Qualidade de vida e resiliência: um estudo com profissionais de saúde no atendimento a crianças com TEA
Carregando...
Tipo
Dissertação
Data de publicação
2025-02-06
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Marques, Jacqueline
Orientador
Rêgo, Gabriel Gaudencio do
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Amato, Cibelle Albuquerque de La Higuera
Lapenta, Olivia Morgan
Lapenta, Olivia Morgan
Programa
Ciências do Desenvolvimento Humano
Resumo
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio do
neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldades na comunicação e na
interação social, frequentemente associado a alterações no processamento
sensorial. A crescente demanda por profissionais qualificados para o
atendimento de indivíduos com TEA ocorre em um contexto em que elevados
níveis de estresse, ansiedade e depressão são comuns entre esses
trabalhadores, frequentemente em razão da sobrecarga de trabalho. No entanto,
profissionais que desenvolvem resiliência mesmo sob as pressões do ambiente
laboral tendem a alcançar uma melhor qualidade de vida, apesar das
adversidades e desafios cotidianos. Este estudo, de abordagem quantitativa e
transversal, teve como objetivo avaliar e correlacionar a qualidade de vida e a
resiliência de profissionais que atuam com pessoas com TEA, além de comparar
esses aspectos entre diferentes categorias. A amostra foi composta por 188
participantes, sendo 48 psicólogos, 35 terapeutas ocupacionais, 33 pedagogos,
40 fonoaudiólogos e 32 fisioterapeutas. Os dados foram coletados por meio de
questionários online, incluindo um questionário sociodemográfico e econômico,
os instrumentos WHOQOL-Bref e TQWL-42 para avaliação da qualidade de vida
e a RAW Scale Brasil para mensuração da resiliência. Os resultados indicaram
que esses profissionais enfrentam desafios significativos nesses aspectos.
Dentre as categorias analisadas, os fisioterapeutas apresentaram os escores
mais baixos, evidenciando maior vulnerabilidade ao impacto negativo do
trabalho. De maneira geral, a maioria dos participantes avaliou sua qualidade de
vida como regular, com prejuízos notáveis frequentemente relacionados à
sobrecarga de trabalho, condições precárias e falta de suporte institucional. Além
disso, foi identificada uma forte correlação entre resiliência e qualidade de vida,
sugerindo que estratégias organizacionais voltadas ao fortalecimento da
resiliência podem proporcionar benefícios significativos. Os achados ressaltam
a importância de desenvolver políticas e intervenções para minimizar os
impactos negativos da atuação profissional e promover o bem-estar desses
trabalhadores.
Descrição
Palavras-chave
qualidade de vida , resiliência psicológica , Transtorno do Espectro Autista (TEA) , serviços de saúde mental , carga de trabalho