Conservadorismo, ordem e hegemonia: a construção ideológica de Jair Bolsonaro
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Tipo
Dissertação
Data de publicação
2021-12-16
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Queiroz, André Ranieri
Orientador
Schwartz, Rosana Maria Pires Barbato
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Souza Neto, João Clemente de
Bógus, Lucia Maria Machado
Bógus, Lucia Maria Machado
Programa
Educação, Arte e História da Cultura
Resumo
O objetivo dessa pesquisa é discutir a formação ideológica de Bolsonaro e o impacto dela em sua atuação política. Em nossa investigação, partimos da hipótese de que Bolsonaro, desde sua infância, foi interpelado sistematicamente para absorver crenças e valores específicos – e foi extremamente bem-sucedido ao fazê-lo. Ao confrontar, por meio das discussões e dos conceitos teórico-metodológicos propostos, as experiências vividas por Bolsonaro em sua juventude e fase adulta com a conjuntura político-social experimentada pelo Brasil à época, conseguimos levantar aspectos que futuramente refletiriam em seu comportamento como parlamentar. Bolsonaro, principalmente em seus 30 primeiros anos de vida, foi interpelado profundamente pela racionalidade conservadora, dominante no Brasil durante a República Populista, a ditadura civil-militar e a Guerra Fria. Também foi nesse período que ele passou a nutrir um intenso sentimento anticomunista e anti-esquerda, que, posteriormente, o faria incapaz de aceitar e dialogar com o contraditório. Um conservadorismo que esteve presente tanto no âmbito familiar, quanto profissional, em sua vida militar. Como consequência, em sua carreira política, Bolsonaro passou a direcionar sua atuação justamente à defesa dos interesses hegemônicos e ao ataque das minorias. Jair, portanto, indica nossa investigação, foi condicionado desde seus primeiros anos a pensar de maneira específica, uma maneira que enxerga tudo que se relaciona à ordem vigente como normal e tudo que a desafia como anormal.
Descrição
Palavras-chave
Jair Bolsonaro , ideologias dominantes , ordem vigente , grupos hegemônicos , história cultural