Efeitos da crise econômica de 2014-2016 sobre o mercado brasileiro de saúde suplementar

Carregando...
Imagem de Miniatura
Tipo
Dissertação
Data de publicação
2019-02-22
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Cella, Jose Luiz de Jesus
Orientador
Maciel, Vladimir Fernandes
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Moura Junior, Alvaro Alves de Moura
Leite Neto, Fernando Ribeiro
Programa
Economia e Mercados
Resumo
O objetivo deste trabalho é quantificar os efeitos da mais recente crise econômica brasileira sobre o equilíbrio de mercado dos planos de saúde suplementar durante os nove trimestres de recessão econômica. No ano de 2014, mais de 50 milhões de brasileiros, ou cerca de 25% da população, possuíam cobertura de assistência médica e hospitalar de planos de saúde suplementar, e aproximadamente 80% dos planos eram coletivos, contratados por meio de empresas, associações e outras entidades. Em apenas dois anos, em torno de 2,6 milhões de brasileiros deixaram de ter plano de saúde privado e retornaram ao atendimento público, passando a engrossar as filas do SUS. A crise econômica ocorrida no Brasil, no período de 2014 ao primeiro trimestre de 2017, dentre as diversas consequências na economia, provocou a redução do número de empresas empregadoras, elevou o endividamento das famílias e das empresas sobreviventes, reduziu os postos de trabalho e provocou efeitos severos sobre demanda na maioria dos setores. Para tanto, por meio de aplicação de metodologia econométrica de séries temporais avaliou-se o número de beneficiários de planos de saúde,o nível de emprego – representado pelo índicador Massa Salarial Ampliada Disponível – e taxa de reajuste de planos de saúde definida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS), de modo a validar ou não a hipótese da correlação positiva entre os eventos macroeconômicos e o desempenho do setor de saúde suplementar. Os resultados obtidos por meio dos métodos de vetores autorregressivos – VAR (vector autorregressive) e vetor de correção de erros – VEC (vector error correction), utilizando a Cointegração de Johansen, confirmam claramente a existência de cointegração e a relação forte da variável Massa Salarial Ampliada em relação à variável número de beneficiários das operadoras de plano de saúde. A queda de 1% na renda ou no emprego reduz em 0,57% o número de beneficiários das operadoras. O que nos permite dizer, em outras palavras, que a crise econômica brasileira de 2014-2017 afetou de forma relevante o setor de saúde suplementar, principalmente por meio da redução do número de beneficiários, decorrente da queda do emprego e da renda.
Descrição
Palavras-chave
saúde suplementar , recessão , séries temporais , Brasil
Assuntos Scopus
Citação
CELLA, Jose Luiz de Jesus. Efeitos da crise econômica de 2014-2016 sobre o mercado brasileiro de saúde suplementar. 2019. 96 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Economia e Mercados) - Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2019.