A relação entre a razão instrumental e a dominação nos escritos de Max Horkheimer
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Tipo
Dissertação
Data de publicação
2024-08-27
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Oliveira, Tarcísio Martins de
Orientador
Bueno, Marcelo Martins
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Campato, Roger Fernandes
Barbosa, Suzana Mesquita
Barbosa, Suzana Mesquita
Programa
Educação, Arte e História da Cultura
Resumo
Esta dissertação investiga como a razão, originalmente concebida como um meio para a emancipação humana, foi transformada em uma ferramenta de dominação, servindo a fins utilitários, políticos e econômicos. De acordo com Max Horkheimer, a humanidade, em vez de caminhar em direção a um estado verdadeiramente humano, estava mergulhando em uma nova forma de barbárie. Essa afirmação é justificada pelo contexto histórico imediato de Horkheimer, marcado pela ascensão do nazismo e pela segunda guerra mundial. Apesar do desenvolvimento intelectual, econômico e tecnológico da Alemanha ter atingido níveis sem precedentes, as esperanças de realização de um ideal humano minimamente racional, pareciam cada vez mais distantes. Horkheimer é incisivo em afirmar que o avanço nos meios técnicos de esclarecimentos fora acompanhado por um processo de desumanização; e que o progresso ameaçava anular o próprio objetivo que supostamente deveria realizar, ou seja, a ideia de humanidade. Isso se deve ao fato de que o controle e a dominação da natureza, inicialmente direcionados à sobrevivência, tornaram-se tão sofisticados que passaram a ser aplicados também ao próprio homem. Segundo Horkheimer, a sociedade não se fundamentou apenas no domínio da natureza, nem só na descoberta de novos métodos de produção, na construção de máquinas, mas também e sobretudo no domínio do homem sobre os próprios homens. E à totalidade dos caminhos que conduzem a essa finalidade e os mecanismos que o permitem manter dá-se o nome de política. Para Horkheimer, a relação entre a política e a economia de mercado que atingiu a sua plenitude no século XIX, é o agente por trás da lógica de dominação mais ampla, onde a racionalidade instrumental, subjetiva, se sobrepõe a valores éticos e sociais, levando à degradação das relações humanas em nome do lucro e da eficiência. A redução do homem à mão-de-obra e da natureza à terra, sob o impulso do lucro e do poder, transforma a História em um drama profundo no qual a sociedade, a protagonista acorrentada, pretende a todo custo, romper seus grilhões.
Descrição
Palavras-chave
razão , teoria crítica , dominação