Ficção a céu aberto: écfrase de arte contemporânea

dc.contributor.advisorPereira, Helena Bonito Couto
dc.contributor.authorLancman, Thais Kuperman
dc.date.accessioned2022-01-26T19:05:40Z
dc.date.available2022-01-26T19:05:40Z
dc.date.issued2021-11-09
dc.description.abstractA arte contemporânea representa um desafio novo na tradição da écfrase. A abertura irrestrita das linguagens e temas leva-nos a questionar como a transposição dessa arte pode torná-la presente para o leitor. A partir da análise de duas narrativas contemporâneas – Não há lugar para a lógica em Kassel (2015), de Enrique Vila-Matas, e O museu da inocência (2011a), de Orhan Pamuk –, em que a écfrase desempenha papel fundamental, esta pesquisa de doutorado busca entender até que ponto as mudanças no universo das artes visuais levam à necessidade de atualizar a teorização existente a respeito da écfrase. Chegamos a duas categorias que buscam iluminar pontos relevantes da écfrase de arte contemporânea, sem se restringirem a ela e sem inviabilizar o uso concomitante de demais categorizações existentes. Falamos em écfrase curatorial, para as passagens ecfrásticas que destacam os procedimentos de seleção e arquivamento de obras, relacionando-as em um contexto de exposição, ou ainda, obras de arte fundamentadas sobre tais procedimentos, como delimitado por Filipovic (2013). Outra categoria delineada nesta pesquisa é a écfrase fática, a partir do conceito de convivialidade explorado por Blommaert e Varis (2018), inseridos na lógica dos Atos de Percepção e de Recepção, como definidos por Elleström (2021). Por fática, entendemos a écfrase que explora os aspectos comunicacionais da obra de arte contemporânea, centrando-se na experiência de teste permanente da capacidade de proposições artísticas produzirem comunicação, entre artista e espectador e entre diferentes espectadores, estabelecendo a convivalidade, um convívio fluido mas nem por isso desprovido de significado. As obras analisadas utilizam, cada uma à sua maneira, a écfrase como elemento de indefinição, ou seja, inserem a abertura da arte contemporânea na amplitude da narrativa em sua incorporação de gêneros e registros. Por esse motivo, discutiremos nesta tese a écfrase como passagens que nos permitem entender melhor o funcionamento da ficção, a partir da comprensão de que a écfrase é um procedimento exemplar e agudo de reconstrução do olhar, da percepção e da memória.pt_BR
dc.description.sponsorshipCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nívelpt_BR
dc.identifier.urihttps://dspace.mackenzie.br/handle/10899/28698
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.publisherUniversidade Presbiteriana Mackenzie
dc.rightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil*
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/*
dc.subjectécfrasept_BR
dc.subjectarte contemporâneapt_BR
dc.subjectliteratura contemporâneapt_BR
dc.titleFicção a céu aberto: écfrase de arte contemporâneapt_BR
dc.typeTesept_BR
local.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/9240687015870539pt_BR
local.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/6614010987217000pt_BR
local.contributor.board1Mattos, Cristine Fickelscherer de
local.contributor.board2Dugnani, Patricio
local.contributor.board3Alvarez, Aurora Gedra Ruiz
local.contributor.board4Stigger, Verônica Antonine
local.description.abstractenContemporary art represents a new challenge in the ekphrasis tradition. The unrestricted opening of languages and themes leads us to question how the transposition of this art can make it present to the reader. From the analysis of two contemporary narratives – The Illogic of Kassel (2015), by Enrique Vila-Matas, and The museum of innocence (2011a), by Orhan Pamuk – in which ekphrasis plays a fundamental role, this PhD research aims to understand the extent to which changes in the visual arts world lead to the need to update existing theorizing about ekphrasis. We arrived at two categories that seek to illuminate relevant points of the contemporary art ekphrasis, without being restricted to it and without making the concomitant use of other existing categorizations unfeasible. We speak of curatorial ekphrasis, for ekphrastic passages that highlight the procedures for selecting and archiving works, relating them in an exhibition context, or even works of art based on such procedures, as outlined by Filipovic (2013). Another category outlined in this research is the phatic echphrasis, based on the concept of conviviality explored by Blommaert and Varis (2018), inserted in the logic of the Acts of Perception and Reception, as defined by Elleström (2021). By phatic, we understand the ekphrasis that explores the communicational aspects of the contemporary work of art, focusing on the experience of permanent testing of the capacity of artistic propositions to produce communication, between artist and spectator and between different spectators, establishing coexistence, a fluid but not for that reason devoid of meaning. The works analyzed use, each in its own way, ekphrasis as an element of indefinition, that is, they insert the opening of contemporary art in the breadth of the narrative in its incorporation of genres and registers. For this reason, in this thesis, we will discuss ekphrasis as passages that allow us to better understand the functioning of fiction, based on the understanding that ekphrasis is an exemplary and acute procedure for the reconstruction of the gaze, perception and memory.pt_BR
local.keywordsekphrasispt_BR
local.keywordscontemporary artspt_BR
local.keywordscontemporary literaturept_BR
local.publisher.countryBrasil
local.publisher.departmentCentro de Comunicação e Letras (CCL)pt_BR
local.publisher.initialsUPM
local.publisher.programLetraspt_BR
local.subject.cnpqCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTESpt_BR
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