Cognição do modelo paramétrico de projeto de arquitetura
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Tipo
Dissertação
Data de publicação
2022-10-26
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Wills, José Ernesto Bueno
Orientador
Florio, Wilson
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Caldana Junior, Valter Luis
Vincent, Charles de Castro
Turkienicz, Benamy
Amorim, Arivaldo Leão de
Vincent, Charles de Castro
Turkienicz, Benamy
Amorim, Arivaldo Leão de
Programa
Arquitetura e Urbanismo
Resumo
Arquitetura e Urbanismo é uma área de conhecimentos multidisciplinar, de
profissionais generalistas, que precisam integrar conhecimento de outras áreas.
Esta característica sempre fez parte da sua natureza e dificuldade; porém, a partir
da Quarta Revolução Industrial, a demanda por integração é maior. Aqueles que se
dedicam às tarefas projetuais em etapas iniciais de projeto devem abordar a
modelagem paramétrica (MP). A atual MP é um tipo de programação. Isto adiciona
demandas de conhecimento sobre computação, geometria analítica e diferencial,
dentre outras. Os objetivos deste trabalho são caracterizar os fatores da
dificuldade cognitiva dos modelos paramétricos para estudantes concluintes e
arquitetos recém-formados e, para isto, desenvolver uma métrica para a
dificuldade cognitiva, que seja útil para o planejamento e avaliação do
treinamento em MP. Existem precedentes sobre cognição em projeto paramétrico,
relacionadas à: aplicação de conhecimentos, problemas de criatividade,
complexidade e flexibilidade de uso dos modelos paramétricos. Porém, há uma
lacuna sobre a abstração procedural. Aplica-se o conceito de abstração no sentido
de encapsulamento de operações e conhecimento, que se esconde em níveis para
agilizar processos mentais, podendo focar em operações de alto nível, no contexto
dos conceitos de projeto, em vez de investir esforços em operações com dados
primitivos. Partiu-se da hipótese de que a dificuldade cognitiva do modelo
paramétrico deva ser influenciada pela complexidade do modelo e pela abstração
procedural. Para a definição das métricas de abstração, se acessou a informação de
conjunto de biblioteca e classe de objeto à que pertencem os componentes,
classificando-os em níveis de abstração, com valores normalizados. Implementou-se
um meta-algoritmo que acessou coleções de modelos, mediu as variáveis e calculou
a complexidade, abstração e dificuldade cognitiva de cada um. Demonstrou-se que
a dificuldade cognitiva é influenciada, não só pela complexidade do modelo, mas
também pela abstração procedural; mas que a influência desta última é menor do
que a da complexidade. Os resultados indicam que, no planejamento de cursos de
treinamento em MP, os instrutores podem mensurar e administrar
quantitativamente a dificuldade dos modelos usados como tutoriais ou exercícios,
de maneira a garantir uma progressão e se adaptar as particularidades de uma
turma. Contribui-se com a formulação de duas métricas para análises quantitativas
de algoritmos: uma de abstração procedural, e a outra de índice de dificuldade
cognitiva; assim como os algoritmos para a medição destas. Estas métricas também
podem ser aplicadas em outras áreas do conhecimento, onde a prática também
evolui para o uso da programação visual.
Descrição
Palavras-chave
dificuldade cognitiva , modelagem paramétrica , abstração procedural , projeto Arquitetônico , complexidade ciclomática