 pais e ou responsáveis por crianças com idades entre 6 e 11 anos, sendo 39 meninas e 29 meninos, destas 40 regularmente matriculadas na rede pública e 28 na rede privada do Ensino Fundamental I, de municípios da Região Metropolitana de São Paulo. Os instrumentos utilizados foram o Questionário de Identificação, Questionário Socioeconômico da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa para o Brasil (ABEP), Breve Monitor de Problemas – Formulário para pais de crianças e adolescentes entre 6 e 18 anos (BPM-P) e Questionário adaptado de Atividades Físicas e Comportamento Sedentário (QAFCS). A adaptação do QAFCS obteve índice de validade de conteúdo de 0,931. Os questionários foram encaminhados por aplicativo de mensagens ou por e-mail e respondidos no período de dezembro de 2021 a março de 2022. Os resultados indicaram que os impactos da pandemia foram percebidos pelos responsáveis na diminuição da prática de atividades físicas (média de 3,56 para 2,56 dias/semana), no aumento do sedentarismo (média de 5,1 para 9,8 horas/dia de tela e atividades sedentárias), observando se um incremento no tempo de uso de telas como recurso de interação entre criança-escola e de lazer, com ganho médio de peso de 5,4 quilos em um ano. O nível socioeconômico apresentou uma associação positiva antes da pandemia com a maior frequência de esporte individual (rs=0,468; p=0,001). Não foram apresentadas correlações entre problemas de comportamento e a prática de atividade física. Houve associação positiva entre problemas internalizantes e comportamento sedentário durante a semana (rs=0,263, p=0,030) e nos finais de semana (rs=0,342, p=0,004). As conclusões apontam que houve diminuição da prática de atividades físicas, aumento do sedentarismo e alterações de peso no período da pandemia, reforçando-se assim a recomendação de incentivo à prática e vivência psicomotora na infância. Além disso, os familiares e educadores devem estar atentos à associação observada entre comportamento sedentário e problemas internalizantes. Novos estudos são necessários para que se avalie os impactos da pandemia a longo prazo. - DissertaçãoQualidade de vida e sobrecarga de pais de adolescentes com Síndrome de Down: irmãos podem fazer a diferença?Ronca, Roberta Pasqualucci (2017-12-11)
Centro de Educação, Filosofia e Teologia (CEFT)
A Síndrome de Down (SD) é uma cromossomopatia, cujo quadro clínico é explicado por um desequilíbrio presente na constituição dos cromossomos, com a presença de três cópias do par 21. A presença de um filho com a SD pode comprometer a estrutura familiar, refletindo na qualidade de vida (QV) de seus cuidadores. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência da presença de irmãos com desenvolvimento típico na sobrecarga e QV de pais de adolescentes com SD. Variáveis como estado civil, atividade laboral remunerada e condição socioeconômica também foram relacionadas à QV e sobrecarga dos cuidadores. Estudo transversal, descritivo e correlacional, no qual foram entrevistados pais de adolescentes com SD para obter dados quantitativos e qualitativos. A amostra foi formada por 25 famílias representadas por um cuidador, com filhos em idade entre 10 e 19 anos. Essas famílias foram divididas em dois grupos: a) grupo de pais com filhos únicos com SD (GSDU) e b) grupo de pais com filhos com SD e outro (os) filho (os) com desenvolvimento típico (GSDI). Os cuidadores principais desses adolescentes foram selecionados a partir de uma amostragem de conveniência e foram entrevistados para responder o WHOQOL-Bref, o Zarit Burden Interview (ZBI), o Critério de Classificação Econômica Brasil, e entrevista semiestruturada gravada na forma de áudio para avaliação qualitativa sobre a presença ou não de irmãos do adolescente com SD na família. Os dados foram coletados em um único encontro e o tempo com cada cuidador foi de aproximadamente uma hora. A entrevista foi analisada de acordo com as características dos estudos qualitativos, por meio de organização em núcleos temáticos e criação de categorias de análise a partir dos relatos verbais. Os escores obtidos nas avaliações quantitativas foram tratados estatisticamente. Os resultados indicaram que houve pouca diferença entre as famílias que compuseram GSDU e GSDI. Em relação ao WHOQOL – Bref, em ambos os grupos a pontuação média foi considerada regular nas duas primeiras questões e em todos os domínios da escala, embora no GSDU, a questão que avalia quão satisfeito está com a sua saúde, e o domínio físico chegaram próximos da classificação considerada boa. Em relação à sobrecarga, o ZBI para amostra GSDU, apresentou 18,18% ausência de sobrecarga, enquanto 81,81% dos cuidadores apresentaram sobrecarga moderada. No GSDI, 28,57% apresentaram ausência de sobrecarga, 64,28% apresentaram sobrecarga moderada, e apenas uma mãe apresentou sobrecarga de moderada a severa. O nível sócio econômico, a atividade laboral remunerada e o estado civil não foram evidenciados como fatores de interferência para as variáveis estudadas. Conclui-se que a presença de irmãos com desenvolvimento típico não foi fator de influência na sobrecarga e QV de pais de adolescentes com SD para a amostra estudada, pois ambos os grupos apresentaram sobrecarga moderada e QV regular para a maioria das famílias.