Para todas as Marias: a arquitetura e o cotidiano

dc.contributor.advisorCoradin, Renata Fragoso
dc.contributor.authorRosa, Eloah Maria Coelho
dc.date.accessioned2025-05-12T18:32:52Z
dc.date.available2025-05-12T18:32:52Z
dc.date.issued2024-12-04
dc.description.abstractNeste último capítulo, encerro compreendendo a arquitetura e o urbanismo como algo não imparcial, que molda as dinâmicas do cotidiano e expressa as lógicas sociais por trás das construções físicas. O início da pesquisa apresenta uma arquitetura que reforça e resulta dessas segregações de gênero, raça e classe. O foco no trabalho doméstico permitiu evidenciar como o espaço de morar esconde o espaço do serviço, espaço esse ocupado em sua maioria pelas mulheres e, nos projetos de alto padrão, as mulheres negras. Essa segregação da moradia estabelece uma hierarquia dos espaços, que atinge os corpos que ocupam cada área, sendo o local do serviço o que historicamente foi separado do restante da moradia. Entretanto, por meio das pesquisas sobre o Urbanismo Feminista e das moradias sem cozinha, ficou evidente como a arquitetura e o urbanismo também podem ser pensados como enfrentamento a essas opressões a partir do momento que visibiliza e busca atender as minorias sociais. Esses exemplos de arquiteturas pensados sobretudo por mulheres foram muito importantes para entender que a arquitetura também pode ser uma forma de resistência, a partir do momento que estabelece um posicionamento contra essas hierarquias e segregações dentro da moradia e do espaço público. Sabemos que somente a arquitetura e o urbanismo não podem mudar toda a lógica social, entretanto assumir uma posição evidente sobre para quem se constrói, a partir do momento que se estabelece as minorias sociais como centro, já é uma atitude de transformação mesmo que em pequena escala. Assim, os estudos sobre os temas com posicionamentos feministas foram inspiradores para o exercício projetual, que buscou atender aos elementos de pesquisa, atentando-se às decisões projetuais e equipamentos inseridos com foco na mulher, além de tentar ressignificar a lógica de desvalorização do espaço de serviço, tornando-os locais de encontro e criação de redes de apoio entre as vizinhas, buscando fazer com que deixem de ser espaços escondidos, como ocorreu e ocorre desde o período colonial, e se tornem os espaços de convívio e desenvolvimento de relações sociais. Por fim, concluo esse trabalho com muita paixão pela arquitetura e o urbanismo, vendo como podem exercer o papel de resistência contra as opressões e como potentes elementos de melhoria do cotidiano das pessoas.
dc.identifier.urihttps://dspace.mackenzie.br/handle/10899/40743
dc.languagept_BR
dc.publisherUniversidade Presbiteriana Mackenzie
dc.subjectarquitetura
dc.subjecturbanismo
dc.subjectfeminismo
dc.subjectsegregação
dc.subjectresistência
dc.titlePara todas as Marias: a arquitetura e o cotidiano
dc.typeTCC
local.publisher.departmentFaculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU)
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