Saúde mental e qualidade de vida de professores do ensino fundamental e as relações com a pandemia de Covid-19

dc.contributor.advisorCarreiro, Luiz Renato Rodrigues
dc.contributor.authorScudeler, Renata Pinheiro
dc.date.accessioned2024-09-09T12:36:57Z
dc.date.available2024-09-09T12:36:57Z
dc.date.issued2024-08-05
dc.description.abstractO ato de lecionar está atravessado por altos níveis de exigências e responsabilidades, bem como por inúmeros aspectos estressores advindos das expectativas individuais, dos próprios professores, mas, também, dos alunos, pais, gestores e comunidade. Sob este cenário, têm surgido inúmeras discussões acerca dos fenômenos associados ao cotidiano dos professores e as implicações em sua qualidade de vida e saúde mental como, por exemplo, a incidência da Síndrome de Burnout e de sintomas de depressão, estresse e ansiedade. Presente nas ocupações que exigem relação de atenção direta, contínua e altamente emocional, o Burnout se instaura quando há presença, persistente e crônica, de estressores capazes de impactar no desempenho profissional, na percepção individual, no relacionamento com os pares e na qualidade de vida. Diante de um cenário de precarização profissional, somado aos impactos da pandemia de COVID-19, torna-se necessário ampliar as discussões sobre o tema, na expectativa de provocar mudanças culturais, organizacionais e sociais. Nesse sentido, o estudo se propôs a analisar à presença do Burnout em professores de Ensino Fundamental I, por meio da aplicação do MBI-ED - Maslach Burnout Inventory - Educators Survey, a percepção dos docentes a respeito de sua própria qualidade de vida por meio do WHOQOL-bref e a presença de sintomas de depressão, estresse e ansiedade através da Escala DASS-21, comparando os resultados encontrados considerando a atuação em escolas públicas e privadas e anos iniciais do fundamental I (primeiro, segundo e terceiro) e finais (quarto e quinto), além de identificar as correlações existentes entre os indicadores de Burnout, QV e saúde mental. Também buscou discutir se o ensino remoto, durante a pandemia de COVID-19, e o retorno presencial, influenciaram, na percepção dos professores, em seus níveis de estresse, através da aplicação e da análise qualitativa de um questionário. Considerando a amostra de 42 professores, sendo 64,3% docentes em escolas privadas e 50,0% atuantes nos anos iniciais do fundamental I, os resultados demonstraram a presença da Síndrome de Burnout em 40,5%, com comprometimento nas três dimensões que a compõe, além da presença de sintomas de depressão, estresse e ansiedade em mais da metade dos participantes, havendo predominância dos sintomas de estresse. As comparações estatísticas não revelaram diferenças médias significativas entre as variáveis avaliadas, enquanto os testes de correlação indicaram associações significativas tanto positivas quanto negativas, sobretudo, considerando as dimensões de Burnout e os sintomas de saúde mental, correlacionados às percepções de qualidade de vida. Através da análise qualitativa do questionário aplicado, este estudo revela o desejo destes profissionais por maior acolhimento, consideração com sua saúde, mudanças que avaliem as reais necessidades e delimitem as responsabilidades, implicando em valorização profissional sendo, portanto, fundamental que se invista em formação, carreira, melhores condições ambientais e salariais, bem como na promoção de saúde, qualidade de vida e políticas públicas eficazes, uma vez que, os espaços escolares e os docentes promovem a formação humana.
dc.description.sponsorshipMackPesquisa - Fundo Mackenzie de Pesquisa
dc.identifier.urihttps://dspace.mackenzie.br/handle/10899/39325
dc.language.isopt_BR
dc.subjectSíndrome de Burnout
dc.subjectprofessores
dc.subjectqualidade de vida
dc.subjectsaúde mental
dc.subjectpandemia de Covid-19
dc.titleSaúde mental e qualidade de vida de professores do ensino fundamental e as relações com a pandemia de Covid-19
dc.typeDissertação
local.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/0203967709311323
local.contributor.advisorOrcidhttps://orcid.org/0000-0001-8249-1832
local.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/3631897018686266
local.contributor.board1Araújo , Marcos Vinícius de
local.contributor.board1Latteshttp://lattes.cnpq.br/1336428563929351
local.contributor.board2Elias , Luciana Carla dos Santos
local.contributor.board2Latteshttp://lattes.cnpq.br/3178699815877412
local.contributor.board2Orcidhttps://orcid.org/0000-0002-1623-0674
local.description.abstractenThe act of teaching is permeated by high levels of demands and responsibilities, as well as countless stressors aspects arising from individual expectations, from the teachers themselves, but also from students, parents, administrators, and the community. Under this scenario, numerous discussions have emerged about the phenomena associated with teachers' daily lives and the implications for their quality of life and mental health, such as, for example, the incidence of Burnout Syndrome and symptoms of depression, stress, and anxiety. Present in occupations that require a relationship of direct, continuous and highly emotional attention, Burnout is established when there is a persistent and chronic presence of stressors capable of impacting professional performance, individual perception, relationships with peers, and quality of life. Faced with a scenario of professional precariousness, added to the impacts of the COVID-19 pandemic, it is necessary to expand discussions on the topic, with the expectation of bringing about cultural, organizational and social changes. In this sense, the study proposed to analyze the presence of Burnout in primary school teachers through the application of the MBI-ES - Maslach Burnout Inventory - Educators Survey, the teachers' perception regarding their own quality of life through of the WHOQOL-bref, and the presence of symptoms of depression, stress, and anxiety using the DASS-21 Scale, comparing the results found considering the performance in public and private schools and initial years in primary school (first, second and third) and final years (fourth and fifth), in addition to identifying the correlations between the indicators of Burnout, QV and mental health. Furthermore, it sought to discuss whether remote teaching, during the COVID-19 pandemic, and the return in person, influenced the teachers' perception of their stress levels, through the application and qualitative analysis of a questionnaire. Considering the sample of 42 teachers, 64.3% of whom taught in private schools and 50.0% worked in the initial years in primary school, the results demonstrated the presence of Burnout Syndrome in 40.5%, with impairment in the three dimensions that compose it, in addition to the presence of symptoms of depression, stress, and anxiety in more than half of the participants, with a predominance of stress symptoms. Statistical comparisons revealed no significant mean differences between the variables assessed, while correlation tests indicated significant positive and negative associations, especially considering the dimensions of Burnout and mental health symptoms, correlated with perceptions of quality of life. Through the qualitative analysis of the questionnaire applied, this study reveals these professionals' desire for greater support, consideration of their health, changes that assess real needs, and delimit responsibilities, implying professional valorization. Therefore, it is essential to invest in training, career, better environmental and salary conditions, as well as in the promotion of health, quality of life and effective public policies, since school spaces and teachers promote human development.
local.keywordsBurnout Syndrome
local.keywordsteachers
local.keywordsquality of life
local.keywordsmental health
local.keywordsCovid-19 pandemic
local.publisher.departmentCentro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
local.publisher.programCiências do Desenvolvimento Humano
local.subject.cnpqCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA::PSICOLOGIA DO TRABALHO E ORGANIZACIONAL
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