Distúrbios do Desenvolvimento - Dissertações - CCBS Higienópolis
URI Permanente para esta coleção
Navegar
Navegando Distúrbios do Desenvolvimento - Dissertações - CCBS Higienópolis por Assunto "adaptação cultural"
Agora exibindo 1 - 2 de 2
Resultados por página
Opções de Ordenação
- DissertaçãoProcesso de adaptação da versão brasileira do emotional outburst questionnaire: estudo piloto com pessoas com Síndrome de Down e Transtorno do Espectro AutistaBalbueno, Bianca (2021-08-25)
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
As explosões emocionais (EE) são episódios breves de acessos de raiva desproporcionais em relação à situação ou contexto em que elas ocorrem e frequentes em pessoas com transtornos graves do neurodesenvolvimento. O presente estudo teve como objetivo geral executar o processo parcial de tradução e adaptação cultural do instrumento Emotional Outburst Questionnaire para a língua portuguesa do Brasil. O instrumento de coleta de dados foi a versão em português do Emotional Outburst Questionnaire (Questionário de Explosão Emocional) que avalia a frequênci ae duração de topografias comportamentais indicativas de EE, padrões emocionais durante a EE, tempo de recuperação da EE, fatores ambientais e fisiológicos desencadeadores de EE e eficácia de estratégias de controle para acalmar as EE. O estudo foi conduzido em quatro fases: a) Tradução, síntese da tradução e adaptação cultural do instrumento para a língua portuguesa do Brasil, b) Avaliação do instrumento traduzido por uma amostra de público-alvo, c) Retrotradução, d) Estudo- Piloto em amostra composta por 359 pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), Síndrome de Down (SD) e Deficiência Intelectual (DI) entre 6 e 25 anos, ambosos sexos com idade média=10,41, desvio padrão=0,42. Os principais resultados das primeiras três etapas foram: alterações feitas para fins de adaptação cultural se basearam em critérios de equivalência idiomática e a conceitual e, de 11 termos que demandaram ajustes, apenas dois foram totalmente modificados e os demais parcialmente modificados. Na avaliação dos itens, instruções e escala de resposta pelos sete participantes do público-alvo não houve sugestão de mudanças. Na etapa de retrotradução predominaram os ajustes de tipo semântico e idiomático em 38 palavras ou frases com ajustes da versão final em português comparada com a versão original em inglês. Os principais resultados encontrados no estudo piloto foram que as topografias de EE mais graves apresentadas em maior frequência na amostra de 359 participantes são “vocalizações não verbais”, “evitação”, “ignorar ou não falar com certas pessoas”, “atividade motora aumentada” e “resposta fisiológica aumentada”, sendo a ocorrência de 4 a 6 vezes a cada 10 explosões. A duração de EE mais graves(58%) e menos graves (20,89%) foi pequena de menos de 5 minutos, seguida de 34,81% da amostra com EE mais graves e 59,94% com EE menos graves apresentaram duração de 5 a 15 minutos. Foi verificada associação estatisticamente significativa entre a frequência geral de EE e a condição diagnóstica (TEA, SD e DI) . O teste qui-quadrado de independência mostrou associação entre alguns tipos de frequência das EE e a condição diagnóstica (x2(24) = 46,840; p=0,004). De acordo como Índice V de Cramer a associação foi, de aproximadamente 20,9% (V de Cramer =0,209; p=0,004). Os participantes com TEA tem uma tendência maior a ter EE uma vez por semana e as pessoas com DI tem uma tendência maior a ter EE 2 a 3 vezes por mês. O mesmo teste verificou associação de frequência com a idade (6 a 11 anos, 12 a 16 e 17 a 26 anos). O Índice V de Cramer mostrou associação de, aproximadamente 28% (V de Cramer =0,280; p=0,00). Crianças entre 6 e 11 anos têm uma tendência maior a ter EE uma a três vezes por semana e pessoas acima de 17 anos as têm uma vez por mês (x2(16)= 56,267; p=0,00). Os resultados do estudo mostram propriedades psicométricas adequadas para uso em contexto de pesquisa e contexto clínico no Brasil. - DissertaçãoTradução e adaptação cultural para a língua portuguesa do Brasil do Inventário de Problemas de Comportamento 01 - The Behavior Problems Inventory (BPI-01)Baraldi, Gisele da Silva (2011-02-17)
Psicologia
Pessoas com distúrbios do desenvolvimento e deficiência intelectual freqüentemente apresentam problemas de comportamento em níveis variados de gravidade que prejudicam seu desenvolvimento, adaptação social e possibilidades de inclusão. Os procedimentos mais utilizados para identificar problemas de comportamento são a observação comportamental e os inventários comportamentais padronizados. No Brasil há uma escassez de instrumentos padronizados para avaliar problemas de comportamento em populações com desenvolvimento atípico. O objetivo do estudo é traduzir e realizar adaptação cultural do instrumento The Behavior Problems Inventory-BPI-01 para a língua portuguesa do Brasil. A amostra foi composta por 60 crianças e adolescentes na faixa etária de 6 a 16 anos de idade (30 com desenvolvimento típico e 30 com desenvolvimento atípico), seus respectivos cuidadores e três profissionais da área de distúrbios do desenvolvimento. Os instrumentos de coleta de dados foram os seguintes: a) Versão Brasileira do Inventário de Problemas Comportamentais/The Behavior Problems Inventory-BPI-01, b) Versão brasileira do Inventário dos comportamentos de crianças e adolescentes de 6 a 18 anos (CBCL/ 6-18), c) Escala de Inteligência Wechsler para crianças, d) Questionário de Avaliação de Autismo/ASQ. Os coeficientes de validade de conteúdo resultantes da avaliação dos itens, efetuada pelos juízes com base nos critérios de objetividade, clareza e precisão oscilaram entre 0,7 e 0,8 (70 a 80% de concordância). Indicadores de consistência interna entre os itens do BPI-01 mediante uso do coeficiente Alfa de Cronbach identificaram um coeficiente de 0,65 na escala de comportamentos auto-agressivos, 0,91 na escala de comportamentos estereotipados e 0,82 na escala de comportamentos agressivos/destrutivos. Para avaliar a relação entre sensibilidade e especificidade entre os valores de freqüência das escalas do BPI-01, foi utilizado o método das Curvas de Características de Operação do Receptor (Curva ROC - Receiver Operating Characteristic). Resultados preliminares desta análise identificaram valores de sensibilidade 0,76 e especificidade 0,06 para um escore de 0.5 ponto na escala de comportamentos auto-agressivos; 0,40 de sensibilidade e 0,03 de especificidade para um escore de 1,5 ponto na escala de comportamentos estereotipados e; 0,23 de sensibilidade e 0,03 de especificidade para escore igual a 3,5 pontos na escala de comportamentos agressivos/destrutivos. A análise de correlação mediante uso de coeficiente Spearman entre os escores do BPI-01 e os escores do inventário ASQ e CBCL/6-18 identificou coeficientes estatisticamente significativos de nível médio a moderado. Os resultados mostraram indicadores de validade convergente adequados entre as escalas do BPI-01 e os inventários CBCL/6-18 e o ASQ. Os valores dos coeficientes Alfa de Cronbach mostraram adequadas propriedades estatísticas de fidedignidade da versão brasileira do instrumento. Embora seja necessário ampliar o número amostral, os valores preliminares obtidos mediante uso de método ROC apontam para indicadores adequados de sensibilidade e especificidade nas escalas de auto-agressividade e estereotipia com pontos de corte entre o grupo típico e atípico de 0,5 e 1,5 respectivamente.