Avaliação da abordagem médica sobre o diagnóstico e indicação do tratamento clínico e cirúrgico para obesidade
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Tipo
TCC
Data de publicação
2022
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Veras, Layla Rayce Noronha Mota
Gonçalves, Vitor Dias
Gonçalves, Vitor Dias
Orientador
Zella, Maria Augusta Karas
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Programa
Resumo
Contexto: A obesidade é um problema de saúde pública, levando em consideração a sua significativa associação com várias doenças crônicas, elevada mortalidade e alto custo de atendimento pelo setor de saúde. O tratamento clínico da obesidade se baseia em uso de medicamentos como liraglutida, orlistate e sibutramina quando há falha em perder peso com o tratamento não farmacológico. Já o tratamento cirúrgico pode ser indicado para pessoas com IMC acima de 35 kg/m2 que tenham comorbidades como diabetes e hipertensão arterial, ou pacientes com IMC maior que 40 Kg/m2 que não tenham êxito na perda de peso após dois anos de tratamento medicamentoso. Objetivo: Avaliar a abordagem do profissional médico em relação ao diagnóstico da obesidade e tratamentos disponíveis. Métodos: Estudo prospectivo com aplicação do questionário via Google Forms em plataformas online para os profissionais médicos, abrangendo perguntas sobre a abordagem médica com o paciente com obesidade. Utilizaremos como critério de inclusão médicos de todos os gêneros que estiverem de acordo a se submeter a aplicação do questionário de forma voluntária e que aceite assinar o termo de consentimento livre e esclarecido, podendo a qualquer momento finalizar sua participação na pesquisa. Resultados:O questionário foi respondido por 154 profissionais médicos, com idade média 46,34 ± 13,14 anos (24-74 anos) e tempo médio de atuação profissional 21,37 ± 13,24 anos. A maioria da amostra foi formada por médicos com mais de 20 anos de atuação profissional (55.84%, n=86). Na entrevista clínica, 52,31% (n=79) os médicos realizam a avaliação do peso máximo adquirido durante a vida pelo paciente. O hábito de calcular o IMC foi declarado 53,25% (n=82) dos entrevistados. Entretanto, os profissionais de especialidades clínicas têm mais hábito de calcular o IMC do que os profissionais de especialidades cirúrgicas (p=0,002). A reavaliação do IMC no seguimento clínico do paciente com obesidade é realizada por 51,3% (n=79) da amostra. Há relação significativa entre a reavaliação do IMC e o tipo de especialidade (p=0,00006). Os profissionais de especialidades clínicas têm mais hábito de reavaliar o IMC do que os profissionais de especialidades cirúrgicas. A medida da circunferência abdominal é realizada apenas por 21,43% (n=33) dos entrevistados. Os profissionais de especialidades clínicas têm mais hábito de medir a circunferência abdominal do que os profissionais de especialidades cirúrgicas (p=0,002). Na avaliação da recomendação do tratamento cirúrgico para obesidade, 61,04% (n=94) dos entrevistados recomendam essa modalidade de tratamento. Conclusão: O tratamento cirúrgico está sendo recomendado pelos médicos entrevistados, entretanto nos IMC ≥ 35. Encontramos baixa prescrição de drogas anti-obesidade. Mesmo que a maioria tenha questionado a prática de atividades físicas, os dados clínicos de peso máximo ao longo da vida e hábitos alimentares têm sido pouco explorados pelos médicos na entrevista clínica. Na avaliação antropométrica, a medida da CA não é prática comum na avaliação, embora metade da amostra calcule o IMC dos pacientes e reavalia esse índice durante o seguimento clínico.
Descrição
Palavras-chave
obesidade , imc , diabetes , orlistate , liraglutida , sibutramina , gastroplastia , cirurgia bariátrica