Concepções de valor social segundo os beneficiários : pesquisa fenomenográfica no campo do empreendedorismo social

dc.contributor.advisorBrunstein, Janette
dc.contributor.authorChumbo, Rafaela Andrade Nascimento
dc.date.accessioned2022-04-06T14:41:14Z
dc.date.available2022-04-06T14:41:14Z
dc.date.issued2022-02-17
dc.description.abstractNo Brasil a desigualdade social é grave e estamos entre os 10 países mais desiguais do mundo. É nesse contexto de debilidades que observamos empreendedores buscando por soluções para as diferentes demandas sociais. Fundam organizações com objetivos híbridos e tentam equilibrá-los, recorrendo, por vezes, a investimentos de risco a fim de manterem suas atividades sociais. Algumas dessas empresas sociais atuam no ramo de microfinanças, na oferta de microcrédito, criado para ajudar um indivíduo pobre a apoiar seu pequeno negócio gerador de renda. Os empreendedores sociais buscam criar, assim, valor social (VS). Mas do que se trata VS? Para responder à pergunta, realizamos uma revisão de literatura, analisando artigos científicos internacionais e nacionais, constatando que a maior parte dessas pesquisas não conceituam VS e algumas abordam-no como impacto social. Poucos dos estudos empíricos ouviram os beneficiários. Notamos uma lacuna a ser preenchida sobre valor/impacto social, e resgatamos o conceito de VS de Thomas e Znaniecki, da tradição interacionista simbólica, os quais entendem valor social como algo extrasubjetivo, concreto ou abstrato, que tem significado para um grupo social à medida que o experienciam e lhe atribuem finalidade. Propomos inserir esse conceito no campo do ES de forma a ampliar a compreensão sobre valor/impacto social. Nosso objetivo foi analisar as variações nos modos de experienciar o microcrédito, enquanto um valor social, pelos beneficiários, em face dos objetivos sociais das organizações que ofertam esse recurso. Adotamos a ontologia relacional em uma perspectiva epistemológica interpretativa, empregando como estratégia de pesquisa a fenomenografia. Entrevistamos 30 tomadores de empréstimos pertencentes à carteira de clientes de uma empresa social que oferta microcrédito. Para tratamento e análise dos dados, seguimos a orientação fenomenográfica, que nos permitiu identificar duas categorias de descrição – Microcrédito como recurso para sobrevivência do negócio, e Microcrédito como recurso para florescimento do negócio, que revelaram dois modos qualitativamente distintos de experienciar o recurso. Igualmente identificamos três categorias de variação críticas – Finalidade do microcrédito, Resultado da utilização do microcrédito e Razão para continuar renovando, que caracterizam e diferenciam as duas categorias de descrição, evidenciando a relação inclusiva entre elas. Destacamos também duas categorias de variação não críticas - Sentimento na renovação, e consequência para o empreendimento caso o microcrédito deixe de existir, que se apresentaram de forma comum nas duas categorias de descrição. Entendemos que ambos os modos que os beneficiários experienciam o microcrédito fica aquém da finalidade do microcrédito em sua origem, bem como dos objetivos da empresa social, dado que há beneficiários que utilizam parte do recurso direto para vida pessoal/familiar e, beneficiários que não necessitam do empréstimo, mas têm o crédito aprovado. Somado a isso, temos a renovação que, habitualmente, não é realizada pelo agente de crédito no local da atividade e a ausência de orientação para aprimoramento da gestão do empreendimento pode levar ao mau uso do recurso e ao endividamento. São indícios que podem orientar o empreendedor (e investidores) da empresa social ofertante de microcrédito a revisitar decisões e ações de modo que o retorno social almejado seja percebido pelos beneficiários.pt_BR
dc.description.sponsorshipCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nívelpt_BR
dc.identifier.urihttps://dspace.mackenzie.br/handle/10899/28922
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.publisherUniversidade Presbiteriana Mackenzie
dc.rightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil*
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/*
dc.subjectorganizações sociaispt_BR
dc.subjectvalor socialpt_BR
dc.subjectimpacto socialpt_BR
dc.subjectmicrocréditopt_BR
dc.subjectfenomenografiapt_BR
dc.titleConcepções de valor social segundo os beneficiários : pesquisa fenomenográfica no campo do empreendedorismo socialpt_BR
dc.typeTesept_BR
local.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/8568710701792092pt_BR
local.contributor.advisorOrcidhttps://orcid.org/0000-0002-9019-3349pt_BR
local.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/4485072178470539pt_BR
local.contributor.authorOrcidhttps://orcid.org/0000-0003-2966-6554pt_BR
