A relação entre os puritanos e a tradição : uma análise do uso da tradição feito por John Owen

Loading...
Thumbnail Image
item.page.type
Monografia
Date
2023-12-05
item.page.ispartof
item.page.citationsscopus
Authors
Santos, Weinne Willan Moreira
publication.page.advisor
Campos Júnior, Heber Carlos de
Journal Title
Journal ISSN
Volume Title
publication.page.board
publication.page.program
Abstract
John Owen foi um teólogo puritano ligado à ortodoxia reformada, que recebeu uma formação influenciada pelo escolasticismo e que se envolveu em polêmicas contra o arminianismo e o socinianismo, ameaças à teologia reformada na época. Este trabalho analisa como Owen utilizou a tradição teológica, não somente de forma apologética, mas também construtiva, incorporando-a em suas formulações doutrinárias. Owen tinha as Escrituras como a fonte suprema e suficiente do conhecimento de Deus, mas reconhecia o valor da tradição como um auxílio hermenêutico e teológico, e os credos e confissões como balizas para a reflexão teológica. Ele demonstrou um amplo conhecimento de autores antigos, e possuía em sua biblioteca obras de diferentes épocas e correntes, incluindo protestantes, católicos e hereges. Em suas obras, Owen recorreu aos primeiros credos para embasar sua doutrina do Espírito Santo e sua relação com o Filho, seguiu Agostinho em sua concepção dos efeitos do pecado sobre a mente humana, se apoiou em Lombardo para explicar a expiação limitada, e demostrou influência escolástica em seu método e na organização de seu material. O uso de Owen de termos, distinções e conceitos de Tomás de Aquino, principalmente em sua doutrina da simplicidade de Deus, da providência e da união hipostática, permeava as suas obras, tanto as que tinham um caráter polêmico quanto as que visavam a edificação da igreja. Assim, Owen empregou a tradição teológica de modo construtivo e integrado, dialogando com a herança da igreja e articulando a teologia reformada com precisão e profundidade.
John Owen was a Puritan theologian linked to Reformed orthodoxy, who received an education influenced by scholasticism and was involved in polemics against Arminianism and Socinianism, threats to Reformed theology at the time. This monograph analyzes how Owen used the theological tradition, not only apologetically, but also constructively, incorporating it into his doctrinal formulations. Owen held the Scriptures as the supreme and sufficient source of the knowledge of God but recognized the value of tradition as a hermeneutical and theological aid, and the creeds and confessions as boundaries for theological reflection. He demonstrated a wide knowledge of ancient authors and had works from different eras and currents in his library, including Protestants, Catholics, and heretics. In his works, Owen drew on the early creeds to support his doctrine of the Holy Spirit and his relationship with the Son, followed Augustine in his conception of the effects of sin on the human mind, relied on Lombard to explain limited atonement, and showed scholastic influence in his method and in the organization of his material. Owen's use of Thomas Aquinas' terms, distinctions, and concepts, especially in his doctrine of God, providence, and the hypostatic union, permeated his works, both those of a polemical nature and those aimed at building up the church. In this way, Owen employed the theological tradition in a constructive and integrated way, dialoguing with the heritage of the church and articulating Reformed theology with precision and depth.
Description
Keywords
patrística , escolástica , protestantismo , ortodoxia , puritanismo , patristics , scholasticism , protestantism , orthodoxy , puritanism
item.page.scopussubject
Citation