Avaliação da qualidade de vida em pacientes com Câncer de Colo de Útero

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Tipo
TCC
Data de publicação
2023-06-22
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Marin, Alcino
Tauil, Murilo Rahal
Orientador
Fin, Fabio Roberto
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Programa
Resumo
Introdução: O câncer de colo de útero é um dos cânceres mais frequente no sexo feminino. A causa principal é a infecção persistente do Papilomavírus Humano (HPV). O tratamento se baseia na cirurgia oncológica e, nos estadios mais avançados, quimiorradioterapia. Tanto o câncer quanto seu tratamento impactam negativamente na vida sexual do paciente e também em sua qualidade de vida, parâmetro de grande utilidade para auxiliar os profissionais no que tange o prognóstico e as decisões clínicas. A avaliação é feita através de questionários validados, os quais foram desenvolvidos pela European Organization for Research and Treatment of Cancer (EORTC) e foram utilizados neste estudo. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida dos pacientes com câncer de colo de útero tratados, em tratamento ou ainda não tratados. Além de comparar a qualidade de vida nos diferentes estágios da doença, bem como com os diferentes tratamentos e correlacionar com dados sociodemográficos. Métodos: Realizou-se um estudo observacional analítico transversal. Com análise de prontuário e entrevista de 36 pacientes no serviço de oncologia do Hospital São Vicente, no período de dezembro de 2022 a março de 2023, através da utilização do questionário EORTC QLQ-C30 e QLQ-CX24. Resultados: As pacientes foram divididas em três grupos: LSIL (displasia de baixo grau) com média de idade de 45,8 anos, HSIL (displasia de alto grau) com idade média de 31,6 e CCU (câncer de colo de útero) com média de 51,2 anos. Houve diferenças significativas na idade dos grupos quando comparados dois a dois. Os resultados revelaram divergências significativas entre os três grupos no que diz respeito à dificuldade financeira (p=0,017), sendo o grupo CCU o mais afetado. Além disso, os pacientes do grupo HSIL apresentam maior atividade sexual. No grupo CCU, a escala de qualidade de vida teve média 64,9; com melhor funcionalidade social (78,9) e menor atividade sexual (19,3). No HSIL, a escala de qualidade de vida foi um pouco maior (76,4) e com alta funcionalidade social (94,4). Já no LSIL, a escala de qualidade de vida média ficou em 66,7; com escore máximo no desempenho das atividades (100). Em relação às pacientes histerectomizadas, a média do estado de saúde global foi de 73,6; enquanto naquelas que não passaram por cirurgia, a média foi de 60,9. Conclusão: Grande parte dos pacientes com CCU são mulheres de meia idade, multíparas e de baixa escolaridade. Investimentos em programas de saúde e em educação com foco nesse público-alvo são necessários para diminuir a incidência da doença. Pacientes com HSIL são significativamente mais novos, têm menos dificuldade financeira e mais atividade sexual que aqueles com CCU. Além disso, as pacientes histerectomizadas apresentaram uma média maior de qualidade de vida do que as não histerectomizadas. Esses resultados propiciam uma melhor abordagem multidisciplinar dos pacientes e uma devida atenção à sua qualidade de vida.
Descrição
Palavras-chave
qualidade de vida , neoplasias do colo do útero , displasia do colo do útero
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