A “atualização” da linguagem nas versões bíblicas de João Ferreira de Almeida vista com o suporte teórico do funcionalismo

dc.contributor.advisorBarros, Diana Luz Pessoa de
dc.contributor.authorRibeiro , Artur Freire
dc.date.accessioned2023-10-20T15:01:00Z
dc.date.available2023-10-20T15:01:00Z
dc.date.issued2023-06-06
dc.description.abstractTendo como suporte teórico o paradigma linguístico denominado Funcionalismo, em particular as propostas de Halliday (1970; 1978; 2004; 2014), Halliday e Hasan (1976; 1989), Dik (1997) e Neves (2018a; 2020), esta dissertação busca verificar em que consiste aquilo que os tradutores das versões bíblicas a seguir consideram português brasileiro ‘atual’. Considerando-se que as obras em análise neste trabalho são a Bíblia Sagrada – versão Almeida Revista e Corrigida – 12.ª edição (2008 [referente à 2.ª edição, de 1969], ARC), Bíblia Sagrada – versão Almeida Revista e Atualizada – 2.ª edição (1993, ARA) e Bíblia Sagrada – versão Nova Almeida Atualizada (2017, NAA), a pesquisa objetiva também: (i) diferenciar o que de linguagem foi considerado moderno nas versões ARA e NAA, já que ambas são apresentadas como ‘atualizadas’; (ii) identificar o que determina as mudanças de linguagem nas versões denominadas ‘atualizadas’; (iii) examinar complicadores para a tradução do texto bíblico; e (iv) refletir sobre questões linguísticas, interacionais e socioculturais abrangidas naquilo que as versões mais recentes em análise neste trabalho propõem como ‘atualização’ da linguagem do texto bíblico. Pode-se considerar que a busca operada e as análises conduzidas avançaram na direção programada, pois foi possível verificar que a ‘atualização’ da linguagem de que falam os tradutores sugere, em geral, o uso de léxico mais popular, corrente, convencional e inclusivo de gênero, desde que essas peças do léxico não se refiram a uma doutrina bíblico-teológica; abrasileiramento do português, diminuição da complexidade dos enunciados, uso de mecanismos mais comuns na oralidade informal; bem como uso de construções e expressões coloquiais e distensas, reflexo da cosmovisão cristã protestante e do aprimoramento exegético, como ainda, em menos casos, conservação de estrutura das línguas originárias da Bíblia; a ARA introduz e/ou preserva solenidade à linguagem. Ao contrário disso, a NAA visa a certo despojamento da linguagem. A ‘atualização’ não é ampla e irrestrita; quando os tradutores oferecem uma nova versão da Bíblia, eles levam em conta o público a que ela se destina e nessa consideração a NAA arrisca-se mais do que suas antecessoras, pois, de modo mais franco do que a ARA, a jovem versão tem de dar conta de atingir dois grupos leitores (especializado e leigo) e ser fiel ao texto fonte. Tudo isso impõe limites à tradução, deixando evidente que traduzir a Bíblia é diferente de traduzir outros textos. Em síntese, o propósito de toda a ‘atualização’ visada pelos tradutores andou no sentido de conciliar com eficiência o texto bíblico e o seu leitor, uma tarefa complexa.
dc.description.sponsorshipCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
dc.identifier.urihttps://dspace.mackenzie.br/handle/10899/33634
dc.language.isopt_BR
dc.publisherUniversidade Presbiteriana Mackenzie
dc.subjectfuncionalismo
dc.subjectversões da bíblia
dc.subjectportuguês brasileiro
dc.subjectatualização da linguagem
dc.titleA “atualização” da linguagem nas versões bíblicas de João Ferreira de Almeida vista com o suporte teórico do funcionalismo
dc.typeDissertação
local.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/4742321400577426
local.contributor.advisorOrcidhttps://orcid.org/0000-0001-5182-6767
local.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/4381985019908816
local.contributor.authorOrcidhttps://orcid.org/0000-0002-3893-1500
local.contributor.board1Madureira , Jonas Moreira
local.contributor.board1Latteshttp://lattes.cnpq.br/5533835882752031
local.contributor.board1Orcidhttps://orcid.org/0000-0001-7050-3373
local.contributor.board2Lopes, Mariú Moreira Madureira
local.contributor.board2Latteshttp://lattes.cnpq.br/7218817998062844
local.description.abstractenHaving as theoretical support the linguistic paradigm called Functionalism, in particular the proposals of Halliday (1970; 1978; 2004; 2014), Halliday and Hasan (1976; 1989), Dik (1997) and Neves (2018a; 2020), this dissertation seeks verify what the translators of the following biblical versions consider to be 'current' Brazilian Portuguese. Bearing in mind that the works under analysis in this work are the Holy Bible – Almeida Revised and Corrected version – 12th edition (2008 [referring to the 2nd edition, from 1969], ARC), Holy Bible – Almeida Revised and Updated version – 2nd edition (1993, ARA) and Holy Bible – New Almeida Updated version (2017, NAA), the research also aims to: (i) differentiate what language was considered modern in the ARA and NAA versions, since both are displayed as 'up to date'; (ii) identify what determines the language changes in the so-called 'updated' versions; (iii) examine complicating factors for the translation of the biblical text; and (iv) reflect on linguistic, interactional and sociocultural issues covered in what the most recent versions analyzed in this work propose as an 'updating' of the language of the biblical text. It can be considered that the search carried out and the analyzes carried out advanced in the programmed direction, since it was possible to verify that the 'update' of the language spoken by the translators suggests, in general, the use of a more popular, current, conventional and inclusive lexicon of gender, as long as these lexicon pieces do not refer to a biblical-theological doctrine; Brazilianization of Portuguese, reduction in the complexity of statements, use of more common mechanisms in informal speech; as well as the use of colloquial and relaxed constructions and expressions, a reflection of the Protestant Christian worldview and exegetical improvement, as well as, in fewer cases, conservation of the structure of the original languages of the Bible; ARA introduces and/or preserves solemnity to the language. On the contrary, the NAA aims at a certain stripping of language. The 'update' is not broad and unrestricted; when translators offer a new version of the Bible, they take into account the audience for which it is intended and in this consideration the NAA risks more than its predecessors, since, more frankly than the ARA, the new version has to manage to reach two groups of readers (specialized and lay people) and to be faithful to the source text. All this imposes limits on translation, making it clear that translating the Bible is different from translating other texts. In short, the purpose of all the 'updating' aimed at by the translators was to efficiently reconcile the biblical text and its reader, a complex task.
local.keywordsfunctionalism
local.keywordsbible versions
local.keywordsbrazilian portuguese
local.keywordslanguage update
local.publisher.countryBrasil
local.publisher.departmentCentro de Comunicação e Letras (CCL)
local.publisher.initialsUPM
local.publisher.programLetras
local.subject.cnpqCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES
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