Perfil epidemiológico de pacientes que desenvolveram insuficiência cardíaca em tratamento com tratuzumabe para câncer de mama HER-2 positivo em centro de oncologia de hospital universitário
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Tipo
TCC
Data de publicação
2020
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Galvan, Andressa Dalle Corte
Porath, Heloísa
Porath, Heloísa
Orientador
Simões, João Carlos
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Membros da banca
Programa
Resumo
RESUMO
Introdução: Nos últimos anos têm se notado o aumento da sobrevida dos pacientes
oncológicos, em especial das pacientes com câncer de mama, graças às novas
opções de tratamento com drogas alvo-específicas. Uma das drogas disponíveis é o
trastuzumabe, um anticorpo monoclonal que bloqueia o oncogene HER-2. Durante a
exposição a esta droga pode ocorrer insuficiência cardíaca (IC) tipo II, causando
efeitos colaterais que prejudicam a qualidade de vida da paciente e interrompem o
tratamento, afetando a sobrevida global. Alguns dos fatores de risco associados
encontrados que aumentam a ocorrência da disfunção cardíaca são: o tabagismo, a
hipertensão arterial, o diabetes, a dislipidemia, a obesidade, a idade superior a 65
anos e doença cardíaca prévia. Devido à falta de estudos de cardio-oncologia no
Brasil, faz-se necessário traçar um perfil das pacientes mais acometidas pela
cardiopatia, a fim de evitar complicações durante o tratamento oncológico e que
piorem a qualidade de vida. Objetivos: Estudar o perfil dos pacientes mais atingidos
pela cardiotoxicidade do trastuzumabe, identificar seus fatores de risco e levantar
possíveis condutas a serem tomadas na prevenção e identificação da
cardiotoxicidade, visando a orientação dos médicos oncologistas e cardiologistas,
tornando ótima a terapêutica desses pacientes oncológicos. Metodologia: Foi
realizado um estudo transversal observacional retrospectivo através de análise de
prontuários de pacientes que realizaram tratamento com trastuzumabe no Centro de
Oncologia do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (CEON – HUEM), de
janeiro de 2012 até dezembro de 2018. Foram coletados dados sobre o perfil do
paciente, o diagnóstico, o tratamento e exames complementares. Com isso, foi
aplicado média ± desvio-padrão e o teste Qui-quadrado (p <0,05). Resultados:
Foram analisados prontuários de pacientes dos quais 40,0% constataram o
desenvolvimento da insuficiência cardíaca, com uma média de idade de 57,3 anos.
A maioria das que tiveram a insuficiência cardíaca tipo II utilizaram previamente
outros quimioterápicos também cardiotóxicos. Os principais fatores de riscos nas
pacientes com IC foram: tabagismo, uso do trastuzumabe neoadjuvante, tumores
maiores que cinco centímetros e com linfonodos metastáticos. A redução da fração
de ejeção ventricular esquerda foi mais importante nos primeiros seis meses de
tratamento e com recuperação apenas parcial ao final de um ano do uso do
anticorpo monoclonal. Conclusão: O perfil das pacientes, portanto, é de uma mulher,
em média de 57 anos, com o tumor maior que cinco centímetros (T3), metástase
linfonodal axilar e em tratamento neoadjuvante com o trastuzumabe, incluindo o uso
de antracíclicos. As condutas de prevenção e monitoramento devem ser voltadas
para a identificação clínica da insuficiência cardíaca em todas as consultas e
orientação aos bons hábitos de vida.
Descrição
Palavras-chave
Neoplasias da mama , Trastuzumabe , Anticorpos monoclonais , Insuficiência cardíaca