Comparação do escore de alvarado com a negative Appendicectomy Rate e perfil anatomopatológico em apendicectomias realizadas por suspeita de apendicite
Tipo
TCC
Data de publicação
2022
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Rodrigues, Gabriel
Silveira, Pedro Henrique Polo
Silveira, Pedro Henrique Polo
Orientador
Naufel Junior, Carlos Roberto
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Programa
Resumo
Introdução: a apendicite aguda corresponde à causa de urgência abdominal mais comum, sendo que a apendicectomia, padrão ouro de tratamento, é a cirurgia de emergência mais realizada no mundo. Objetivo: estudar a associação entre a pontuação do escore de Alvarado, o aspecto cirúrgico/macroscópico e anatomopatológico do apêndice em pacientes operados por apendicite aguda, bem como avaliar a taxa de apendicectomias não terapêuticas (negative appendicectomy rate). Metodologia: estudo observacional transversal do tipo retrospectivo com análise de prontuários de 121 pacientes com 16 anos ou mais, submetidos à apendicectomia de urgência. As variáveis analisadas foram idade, sexo, tempo de evolução da doença, tempo total de internamento, escore de Alvarado, pontuação no escore, tempo de permanência em UTI (caso tenha sido transferido), realização ou não de TC de abdômen e dados de exames laboratoriais. Foi obtido o aspecto cirúrgico do apêndice, o resultado do exame anatomopatológico e diferenciação entre apendicites agudas complicadas e não complicadas. Resultados: dos 121 pacientes analisados, 94 (77,7%) realizaram TC antes da cirurgia, sendo que destes 85,1% tiveram achados compatíveis com apendicite aguda (AA), culminando em uma baixa negative appendicectomy rate. A distribuição dos pacientes conforme grupos de risco para o desenvolvimento de AA, a partir do escore de Alvarado, demonstrou correlação estatísticamente significativa (p< 0,001) com a contagem de leucócitos, sendo esta crescente conforme o risco de desenvolver AA aumenta. Quanto a relação com o tempo total de internamento foi encontrada diferença significativa entre as classificações de anatomopatológico (AP) (p=0,007), evidenciando que apresentações mais graves no AP são acompanhadas de tempo total de internamento superior, com destaque para a comparação entre os estados supurado e gangrenado, que apresentaram tempo médio de 1,9 e 3,8 dias, respectivamente. Ainda, foi observada correlação estatística entre os casos complicados e o tempo de evolução da doença, com maiores tempos para a procura por atendimento (p= 0,016) e para a realização da apendicectomia (p=0.008) Conclusão: observou-se uma tendência para o aparecimento de achados inflamatórios em inspeção cirúrgica e ao exame AP sugestivos de AA complicada para pontuações maiores do escore de Alvarado, mas sua AUC, sensibilidade e especificidade, por serem baixos, mostram que ele não é adequado para realizar a diferenciação entre AA complicada e não complicada. Nossa negative appendicectomy rate foi baixa (0,8%). O atraso diagnóstico e terapêutico, representado pelo tempo entre início dos sintomas e procura por atendimento e apendicectomia, respectivamente, está relacionado à chances aumentadas de desenvolver AA complicada.
Descrição
Palavras-chave
apendicectomia , apendicite , abdômen agudo