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O casal de protagonistas em de Amor e de Sombra, de Isabel Allende: uma análise
Valentim, Laís Gerotto de Freitas (2022-02-02)
Centro de Comunicação e Letras (CCL)
Este trabalho tem por objetivo analisar as personagens Irene Beltrán e Francisco Leal, do livro De amor e de sombra (1991), romance de Isabel Allende, percebendo as características de cada um ao longo da trama. Por ser uma das obras mais importantes e pioneiras da carreira da autora, faz-se muito presente o tema da Ditadura, o qual é o elo entre o casal de protagonistas, visto que Irene, a princípio, não sabe o que se passa em seu país até que Francisco a apresente aos horrores do período. Como principais teóricos desse trabalho, utilizamos os livros de Beth Brait (2017), Antonio Candido (2014) e E. M. Forster (2013), que nos serviram de base para a categoria narrativa sobre a personagem; estudiosos sobre a Ditadura chilena como Joan Garcés (1993) e Emir Sader (1984) com os seus respectivos livros de grande contribuição nesse estudo e também destacamos o livro de Roberto Simon (2021), do mesmo assunto. As demais referências aqui utilizadas foram também de grande contribuição para a nossa pesquisa como os críticos Mayra Herra (1989) e Ángel Rama (2005) acerca da teoria do Boom latino-americano e Donald L. Schaw (1998) com a sua teoria sobre o Pós-Boom, período no qual a autora do livro estudado aqui, Isabel Allende, insere-se. Utilizamos a metodologia bibliográfica com livros, artigos, teses e ensaios sobre o assunto, além de outros materiais específicos. A análise feita nos permite considerar: a época em que as personagens estavam inseridas; como elas se comportavam frente à situação política de seu país, o Chile, e as características de ambas, fazendo-nos entender como se dá a construção literária delas no romance, considerando também o núcleo de que fazem parte.
Chuva, poeira e neon: espaço e distopia em Androides sonham com ovelhas elétricas?, Blade Runner e Blade Runner 2049
Almeida, Juliana Varella Reginato de (2021-08-16)
Centro de Comunicação e Letras (CCL)
Qual é a relação entre espaço e distopia? Num período em que os usos e ocupações de espaços, sejam eles domésticos, públicos, urbanos, de transporte, estudo ou trabalho, vêm sendo tão radicalmente transformados em decorrência de uma doença mundial (a Covid-19), e em que um sentimento coletivo de “estar vivendo uma distopia” cresce e se populariza, cabe perguntar como a literatura e o cinema, e em particular a ficção científica, têm explorado elementos espaciais para trabalhar o tema da distopia ao longo de sua história. Neste trabalho, estudamos três obras interconectadas, produzidas em diferentes mídias e períodos: o livro Androides sonham com ovelhas elétricas?, de Philip K. Dick, de 1968; o filme Blade Runner – O caçador de androides, de Ridley Scott, de 1982; e o filme Blade Runner 2049, de Denis Villeneuve, lançado em 2017. Em cada uma delas, exploramos a presença de elementos clássicos do modo distópico, como o controle autoritário e a desumanização dos personagens; investigamos como os espaços são enquadrados e narrados, seja pela câmera, seja por palavras; e procuramos identificar quais são as problemáticas da vida real que se expressam, em cada época, na forma de histórias, metáforas e ambientes ficcionais. Com isso, esperamos lançar alguma luz sobre o papel do espaço, entendido num sentido amplo e multissensorial, na construção de narrativas próprias à ficção científica e na provocação de um sentimento distópico no leitor ou espectador, que é enfim estimulado a refletir criticamente sobre sua realidade.
A construção do personagem no cinema de Woody Allen: um estudo sobre os protagonistas de noivo neurótico, noiva nervosa e o festival do amor
Moretto, Natalie Rodrigues (2022-08-19)
Centro de Comunicação e Letras (CCL)
A presente dissertação tem como objetivo analisar os personagens protagonistas dos longas Noivo neurótico, noiva nervosa (1977) e O festival do amor (2020), do diretor e roteirista norte-americano Woody Allen. Partindo do pressuposto de que são filmes com a mesma temática central, buscamos comparar a forma como ele constrói seu protagonista e como sustenta um cinema autorreferencial, mesmo com mais de meio século de separação entre as duas obras. Com essa finalidade, procuramos identificar assuntos correlatos que são abordados por Alvy e por Mort em seus diálogos e monólogos interiores e como cada um deles se desenvolve dentro de seu universo existencial, partindo de suas representações de alguns dos dramas do homem pós-moderno e sua relação com o Outro e com o ambiente. Esta análise pauta-se nas teorizações de Byung Chul-Han (2015) e Zygmunt Bauman (1998, 2021) sobre o conceito da pós-modernidade, atreladas às ideias de Leonor Arfuch (2010) a respeito da tendência autorreferencial do sujeito contemporâneo. Além disso, para melhor entender os recursos cinematográficos e audiovisuais utilizados, lançamos mão das teorias de Marcel Martin (2013) e Eva Heller (2013)
Entre tiros e letras: literatura e jornalismo nas crônicas de Rubem Braga na cobertura da 2ª Guerra Mundial
Dias, Jonathas Cotrim (2022-04-18)
Centro de Comunicação e Letras (CCL)
Esta dissertação se propõe a analisar a obra Crônicas da Guerra na Itália, de Rubem Braga, tendo como foco a relação entre jornalismo e literatura na cobertura da 2ª Guerra Mundial. O objetivo é compreender de que forma a crônica de Braga se configura durante seu trabalho como correspondente de guerra, preservando as características de seu texto, fundamentado no gênero da crônica, sem no entanto, perder de vista a necessidade de informar os acontecimentos da guerra. Partindo de uma revisão bibliográfica sobre a crônica, o trabalho pretende analisar os textos do livro de Braga sob o olhar limítrofe que este gênero literário apresenta, capaz de habitar as mais diversas fronteiras: está no limite da literatura, jornalismo e historiografia, além de também estar na divisa entre o conto, a poesia, o ensaio e a ficção. Tais fronteiras conferem ao gênero tamanha complexidade e o tema tratado no livro de Braga consegue levantar ainda mais profundidade, considerando que o autor esteve presente no campo de batalha como jornalista. O trabalho se configura a partir do cruzamento destes olhares, considerando ainda as diversas nuances históricas e tecnológicas que perpassaram a produção das crônicas de guerra. Rubem Braga, ao tentar reconstruir a jornada das pessoas simples que foram para a guerra, nos permite um vislumbre da situação das tropas de uma forma poética, singela e, por vezes, irônica e bem-humorada, sem perder de vista os horrores da guerra, o que o leva, a todo instante, a se posicionar contra a barbárie humana.
O gótico em A outra volta do parafuso de Henry James e Os inocentes de Jack Clayton: uma análise de uma adaptação literária aos cinemas
Biazolli, Gustavo Lietti (2023-02-09)
Centro de Comunicação e Letras (CCL)
Este trabalho consiste numa análise da adaptação fílmica do livro A Outra Volta do Parafuso para o longa Os Inocentes. Como parte do processo de pesquisa, uma dissertação, aborda-se constantemente o gótico, a base de ambas obras, e sua vertente advinda do gótico, o horror que também é base de ambas obras. No trabalho é destacado, em três capítulos, as teorias da adaptação e a sua recepção crítica diante da mídia especializada, a literatura gótica debatendo não só a obra em si de Henry James, mas a arte literária gótica como um todo. Como surgiu, suas mudanças ao longo dos séculos e a influência que tem no horror e as ghost stories no cinema e o debate do filme Os Inocentes e como ele atualiza a estética gótica para os cinemas.
Heranças silenciosas, heranças malditas: implicações da subalternidade e do emprego doméstico em Com armas sonolentas, de Carola Saavedra, e Estela sem Deus, de Jeferson Tenório
Della-Flora, Luana Jéssika (2020-02-20)
Centro de Comunicação e Letras (CCL)
A partir da percepção de que mudanças políticas e socioeconômicas, ocorridas no Brasil nos últimos anos, afetaram a dinâmica das populações marginalizadas, cuja participação e representação no universo literário nacional sempre refletiu – com raras exceções – a exclusão social a que estavam submetidas, estudamos dois romances escritos por autores brasileiros e publicados em 2018 com o objetivo de analisar como a literatura contemporânea aborda essas populações, concentradas aqui na temática do emprego doméstico, tanto no que diz respeito a construção das personagens e das categorias narrativas, quanto na relação entre esse contexto, a realidade brasileira e o lugar de autoridade ocupado pelo intelectual/escritor. Com armas sonolentas (2018), de Carola Saavedra, e Estela sem Deus (2018), de Jeferson Tenório, apresentam personagens femininas ligadas ao trabalho doméstico – e ligadas umas às outras por laços sanguíneos. O eixo teórico basilar em torno do qual desenvolvemos essas análises é constituído por textos e autores dos Estudos subalternos – escola teórica estabelecida no contexto da pós-colonialidade –, como Gayatri Spivak (2018) e Walter Mignolo (2011, 2017). Além disso, analisamos também os aspectos míticos presentes em cada obra: o realismo maravilhoso, no caso de Saavedra, fundamentado por Eliade (1972, 1992) e Chiampi (1977, 2008), e a religiosidade, no caso de Tenório, fundamentada por Armstrong (2005). Como resultado, desenvolvemos a hipótese da interferência do histórico de formação da sociedade brasileira nessas produções literárias em contraponto a não limitação da obra a uma abordagem realista-naturalista, pois, em literaturas de temática subalterna, o rompimento da lógica racional hegemônica de representação parece trazer ainda mais força à narrativa, considerando que o absurdo da realidade equilibra o absurdo do mito. Identificamos, ainda, que a ascensão social e intelectual das personagens se dá por motivos individuais e específicos, e não por uma transformação das estruturas de poder – fator que agrega ainda mais relevância à literatura contemporânea quando esta aborda a subjetividade do subalterno, com fazem Carola Saavedra e Jeferson Tenório.
