Chuva, poeira e neon: espaço e distopia em Androides sonham com ovelhas elétricas?, Blade Runner e Blade Runner 2049
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Tipo
Dissertação
Data de publicação
2021-08-16
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Almeida, Juliana Varella Reginato de
Orientador
Aguiar, Cristhiano Motta
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Trevisan, Ana Lúcia
Brito, Herasmo Braga de Oliveira
Brito, Herasmo Braga de Oliveira
Programa
Letras
Resumo
Qual é a relação entre espaço e distopia? Num período em que os usos e ocupações de espaços, sejam eles domésticos, públicos, urbanos, de transporte, estudo ou trabalho, vêm sendo tão radicalmente transformados em decorrência de uma doença mundial (a Covid-19), e em que um sentimento coletivo de “estar vivendo uma distopia” cresce e se populariza, cabe perguntar como a literatura e o cinema, e em particular a ficção científica, têm explorado elementos espaciais para trabalhar o tema da distopia ao longo de sua história. Neste trabalho, estudamos três obras interconectadas, produzidas em diferentes mídias e períodos: o livro Androides sonham com ovelhas elétricas?, de Philip K. Dick, de 1968; o filme Blade Runner – O caçador de androides, de Ridley Scott, de 1982; e o filme Blade Runner 2049, de Denis Villeneuve, lançado em 2017. Em cada uma delas, exploramos a presença de elementos clássicos do modo distópico, como o controle autoritário e a desumanização dos personagens; investigamos como os espaços são enquadrados e narrados, seja pela câmera, seja por palavras; e procuramos identificar quais são as problemáticas da vida real que se expressam, em cada época, na forma de histórias, metáforas e ambientes ficcionais. Com isso, esperamos lançar alguma luz sobre o papel do espaço, entendido num sentido amplo e multissensorial, na construção de narrativas próprias à ficção científica e na provocação de um sentimento distópico no leitor ou espectador, que é enfim estimulado a refletir criticamente sobre sua realidade.
Descrição
Palavras-chave
ficção científica , espaço , distopia , literatura , cinema