Análise de perfil lipídico e glicêmico no pré e pós-operatório de pacientes submetidos ao bypass gástrico em Y-DE-Roux

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Tipo
TCC
Data de publicação
2020
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Proença, Laura Brandão de
Mattos, Maria Eduarda Degraf
Orientador
Nassif, Paulo Afonso Nunes
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Programa
Resumo
INTRODUÇÃO: O aumento da prevalência da obesidade levou a um aumento significativo da ocorrência de síndrome metabólica, fator de risco reconhecido para aumento da morbimortalidade por doenças cardiovasculares. A síndrome metabólica é composta por três componentes principais: a hiperglicemia ou diabetes mellitus do tipo 2, dislipidemia e hipertensão arterial. Diante de repetidas falhas em tratamentos convencionais com mudança de estilo de vida e terapia medicamentosa, fez-se necessário novas abordagens. Desde 2015, diretrizes internacionais reconheceram os benefícios da cirurgia bariátrica em cada fator isolado da síndrome metabólica, além de apenas a redução de peso. OBJETIVOS: Analisar alterações de exames laboratoriais dos pacientes submetidos a bypass gástrico em Y-de-Roux, fazendo uma comparação entre uma coleta realizada no pré-operatório e duas no pós-operatório. O objetivo secundário é avaliar o impacto da cirurgia bariátrica na síndrome metabólica dos pacientes. MÉTODOS: Realizouse um estudo retrospectivo selecionando 80 pacientes submetidos à bypass gástrico em Y-de-Roux, foram analisados o colesterol total, HDL, LDL, triglicerídeos, glicemia de jejum, hemoglobina glicada, insulina e índice de massa corpórea (IMC), em três períodos: o pré-operatório de 1 a 6 meses, pós-operatório de 1 a 6 meses e pós-operatório de 1 a 2 anos. RESULTADOS: O colesterol total apresentou no pré-operatório média de 174,6, no pós-operatório de 1 a 6 meses média 149,5 e em 1 a 2 anos média de 150,2. O HDL obteve no pré-operatório média de 49,6, no pós-operatório de 1 a 6 meses a média foi de 45,6, entretanto, no período de 1 a 2 anos, o valor da média subiu para 57,5. O LDL no pré-operatório obteve uma média de 96,6, no pós-operatório de 1 a 6 meses essa média baixou para 85,4 e no pós-operatório de 1 a 2 anos, o valor foi de 76,2. Os triglicerídeos obtiveram média de 152,5 no pré-operatório, no pós-operatório de 1 a 6 meses, a média caiu para 96 e no pós-operatório de 1 a 2 anos a média foi de 82,1. A glicose apresentou no pré-operatório média de 101,9, operatório de 1 a 6 meses, a média foi de 90 e no pós-operatório de 1 a 2 anos a média dos valores foi de 88,2. A hemoglobina glicada no pré-operatório teve uma média de 6,1, no pós-operatório de 1 a 6 meses obteve média de 5,6 e no pós-operatório de 1 a 2 anos apresentou uma média de 5,5. A insulina obteve média no pré-operatório de 22,2, no período pós-operatório de 1 a 6 meses caiu para o valor de 8,1 e no período pós-operatório de 1 a 2 anos o valor da média foi de 6,1. O IMC, no pré-operatório, teve a média dos valores de 39,8, no pré-operatório de 1 a 6 meses, os valores caíram para 33,2 e no pós-operatório de 1 a 2 anos a média foi de 26. Todas as variáveis – com exceção do colesterol total, hb glicada e glicose no pós-operatório de 1 a 2 anos – apresentaram significância estatística com p<0,001. CONCLUSÃO: Houve melhora significativa na imensa maioria dos parâmetros laboratoriais e no IMC após a realização do bypass gástrico em Y-de-Roux quando comparado pré-operatório com ambos pós-operatórios, reduzindo dessa forma a morbimortalidade por doenças cardiovascular e outras complicações da síndrome metabólica.
Descrição
Palavras-chave
Diabetes Mellitus Tipo 2 , obesidade , síndrome metabólica , dislipidemias , anastomose em Y-DE-ROUX
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