Avaliação tardia pós oclusão de forame oval patente com dispositivo oclusor em centro de referência de doenças cardiovasculares

dc.contributor.advisorKubrusly, Luiz Fernando
dc.contributor.authorSchapinski, Felipe Nicoloso
dc.contributor.authorLima, Manoel de Almeida
dc.date.accessioned2023-05-29T22:49:09Z
dc.date.available2023-05-29T22:49:09Z
dc.date.issued2022
dc.description.abstractIntrodução: O FOP é um defeito embriológico do septo interatrial que permite a passagem de sangue oxigenado do átrio direito para o átrio esquerdo. Essa malformação está presente em cerca de 25% da população adulta e sua permanência predispõe a condições clínicas como AVE criptogênico e migrânea. No entanto, ao se revisar os principais guidelines, observa-se que o fechamento percutâneo do FOP é indicado apenas como um procedimento de prevenção de recidivas após as sintomatologias já manifestadas, mesmo sendo uma técnica segura, pouco invasiva e com melhores resultados na profilaxia se comparado à terapia medicamentosa. Além de seu efeito benéfico na profilaxia desses eventos, o fechamento percutâneo tem se apresentado como possível tratamento para transtornos de enxaqueca com FOP como agente causal. Diante disso, levanta-se o questionamento sobre esse procedimento como alternativa à terapia farmacológica na profilaxia primária e como tratamento definitivo para essas crises de migrânea. Objetivo: Avaliar o desfecho no pós-operatório tardio da oclusão do FOP. Secundariamente, avaliar a evolução clínica de migrâneas após oclusão do FOP com dispositivo oclusor. Métodos: Estudo transversal prospectivo a partir da análise de prontuários médicos e da aplicação de um questionário nos pacientes que realizaram o fechamento percutâneo venoso do FOP no Incor Curitiba entre março de 2017 e outubro de 2019. Através da análise destes prontuários foram levantados os dados: idade, comorbidades, medicamentos de uso contínuo, tamanho do FOP, sintomatologia prévia, ETE com estratificação de microbolhas, complicações de pós-operatório e, com aplicação do questionário, evolução das crises de migrânea. Resultados: Foram coletados 16 prontuários cirúrgicos. Através da análise destes prontuários foram levantados dados relevantes para a indicação do fechamento do FOP. A faixa etária predominante foi de 50-59 anos (37,50%), com sexo feminino predominante (75%). A maioria dos pacientes apresentavam pelo menos uma comorbidade (75%), sendo a hipercolesterolemia a mais prevalente (50%). Dos sintomas prévios, AIT foi observado em 50% dos pacientes, enquanto migrânea e AVE criptogênico estava presente, cada uma, em 37,25% dos pacientes. Apenas 12,5% dos pacientes não faziam uso de medicamentos antes da cirurgia, e desses, 100% evoluíram com AVE criptogênico, enquanto dos 87,5% que faziam profilaxia medicamentosa, 35,71% evoluíram com AVE criptogênico. Além disso, aneurisma do septo interatrial estava presente em 31,25% dos pacientes. A média de tamanho dos FOPs era 7,74mm. Dos 6 pacientes que tinham migrânea como sintomatologia, todos tiveram remissão total. Nenhum dos pacientes tiveram alguma repercussão em médio a longo prazo após a cirurgia. Conclusão: Entende-se, portanto, que o fechamento percutâneo é uma técnica segura para ser indicada como profilaxia primária, evitando eventos tromboembólicos e suas complicações. Ademais, a oclusão percutânea aparece, também, como alternativa promissora no tratamento das crises de migrânea que tem o FOP como agente causal.pt_BR
dc.identifier.urihttps://dspace.mackenzie.br/handle/10899/32777
dc.publisherUniversidade Presbiteriana Mackenziept_BR
dc.rightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil*
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/*
dc.subjectforame oval patentept_BR
dc.subjectcomunicação interatrialpt_BR
dc.subjecttranstornos de enxaquecapt_BR
dc.subjectacidente váscular encefálicopt_BR
dc.titleAvaliação tardia pós oclusão de forame oval patente com dispositivo oclusor em centro de referência de doenças cardiovascularespt_BR
dc.typeTCCpt_BR
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