Presença do anticorpo ANCA como marcador de gravidade em glomerulonefrite lúpica

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dc.contributor.advisorSkare, Thelma Larocca
dc.contributor.authorVithoft, Gabriela Carneiro
dc.contributor.authorAlencar, Isabella Lins
dc.date.accessioned2024-07-23T18:50:20Z
dc.date.available2024-07-23T18:50:20Z
dc.date.issued2023-11-27
dc.description.abstractContexto: O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é caracterizado por uma doença inflamatória crônica, na qual é perdida a tolerância imunológica ao próprio material genético de forma sistêmica e destrutiva, assumindo características diferentes em cada indivíduo. Devido ao seu caráter sistêmico, os autoanticorpos podem afetar qualquer órgão, como por exemplo o rim, por meio da Glomerulonefrite Lúpica (GL), a qual é caracterizada por uma reação inflamatória exacerbada aos autoantígenos presentes no rim, tendo a falência renal como resolução final. A fim de evitar ou atenuar esse prognóstico, estudos analisaram o desempenho do anticorpo ANCA como marcador de risco de manifestações graves em doenças autoimunes, tendo como resultado uma resposta positiva para a hipótese em questão. Desse modo, podemos concluir que a GL possui um prognóstico desfavorável, sendo relevante a elaboração de estudos e métodos capazes de estabelecer o desfecho da história natural da doença da GL, como por exemplo o estudo da presença do anticorpo ANCA no tecido renal. Objetivo: Avaliar o desempenho do anticorpo ANCA como marcador de gravidade da glomerulonefrite lúpica. Métodos: Estudo longitudinal retrospectivo envolvendo com LES que receberam o diagnóstico de GL e que fazem acompanhamento no ambulatório de Reumatologia do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEM). Foi realizado um estudo de imunofluorescência indireta para verificar a presença do ANCA no soro de 149 pacientes, sendo 137 inclusos ao final do estudo. Os dados então foram cruzados com coleta de prontuário envolvendo as variáveis de epidemiologia, clínica, terapêutica e painel de autoanticorpos de tais pacientes. Resultados: A amostra foi majoritariamente feminina e de raça branca, e 49,6% apresentavam acometimento renal, principalmente de classe 4. 28,5% da amostra foi positiva para o ANCA, destes sendo 59% pANCA, e o seu acometimento renal e severidade foi proporcional à população geral. 50% dos pacientes positivos para cANCA eram de raça negra e demonstrou menos anti-Ro e Acl-IgG que a amostra negativa, e semelhante a pacientes positivos para pANCA, os quais demonstraram menos anti-La e anti-Ro, e mais expressão de LAC. A presença de glomerulonefrite ou tipo de glomerulonefrtie não se associou com a presença do ANCA. Conclusão: Assim, não foi possível comprovar a relação do anticorpo ANCA com uma glomerulopatia de maior gravidade. Não encontramos correlações relevantes entre a presença de ANCA e uma maior atividade da doença, maior expressão de manifestações ou perfil clínico específico que poderia apresentar maior risco.
dc.description.abstractIntroduction: Systemic lupus erythematosus (SLE) is characterized by a chronic inflammatory disease, in which immunological tolerance to one's own genetic material is lost in a systemic and destructive way, assuming different characteristics in each individual. Due to their systemic nature, autoantibodies can affect any organ, such as the kidney, through Lupus Glomerulonephritis (GL), which is characterized by an exacerbated inflammatory reaction to the autoantigens present in the kidney, with renal failure as the final resolution. In order to avoid or mitigate this prognosis, studies have analyzed the performance of the ANCA antibody as a risk marker for severe manifestations in autoimmune diseases, resulting in a positive response to the hypothesis in question. Thus, we can conclude that GL has an unfavorable prognosis, and it is important to develop studies and methods capable of establishing the outcome of the natural history of GL disease, such as studying the presence of the ANCA antibody in kidney tissue. Objective: To evaluate the performance of the ANCA antibody as a marker of the severity of lupus glomerulonephritis. Methods: Retrospective longitudinal study involving SLE patients diagnosed with GL and followed up at the Rheumatology outpatient clinic of the Mackenzie Evangelical University Hospital (HUEM). An indirect immunofluorescence study was carried out to verify the presence of ANCA in the serum of 149 patients, 137 of whom were included at the end of the study. The data was then cross-referenced with medical record collection involving the epidemiology, clinical, therapeutic and autoantibody panel variables of these patients. Results: The sample was mostly female and white, and 49.6% had renal involvement, mainly class 4. 28.5% of the sample was positive for ANCA, of these 59% were pANCA, and their renal involvement and severity was proportional to the general population. 50% of the cANCA-positive patients were black and showed less anti-Ro and acl-IgG than the negative sample, and similar to the pANCA-positive patients, who showed less anti-La and anti-Ro, and more LAC expression. Presence of glomerulonephritis and glomerulonephritis class did not associate with ANCA presence. Conclusion: Thus, it was not possible to prove the relationship between the ANCA antibody and a more severe glomerulopathy. We found no relevant correlations between the presence of ANCA and greater disease activity, greater expression of manifestations or a specific clinical profile that could present a greater risk.
dc.identifier.urihttps://dspace.mackenzie.br/handle/10899/38979
dc.publisherInstituto Presbiteriano Mackenzie
dc.subjectlúpus
dc.subjectglomerulonefrite
dc.subjectANCA
dc.subjectlupus
dc.subjectglomerulonephritis
dc.subjectANCA
dc.titlePresença do anticorpo ANCA como marcador de gravidade em glomerulonefrite lúpica
dc.typeTCC
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