Impactos do tratamento oncológico em crianças e adolescentes: Qualidade de vida e psicossocial

Tipo
Monografia
Data de publicação
2022
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Pereira, Clara Inácio Pessoa
Nascimento, Isadora Bolela
Orientador
Cruz, Aristides Schier da
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Programa
Resumo
Introdução: Câncer pediátrico é um conjunto de doenças causadoras de multiplicação desenfreada de células atípicas que podem ocorrer em qualquer local do organismo, sendo as de maior incidência na infância as leucemias. Tão importante quanto o tratamento e o diagnóstico em si, é o impacto social, educacional e emocional desta criança. Objetivos: Avaliar os impactos do tratamento oncológico nos âmbitos psicossociais, qualidade de vida e a presença ou não de um acompanhante em crianças e adolescentes com diagnóstico de câncer. Métodos: Estudo transversal descritivo com pacientes entre 8 e 18 anos que completem os critérios de diagnóstico de neoplasia maligna, com comprovação de biópsia. Estas crianças e adolescentes responderam os questionários validados, PedsQL 4.0 qualidade de vida (8 a 12 anos), Peds 3.0 Módulo de Câncer (8 a 12 anos), PedsQL 4.0 qualidade de vida (13 a 18 anos), Peds 3.0 Módulo de Câncer (13 a 18 anos) e dois questionários realizados pelos autores, para coleta de dados epidemiológicos, clínicos e emocionais. Foi avaliado o número e porcentagem de indivíduos com pontuação 2 ou mais em cada afirmativa dos questionários validados. Foi comparado a qualidade de vida e o impacto psicossocial do grupo de crianças de 8 a 12 anos de idade com o grupo de adolescentes de 13 a 18 anos. Foi comparada a média da pontuação dos itens dos dois grupos etários. Resultados: Nesta pesquisa foram incluídos 25 pacientes pediátricos oncológicos, os cânceres predominantes foram leucemia (9 casos), tumor do sistema nervoso central (6) e osteossarcoma (5).Os pacientes pediátricos se sentem mais felizes na presença de um acompanhante quando da realização de procedimentos. Foi percebido um grande impacto na qualidade de vida, visto que a porcentagem de participantes que assinalaram no questionário pontuação 2 ou mais (as vezes, quase sempre e sempre) foi alta em grande parte dos itens. No questionário qualidade de vida a média de pontuação no grupo dos pacientes de 8 a 12 anos foi 1,44 (DP=0,53) enquanto no grupo de 13 a 18 anos foi 1,36 (DP=0,5), não havendo diferença significativa entre os dois grupos (p=0,627). Quanto ao questionário do módulo de câncer, que avalia o impacto psicossocial, a média de pontuação foi significativamente maior no grupo dos pacientes de 8 a 12 anos (1,46 – DP=0,63) comparado com o grupo de 13 a 18 anos (1,06 – DP=0,46) (p=0,0094). A preocupação com o tratamento foi a que teve pontuação mais alta. De um modo geral, a análise realizada permitiu a impressão de um impacto maior na qualidade de vida do que no psicossocial dos participantes. Conclusão: Conclui-se que uma porcentagem razoavelmente grande dos pacientes pediátricos portadores de câncer sofrem um impacto significativo na qualidade de vida e no psicossocial. Os pacientes pediátricos de menor idade parecem sofrer um maior impacto psicossocial. Tratando-se da presença do acompanhante, os pacientes se sentem mais felizes com sua presença, no entanto sua ausência não gera repercussões na saúde mental de todos os pacientes.
Descrição
Palavras-chave
saúde da criança , impacto psicossocial , qualidade de vida
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