Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
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Navegando Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) por Orientador "Campanha, Paula Maria Gênova de Castro"
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- TCCAbordando desafios e controvérsias na restauração de populações de peixes: o caso do Rio Tietê, SPRibeiro , Gabriella Cardoso (2024-12)
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
O presente trabalho investigou práticas de estocagem de peixes realizadas em dois ambientes – na bacia do Tietê (represas) através de dados obtidos por empresas hidroelétricas, no período de 2000-2009 e para outros rios em território paulista através de informações divulgadas pela internet, no período de 2010-2024. Para a bacia do rio Tietê, o estudo detectou 58 eventos de estocagem (seis eventos/ano). No total, 20.290.840 milhões alevinos foram liberados com média de 2.029.084 milhões peixes/ano. Foram observados eventos de peixamento em todos os reservatórios do médio e baixo rio Tietê, envolvendo seis represas e 52 municípios. A estocagem de peixes envolveu nove táxons, todos nativos à bacia do Alto Paraná, seguindo a normativa aprovada (Lei Nº 9.605/1998) constante no período do referido levantamento. Pacu e curimbatá contribuíram juntas com 83,3% do total estocado, enquanto as demais responderam por 16,7% sendo representadas pelas espécies piapara, piracanjuba, lambaris, dourado, pintado, tabarana e jurupoca. Já com relação ao levantamento realizado pela internet para alguns dos principais rios/tributários existentes em território paulista, foram levantados 32 eventos com as seguintes informações: município e corpo de água afetado pela introdução de peixes (alevinos), sendo as espécies alvo além das nativas como pacu-guaçu, lambaris, curimbatá e piapara, espécies não nativas como tilápias, curimba-da-lagoa e piauçu, e híbrida como a patinga. Os principais responsáveis pela introdução foram as prefeituras locais com a premissa de preservar/ promover a biodiversidade nativa, e mitigar impactos prévios. Os principais resultados mostram que existe uma carência da divulgação de dados públicos e privados e acompanhamento dessas introduções, para que seja possível avaliar a eficácia dos peixamentos. Ademais, o método de manejo de estocagem ainda é, na maioria das vezes, executado sem um protocolo técnico oficial, e sem um acompanhamento rígido dessa prática pelos setores hidroelétricos e de gestão ambiental e pesqueira.