Capitalismo racial e nacionalismos : o pensar negro sobre Estados Unidos da América, África do Sul e Brasil

dc.contributor.advisorAlmeida, Silvio Luiz de
dc.contributor.authorBatista, Waleska Miguel
dc.date.accessioned2023-04-17T13:45:47Z
dc.date.available2023-04-17T13:45:47Z
dc.date.issued2023-02-02
dc.description.abstractA presente tese apresenta que o racismo foi uma ideologia utilizada para justificar a exploração das pessoas negras, inferiorizando e negativando tudo que fosse ligado à africanidade, ora por motivos religiosos, ora biológicos e ora culturais. O racismo foi criado e implementado para sustentar uma ordem social que constatou que seria lucrativo, tanto no aspecto econômico como político, a fim de racializar as relações sociais para estabelecer o papel das pessoas e dos Estados no capitalismo. Para dificultar a compreensão de que o racismo é resultado dos arranjos sócio-históricos e econômicos feitos por pessoas brancas, a questão racial foi colocada como um problema das pessoas negras, assim, minimizando o papel da colonização e da escravidão. Dentre os países que tiveram um passado de escravidão, colonização, imperialismo, os Estados Unidos da América, África do Sul e Brasil são considerados como países mais racistas que preservaram de modo peculiar a discriminação racial. A formação das condições objetivas e subjetivas são pautadas na inferiorização das pessoas não-brancas, particularmente dos africanos e os afrodescendentes até os dias de hoje. Como consequência, estas nações reproduzem um nacionalismo branco, que exclui quem não estiver enquadrado em sua estrutura, qual seja, ser-branco e garantir a qualidade de vida dos seus. Desta forma, espera-se compreender os fundamentos da relação entre capitalismo e racismo nesses três países estudando o pensamento de intelectuais que se debruçaram sobre a realidade e as dinâmicas estruturais apresentando um capitalismo racial, em que os não-brancos são sempre os mais explorados no mercado de trabalho. Até os países compostos, massivamente, de não-brancos são vítimas da exploração para o acúmulo de capital. Desta forma, a tese apresenta o papel da racialização no mercado de trabalho e sua relação com o acúmulo de capital. Ao mesmo tempo, enfatiza como no século XX, os pensadores sociais dos Estados Unidos, África do Sul e Brasil apontaram novos horizontes para romper com a reprodução do capitalismo que é atravessado pelo racismo, ou seja, para destruir a supremacia branca e a superioridade branca. Portanto, a superação desta ordem social necessita ações coletivas, não só de todas as pessoas negras do mundo, mas também das pessoas não-negras cientes da violência desse sistema para extinguir todas as formas de exploração. A metodologia utilizada é a revisão bibliográfica de livros e artigos a partir da centralidade da raça para estruturar as relações sociais, destacando-se os intelectuais W.E.B. Du Bois, Archie Mafeje e Florestan Fernandes.pt_BR
dc.description.sponsorshipCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nívelpt_BR
dc.description.sponsorshipMackPesquisa - Fundo Mackenzie de Pesquisapt_BR
dc.identifier.urihttps://dspace.mackenzie.br/handle/10899/32281
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.publisherUniversidade Presbiteriana Mackenzie
dc.rightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil*
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/*
dc.subjectcapitalismo racialpt_BR
dc.subjectpensamento negropt_BR
dc.subjectEstados Unidospt_BR
dc.subjectÁfrica do Sulpt_BR
dc.subjectBrasilpt_BR
dc.titleCapitalismo racial e nacionalismos : o pensar negro sobre Estados Unidos da América, África do Sul e Brasilpt_BR
dc.typeTesept_BR
local.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/6325980837929171pt_BR
local.contributor.advisorOrcidhttps://orcid.org/0000-0003-0990-9707pt_BR
local.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/2389192755317330pt_BR
local.contributor.authorOrcidhttps://orcid.org/0000-0001-6700-9577pt_BR
local.contributor.board1Vellozo, Júlio Cesar de Oliveira
local.contributor.board1Latteshttp://lattes.cnpq.br/7139153540254751pt_BR
local.contributor.board1Orcidhttps://orcid.org/0000-0003-0030-0997pt_BR
local.contributor.board2French, John David
local.contributor.board2Latteshttp://lattes.cnpq.br/0345565816624029pt_BR
local.contributor.board3Tisescu, Alessandra Devulsky da Silva
local.contributor.board3Latteshttp://lattes.cnpq.br/3615887021801956pt_BR
local.contributor.board4Faleiros, Juliana Leme
local.contributor.board4Latteshttp://lattes.cnpq.br/6163127730460208pt_BR
local.contributor.board4Orcidhttps://orcid.org/0000-0002-1325-7775pt_BR
local.description.abstractenThis thesis presents that racism was an ideology used to justify the exploitation of black, diminishing and negating everything related to Africanity, sometimes by religious reasons, sometimes by biological and cultural ones. Racism was created to support a social order that realized to be both economically and politically profitable to racialize social relations to establish the role of people and States under capitalism. To make it difficult to understand that racism is the result of social-historical and economic arrangements made by white people, the racial issue was placed as a problem for black people, thus minimizing the role of colonization and slavery. Among the countries that had a past of slavery, colonization, and imperialism, the United States of America, South Africa, and Brazil are considered the most racist countries that preserved racial discrimination in a peculiar way. The formation of objective and subjective conditions is based on the diminishment of non-white people, especially Afro descendants, as of today. Consequently, these nations reproduce a white nationalism that excludes anyone who is not framed in its structure, that is, being white and guaranteeing the quality of life of its own. Thus, it is expected to comprehend the fundaments of the relationship between capitalism and racism in these three countries from the perspective of intellectuals who have focused on the reality, and on the structural dynamics, presenting a racial capitalism, in which non-white are always exploited, even more in the perception of the labor market. Even in countries massively composed by non-white are victims of exploitation for the accumulation of capital. So, the thesis presents the role of racialization on labor market and its relationship with the accumulation of capital. At the same time, it emphasized how, during the XXth century, social thinkers from the United States, South Africa, and Brazil sought to point towards new horizons to break through the reproduction of capitalism that is crossed by racism, that is, to destroy white supremacy and white superiority. Therefore, overcoming this social order demands collective actions, not only by all black people in the world, but also by non-black people who are aware of the violence of this system to extinguish all forms of exploitation. The methodology used is the bibliographic review of books and articles from the centrality of race to structure social relations, highlighting the intellectuals W.E.B. Du Bois, Archie Mafeje and Florestan Fernandes.pt_BR
local.keywordsracial capitalismpt_BR
local.keywordsblack thoughtpt_BR
local.keywordsthe United States of Americapt_BR
local.keywordsSouth Africapt_BR
local.keywordsBrazilpt_BR
local.publisher.countryBrasil
local.publisher.departmentFaculdade de Direito (FDIR)pt_BR
local.publisher.initialsUPM
local.publisher.programDireito Político e Econômicopt_BR
local.subject.cnpqCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::DIREITOpt_BR
Arquivos
Pacote Original
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
Publicação não autorizada pelo autor.pdf
Tamanho:
34.46 KB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Descrição:
WALESKA MIGUEL BATISTA
Licença do Pacote
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
license.txt
Tamanho:
1.95 KB
Formato:
Item-specific license agreed upon to submission
Descrição: