Os arranjos criativos na transformação da cidade
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Tipo
Dissertação
Data de publicação
2016-01-27
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Cesarino, Gabriela Krantz
Orientador
Caldana Junior, Valter Luis
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Bruna, Gilda Collet
Herling, Teresa Beatriz Ribeiro
Herling, Teresa Beatriz Ribeiro
Programa
Arquitetura e Urbanismo
Resumo
A economia criativa vem sendo difundida pelo mundo como o mais novo modelo econômico
que orienta as ações da requalificação urbana e se desenvolve sob a perspectiva do
planejamento local, ainda que no contexto de mundialização da economia. Esse modelo
econômico, que estrategicamente avança sobre o território a fim de reproduzir ali o capital,
se diz inovador, inclusivo e promotor das artes e da cultura, utilizando-se dos modos
contemporâneos de comunicação e produção. Observamos que os Arranjos Criativos
espacializam, através de suas redes de negócios, os componentes tangíveis – espaço e
produtos – e intangíveis – experiência e identidade – que podem ser mercantilizados, através
de processos distintos. Seguindo o ciclo da transformação urbana, estes acabam por minar
seu valor intrínseco, a espontaneidade criativa e os valores da cultura e da comunidade local.
A observação paralela de casos do Brasil e dos Estados Unidos, representativos de dois
modelos típicos de formação dos Arranjos Criativos – o modelo planejado e o de geração dita
“espontânea” – traz à tona as diferenças de processo e de aplicação dos princípios da
economia criativa na cidade. Conclui-se que os diferentes Arranjos Criativos se formam
seguindo ciclos que se repetem, com qualidades diferentes, adaptam-se às realidades locais,
ao mesmo tempo em que replicam os processos de reprodução do capital sobre o território
urbano. E por estarem em movimento, como as cidades, as pessoas e a criatividade, estão
em constante transição, ressignificando a identidade do lugar.
The Creative Economy, the most recent widely circulated model for urban regeneration, has developed with a perspective towards local planning within the context of economic globalization. The model utilizes urban space to advance the reproduction of capital with a strategy that includes diversity, innovation and the promotion of arts and culture. The resulting Creative Clusters materialize with an economic network that transforms tangible aspects – space and products – and the intangible – experience and identity of place – into marketable merchandise. Following typical urban economic cycles, the processes of regeneration eventually result in the destruction of the intrinsic creative spontaneity and the local culture. Parallel observations of North American and Brazilian Creative Clusters bring to light representative examples of two typical models of formation – the planned model and the socalled “spontaneous” model. A comparison of these models highlights the differences between the processes and the application of the principles of the Creative Economy in the city. We conclude that the economic cycles that transform the Creative Clusters adapt themselves to local realities, while replicating the processes of capital reproduction across the urban territory. The Creative Clusters formed within the repeating but varying spatioeconomic cycles display a wide variety of attributes. And because they are in constant movement – as are cities, people and creativity – they maintain a continuous process of change that recurrently transforms the identity of the place.
The Creative Economy, the most recent widely circulated model for urban regeneration, has developed with a perspective towards local planning within the context of economic globalization. The model utilizes urban space to advance the reproduction of capital with a strategy that includes diversity, innovation and the promotion of arts and culture. The resulting Creative Clusters materialize with an economic network that transforms tangible aspects – space and products – and the intangible – experience and identity of place – into marketable merchandise. Following typical urban economic cycles, the processes of regeneration eventually result in the destruction of the intrinsic creative spontaneity and the local culture. Parallel observations of North American and Brazilian Creative Clusters bring to light representative examples of two typical models of formation – the planned model and the socalled “spontaneous” model. A comparison of these models highlights the differences between the processes and the application of the principles of the Creative Economy in the city. We conclude that the economic cycles that transform the Creative Clusters adapt themselves to local realities, while replicating the processes of capital reproduction across the urban territory. The Creative Clusters formed within the repeating but varying spatioeconomic cycles display a wide variety of attributes. And because they are in constant movement – as are cities, people and creativity – they maintain a continuous process of change that recurrently transforms the identity of the place.
Descrição
Palavras-chave
economia criativa , requalificação urbana , desenho urbano
Assuntos Scopus
Citação
CESARINO, Gabriela Krantz. Os arranjos criativos na transformação da cidade. 2016. 176 f. Dissertação (Arquitetura e Urbanismo) - Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo .