Autoestigma de mães de estudantes com transtorno do espectro autista do município de Niterói – Rio de Janeiro
Carregando...
Tipo
Tese
Data de publicação
2022-08-09
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Lima, Claudete Veiga De
Orientador
Paula, Cristiane Silvestre de
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Teixeira , Maria Cristina Triguero Veloz
Zanon, Regina Basso
Ribeiro , Miriam Oliveira
Orsati, Fernanda Tebexreni
Zanon, Regina Basso
Ribeiro , Miriam Oliveira
Orsati, Fernanda Tebexreni
Programa
Distúrbios do Desenvolvimento
Resumo
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento,
caracterizado pelo comprometimento do desenvolvimento das habilidades de comunicação
social e por padrões de comportamentos restritivos, repetitivos e estereotipados. O estigma e o
preconceito impactam negativamente a vida de indivíduos com TEA, assim como a de seus
familiares. Denomina-se estigma associado ou de cortesia a experiência de estigmatização
social por associação a uma pessoa estigmatizada. O objetivo deste estudo foi descrever os
níveis de autoestigma entre mães/cuidadores de crianças com TEA e correlacionar com sua
saúde mental, apoio social recebido e qualidade de vida. Para o estudo foram entrevistadas
122 mães/cuidadores de crianças matriculadas na rede municipal de educação do município
de Niterói, que responderam aos seguintes questionários: 1) questionário sociodemográfico
familiar, 2) Questionário de saúde mental das mães/cuidadores (SQR-20), 3) Escala de
Autoestigma entre Cuidadores, 4) Grau de desafio e estresse no cuidado do filho com TEA, e
5) Qualidade de vida e nível de apoio social de mães/cuidadores. A análise de dados envolveu
análises descritivas e correlacionais (Teste t independente, Correlação de Pearson e de
Spearman). Os resultados apontaram que os maiores desafios em relação ao cuidado dos seus
filhos são: muito esforço para controlar os sintomas do filho, e a melhora ou a piora da
sintomatologia TEA ser determinada por suas próprias ações. Em relação ao estresse no
cuidado, as mães/cuidadores relataram preocupação com segurança e os comportamentos
desafiadores dos filhos. Os achados das análises correlacionais revelaram que maiores índices
de autoestigma das mães/cuidadores foi maior entre aquelas com: (1) mais problemas de
saúde mental, (2) mais estresse relacionado aos desafios de habilidades de vida diária dos
filhos, (3) menor compreensão em ter filho/filha com TEA (pior qualidade de vida), e (4)
menos bem-estar (pior qualidade de vida). Conclui-se que são diversos os desafios cotidianos
enfrentados pelas mães/cuidadores de indivíduos com TEA, e que sua autoestigma está
associada a fatores pessoais e de sua experiência no cuidado com os filhos, indicando que
para além da assistência as pessoas com TEA, programas e intervenções devem abarcar
também apoio aos familiares.
Descrição
Palavras-chave
transtorno do espectro autista , autoestigma , cuidadores , mães , saúde mental