Como as práticas ESG impulsionam o mercado de carbono: um estudo comparativo entre duas grandes empresas do agronegócio brasileiro e a tendência de responsabilização frente aos compromissos assumidos
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Tipo
Trabalho de Conclusão de Curso
Data de publicação
2023-12
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Brefere, Marco Antonio Massabni
Orientador
Rosario, Ricardo Pedro Guazzelli
Título da Revista
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Programa
Resumo
Este trabalho se dedica a examinar a importância da agenda ESG (Ambiental, Social e de Governança, na sigla em português) em meio à crescente preocupação com os impactos da atividade econômica humana no meio ambiente. Desde os pensadores da Idade Média, como São Tomás de Aquino, até os teóricos do Estado Social, a preocupação com a função social da terra e das empresas tem sido uma constante no ordenamento jurídico ocidental, fornecendo bases morais e legais para a formação do que conhecemos hoje como ESG. O aumento das concentrações de Gases de Efeito Estufa (GEE) e as previsões de impactos significativos provenientes das mudanças climáticas ressaltam a necessidade urgente de medidas para reduzir emissões e promover práticas sustentáveis. Neste contexto, a implementação de políticas ESG surge como uma abordagem voluntária para alinhar as práticas empresariais com aspirações sociais e ambientais, através da geração de valor, preparando as empresas para um cenário futuro de redefinição de valores. Neste cenário, o mercado de carbono desempenha um papel crucial na mitigação dos gases de efeito estufa e, com isso, nota-se um crescimento na busca empresarial por adequação. No contexto brasileiro, metas ambiciosas foram estabelecidas para a redução de emissões, sendo o setor agropecuário uma peça-chave para este movimento. Isto posto, é crucial analisar o contexto atual deste setor econômico ao comparar as políticas adotadas pelas maiores empresas do agronegócio brasileiro, listadas na bolsa de valores do país. Por fim, com o aumento da demanda por compromissos climáticos é notado uma intensificação da fiscalização e uma alta da litigiosidade neste setor, sublinhando a importância do compliance em políticas associadas à agenda ESG.
This study is dedicated to examining the significance of the ESG agenda (Environmental, Social, and Governance) amidst the growing concern over the impacts of human economic activities on the environment. From medieval thinkers like Saint Thomas Aquinas to proponents of the Social State, the concern for the social function of land and businesses has remained a constant in Western legal systems. This concern has provided the moral and legal groundwork for the formation of what we now recognize as ESG. The escalating concentrations of Greenhouse Gases and the projections of significant impacts stemming from climate change underscore the pressing need for measures to curtail emissions and promote sustainable practices. Within this framework, the adoption of ESG policies emerges as a voluntary approach to aligning corporate practices with social and environmental aspirations. This alignment serves to create value and equip companies to navigate a future landscape characterized by a redefinition of values. In this context, the carbon market assumes a pivotal role in mitigating Greenhouse Gases, and a discernible surge in corporate endeavors towards compliance is evident. Within the Brazilian context, ambitious targets have been set for emissions reduction, with the agricultural sector standing as a linchpin in this movement. Consequently, it is imperative to scrutinize the current landscape of this economic sector, comparing the policies implemented by the leading companies in the Brazilian agribusiness sector, as listed on the nation's stock exchange. Finally, with the escalating demand for climate commitments, an augmentation of regulatory oversight and an uptick in litigation within this sector is noted, underscoring the critical importance of compliance in policies associated with the ESG agenda.
This study is dedicated to examining the significance of the ESG agenda (Environmental, Social, and Governance) amidst the growing concern over the impacts of human economic activities on the environment. From medieval thinkers like Saint Thomas Aquinas to proponents of the Social State, the concern for the social function of land and businesses has remained a constant in Western legal systems. This concern has provided the moral and legal groundwork for the formation of what we now recognize as ESG. The escalating concentrations of Greenhouse Gases and the projections of significant impacts stemming from climate change underscore the pressing need for measures to curtail emissions and promote sustainable practices. Within this framework, the adoption of ESG policies emerges as a voluntary approach to aligning corporate practices with social and environmental aspirations. This alignment serves to create value and equip companies to navigate a future landscape characterized by a redefinition of values. In this context, the carbon market assumes a pivotal role in mitigating Greenhouse Gases, and a discernible surge in corporate endeavors towards compliance is evident. Within the Brazilian context, ambitious targets have been set for emissions reduction, with the agricultural sector standing as a linchpin in this movement. Consequently, it is imperative to scrutinize the current landscape of this economic sector, comparing the policies implemented by the leading companies in the Brazilian agribusiness sector, as listed on the nation's stock exchange. Finally, with the escalating demand for climate commitments, an augmentation of regulatory oversight and an uptick in litigation within this sector is noted, underscoring the critical importance of compliance in policies associated with the ESG agenda.
Descrição
Palavras-chave
função social , sociedade de risco , capitalismo stakeholder , cisne cerde , ASG , ODS , social function , risk society