Dismorfia de imagem corporal e avaliação qualitativa da alimentação em universitários

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Tipo
TCC
Data de publicação
2019-06
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Lopes, Beatriz de Freitas
Orientador
Morimoto, Juliana Masami
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Resumo
Introdução: A dismorfia de imagem é caracterizada como uma auto-avaliação distorcida e, sendo a alimentação um dos pivôs para o desvio de imagem corporal, é necessário educar sobre alimentação desde as idades mais precoces. Na vida estudantil, as pessoas se tornam mais vulneráveis a distúrbios alimentares em decorrência do distanciamento de familiares, mudança de meio social, ansiedade e estresse devido a novas preocupações. Objetivo: Avaliar a prevalência de dismorfia de imagem corporal e sua associação com marcadores do consumo alimentar em universitários. Método: Estudo transversal com amostra composta por estudantes universitários, de ambos os sexos. A coleta de dados foi realizada através da aplicação por entrevista pessoal de um questionário composto por perguntas do Questionário do Complexo de Adônis (QCA), para avaliar a dismorfia da imagem corporal, e pelos marcadores de consumo alimentar do SISVAN. Também foram coletadas informações sobre sexo, idade e curso. A análise da associação entre a dismorfia da imagem corporal e os marcadores de consumo alimentar foi realizado pelo teste do qui quadrado. Resultados: A amostra foi composta por 45 estudantes universitários com média de idade 23 anos, sendo 57% do sexo feminino e 43% do sexo masculino. A distribuição em relação aos cursos foi de 46% do curso de nutrição e 24% de psicologia, além de outros cursos. A análise da dismorfia da imagem corporal resultou em 43% dos universitários com forte relação com o CA, 30% estavam com relação branda e 27% estavam sem relação. Sobre os marcadores de consumo alimentar, o uso de aparelhos eletrônicos durante as refeições teve um total de 100% de respostas positivas. Em relação ao número de refeições diárias, 75% dos avaliados fizeram em média 5 refeições e 25% fizeram de 2 a 3 refeições no dia anterior. O consumo de feijão foi relatado por 45% dos universitários. Houve baixa ingestão de frutas, verduras e legumes e alta ingestão de bebidas adoçadas e biscoitos, doces e guloseimas. Apenas o consumo de bebidas adoçadas teve associação com a dismorfia de imagem corporal: a maioria dos classificados com forte relação com o CA não consumiam bebidas adoçadas (p=0,025). Conclusão: Observou-se alta prevalência de dismorfia da imagem corporal, com maior frequência nos estudantes do sexo feminino. O consumo de bebidas adoçadas foi menor entre os com dismorfia da imagem corporal. Os resultados deste estudo demonstram necessidade de uma boa educação alimentar e nutricional destes jovens para que adquiram hábitos alimentares saudáveis. Além disso, informações sobre a importância de uma avaliação adequada da imagem corporal de forma a desejarem um peso saudável e não uma imagem distorcida também são essenciais. A alimentação inadequada em conjunto com a percepção equivocada da imagem corporal pode ser um fator de risco para transtornos alimentares.
Introduction: The image dysmorphism is characterized as a distorted self assessment and, being feeding one of the pivots to the deviation of body image, it is necessary to educate on feeding from the earliest ages. In student life, people become more vulnerable to eating disorders as a result of family estranging, social change, anxiety and stress due to new concerns. Objective: To evaluate the prevalence of body image dysmorphism and its association with food intake markers in university students. Method: Cross-sectional study with a sample composed by university students of both sexes. Data collection was performed through the application by personal interview of a questionnaire composed of questions from the questionnaire of the Adônis Complex (QCA), to evaluate the dysmorphism of the body image, and the food consumption markers of SISVAN. Information about gender, age and course was also collected. The analysis of the association between body image dysmorphism and dietary intake markers was performed by the Chi-square test. Results: The sample consisted of 45 university students with a mean age of 23 years, 57% female and 43% male. The distribution in relation to the courses was 46% of the nutrition course and 24% of psychology, in addition to other courses. The analysis of body image dysmorphism resulted in 43% of the students with a strong relationship with CA, 30% were with mild relationship and 27% were unrelated. Regarding food consumption markers, the use of electronic appliances during meals had a total of 100% of positive responses. In relation to the number of daily meals, 75% of the participants did an average of 5 meals and 25% made 2 to 3 meals the day before. The consumption of beans was reported by 45% of the students. There was low intake of fruits, greens and vegetables and high intake of sweetened beverages and biscuits, sweets and treats. Only the consumption of sweetened beverages was associated with body image dysmorphism: Most of the classified with a strong relationship with CA did not consume sweetened beverages (P = 0.025). Conclusion: A high prevalence of body image dysmorphism was observed, with higher frequency among female students. The consumption of sweetened beverages was lower among those with body image dysmorphism. The results of this study demonstrate the need for a good food and nutritional education of these young people to acquire healthy eating habits. In addition, information on the importance of an adequate assessment of body image in order to desire a healthy weight and not a distorted image are also essential. Inadequate feeding in conjunction with the mistaken perception of body image may be a risk factor for eating disorders.
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Palavras-chave
universitários , imagem corporal , nutrição , university students , body image , nutrition
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