local.contributor.board1Hanashiro, Darcy Mitiko Mori
local.contributor.board1Latteshttp://lattes.cnpq.br/8193396073610884pt_BR
local.contributor.board1Orcidhttps://orcid.org/0000-0003-2305-4186pt_BR
local.contributor.board2Teixeira, Maria Luisa Mendes
local.contributor.board2Latteshttp://lattes.cnpq.br/2179893747302901pt_BR
local.contributor.board2Orcidhttps://orcid.org/0000-0002-0606-1723pt_BR
local.contributor.board3Pinto, Sandra Regina da Rocha
local.contributor.board3Latteshttp://lattes.cnpq.br/8270031516279454pt_BR
local.contributor.board3Orcidhttps://orcid.org/ 0000-0002-5121-4231pt_BR
local.contributor.board4Comini, Graziella Maria
local.contributor.board4Latteshttp://lattes.cnpq.br/2121913529743968pt_BR
local.contributor.board4Orcidhttps://orcid.org/ 0000-0002-3474-2833pt_BR
local.description.abstractenIn Brazil, social inequality is serious and we are among the ten most unequal countries in the world. It is in this context of debilities that we observe entrepreneurs searching for solutions for different social demands. They start organizations with hybrid objectives, and try to balance them sometimes through risky investments in order to keep their social activities. Some of these companies act in the field of microfinances, offering microcredit, created to help a resourceless individual support their small income generator businesses. This way, social entrepreneurs search for generating social value (SV). But what is SV about? To answer this question, we went through the literature, annalysing international and national scientific articles and we could see that most researches don’t conceptuaize SV and some approach it as social impact. Few empiric studies have listened to the benficiaries. We have noticed there is a gap to be fulfilled about social value/impact, and we have rescued the concept by Thomas and Znaniecki, from the symbolic interactionist tradition, who understand SV as something too subjective, concrete or abstract, which has meaning to a social group as they experience it and validate it. We propose to insert this concept into the field of social entrepreneurship (SE) in order to enlarge the comprehension of social value/impact. Our objective was to annalyse the variations in the ways of experiencing microcredit while a social value by the beneficiaries, in view of the social objectives of the organizations which offer this resource. We have adopted the relational ontology in a interpretative epistemological perspective, using as research strategy the phenomenography. We have interviewed 30 borrowers who belonged to the client portfolio of a social entrepreneurship which offers microcredit. For data handling and annalysis, we have followed the phenomenographical orientation, whcih has allowed us to identify two description categories – Microcredit as a resource to the survival of the business, and Microcredit as a resource to the flourishing of the business, and both revealed two qualitative distinct ways of of experiencing the resource. Likewise, we have identified three critical variation categories – Purpose of the microcredit, Result of the microcredit usage, and Reason for keeping renovating it, which charactrizes and diferentiates both description categories, making evident the inclusive relation between them. Also, we have highlighted two non-critical variation categories – Feelings during renovation, and Consequence to the entrepreneurship in case the microcredit ceases, which have presented the same way in both description categories. We understand that both ways beneficiaries experience microcredit are well below its original purpose, as well as the social entrepreneurship objectives, once there are beneficiaries who don’t need the loan, but have their credit approved. In addition, we have the renovation, which habitually is not made by the credit agent locally and the absence of guidance to improve the business management, which may lead to the misuse of the resource and also debt. These are signs that can guide the entrepreneur (and investors) of the microcredit offerer to revisit decisions and actions in a way that the aimed social return be noticed by the beneficiaries.pt_BR
local.keywordssocial organizationspt_BR
local.keywordssocial valuept_BR
local.keywordssocial impactpt_BR
local.keywordsmicrocreditpt_BR
local.keywordsphenomenographypt_BR
local.publisher.countryBrasil
local.publisher.departmentCentro de Ciências Sociais e Aplicadas (CCSA)pt_BR
local.publisher.initialsUPM
local.publisher.programAdministração de Empresaspt_BR
local.subject.cnpqCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ADMINISTRACAO::ADMINISTRACAO DE EMPRESASpt_BR
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