Centro de Educação, Filosofia e Teologia (CEFT)
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- TeseVeladuras do viver pedagógico: percursos poéticos, estésicos e educativos na formação de professores que atuam no ensino de arteFerrari, Solange dos Santos Utuari (2021-08-26)
Centro de Educação, Filosofia e Teologia (CEFT)
O ensino de Arte na escola vem sofrendo muitas revisões e proposições desde a década de 1980, gerando pesquisas, documentos oficiais, aumento nas publicações e ações destinadas a discuti-lo na escola e na formação de professores. Nessa trajetória, propostas curriculares, teorias e abordagens metodológicas são apresentadas aos professores que, diante de demandas contemporâneas, são solicitados a reflexões e reformulações de suas práticas pedagógicas. A presente pesquisa investiga como professores que atuam no ensino de Arte se percebem nesse contexto e seguem trabalhando em meio às suas competências (RIOS, 2001) e veladuras de um viver pedagógico. Estuda processos de criação, poéticas pessoais e encontros com a Arte ao acompanhar professores que contam suas histórias e expõem suas veladuras ao viver experiências no “grupo-pesquisador”. O termo “veladuras” tem sua raiz no vocabulário artístico enquanto processo técnico e poético e está presente nesta pesquisa como metáfora na investigação de “camadas” de experiências significativas no viver e no vir a ser do professor de Arte. O analisa ações e proposições para a formação continuada do professor de Arte por meio de percursos poéticos, estésicos e educativos (UTUARI, 2012) considerando o conceito de “grupo-pesquisador” que tem por base teórica e metodológica a sociopoética (GAUTHIER, 1999 e 2014) e o círculo de cultura (FREIRE, 2000, 2002, 2009, 2011 e 2014) e prima por valorizar o protagonismo dos participantes, o corpo, a Arte como produção de conhecimento, o encontro enquanto espaço e oportunidade para a escuta, fala e ações tendo por reflexões as trajetórias da “pessoa” criadora e poética. No ato pesquisador trazemos a A/r/tografia (IRWIN, 2008) e (DIAS e IRWIN, 2013), como concepção de pesquisa ação/pesquisa viva. Considerando a natureza humana em buscar oportunidades para o encontro, mesmo em tempos de distanciamento, a pesquisa fez convites, conjugando o verbo “esperançar” (FREIRE, 1992), a vinte e sete professoras para participarem do grupo-pesquisador em espaço virtual com a criação de ambiências criadoras e educadoras (HARDAGH, 2017; MELLO, 2015) a partir da proposição da “caixa convite: ateliê viajante”. Objetos e materialidades propositoras (MARTINS e PICOSQUE, 2012) dentro da caixa animaram conversas, nutrições estéticas e práticas artísticas como forma de viver o sensível, o poético, no estado de fronteira e perceber as dimensões artística, pesquisadora e educadora. Nesse percurso foi possível compreender que é preciso construir espaços que permitam a criação e expressão, que possam ser mais expansivas, percebendo que só por “dentro é possível conhecer” realidades, desejos e sonhos de quem tinge com suas cores o suporte, “chão” da escola pública: os professores e as professoras.