O New Weird: a fundamentação de um subgênero da fantasia em exorcismos, amores e uma dose de blues, de Eric Novello
Taniguchi, André Karasczuk (2021-02-03)
Centro de Comunicação e Letras (CCL)
O New Weird é um subgênero da Fantasia que, de forma geral, combina sua narrativa com topos do Horror, da Ficção Científica e de outros gêneros em uma ambientação urbana, misteriosa e grotesca. Especula-se que esse subgênero tenha surgido no início do século XXI com as produções do escritor China Miéville – principalmente em seu romance Perdido Street Station (2000) –, apesar de algumas das suas raízes se manifestarem no decorrer da década de 1990. Mendlesohn e James (2009) argumentam que o New Weird é um movimento das literaturas de língua inglesa, no entanto, apresentamos, nesta dissertação, uma extensa análise do romance brasileiro Exorcismos, amores e uma dose de blues (2014), de Eric Novello, o qual possui inúmeras características pertencentes ao subgênero. Nesse sentido, este trabalho é dividido em três momentos principais: primeiramente, uma discussão teórica acerca do gênero da Fantasia (ou Literatura Fantástica), contemplando seus diversos termos, concepções e vertentes, além de uma breve discussão histórica sobre sua trajetória no Brasil e no mundo; a segunda parte é composta por reflexões acerca do New Weird e estabelecendo seus principais fundamentos; e uma terceira parte dedicada exclusivamente à articulação entre o romance de Novello e o subgênero. A análise de Exorcismos, amores e uma dose de blues (2014) dialoga com quatro aspectos fundamentais ao New Weird: a mescla de gêneros, que no romance se manifesta pela presença de traços do Horror, da Ficção Científica, da Fantasia e do Romance Policial; o uso extensivo de elementos grotescos, estes relacionados à transfiguração e mutação dos corpos; a presença essencial do espaço urbano, representado por Libertà, uma versão alternativa da cidade de São Paulo; e o discurso político, uma vez que o livro de Novello possui diálogos pertinentes com problemas do mundo contemporâneo. Nosso referencial teórico principal é composto por VanderMeer (2008), no tocante às questões do New Weird; Causo (2003), Mendlesohn (2009), Matangrano e Tavares (2018), Roas (2012) e Tolkien (2014) como referências à Fantasia; e James (2013) para as reflexões acerca do Romance Policial.
O Genesis bíblico em Machado de Assis: uma análise da incorporação dos relatos envolvendo a criação, queda e redenção dos seres humanos no texto bíblico de Genesis 1-3 no conto machadiano “Adão e Eva”
Ocanha, Marcos Roberto Bugliani (2024-08-08)
Centro de Comunicação e Letras (CCL)
A genialidade criativa de grandes autores comunica o fato de que estes escritores eram antes de tudo, grandes leitores. Os escritores refletem suas influências literárias a um ponto em que podem ser considerados como filhos de suas leituras reproduzidas no livro. Machado de Assis foi um precursor de um bom número de autores que sempre souberam que a escrita é um subproduto da leitura. Ele também era um leitor da Bíblia. Machado fazia questão de incluir suas leituras da Bíblia dentro de sua produção, mas tratava-se de um processo de apropriação que ia além da simples imitação. Este trabalho pretende apresentar uma leitura intertextual do conto “Adão e Eva” da coleção “Várias Histórias”, a partir de suas relações com o livro Bíblico de Gênesis. Para isso, extrairemos do conto restrições, alusões, ecos, e estilização bíblica para confrontá-las com os textos originais de onde foi retirado e, a partir da compreensão da relação existente entre esses textos, a pesquisa se voltará ao texto machadiano para caracterizar como a incorporação da narrativa bíblica coopera como recursos narrativos empregados por Machado de Assis para desenvolver sua construção discursiva nesta obra, e que lhe permite questionar valores, conceitos imutáveis, relativizar comportamentos, e a própria essência da criação do mundo. A hipótese levantada é a de que o movimento textual que recupera, reutiliza e atualiza a tradição cultural religiosa, que além de dar conta do processo de composição textual, levanta também algumas ideias sobre ética, moral, valores etc., na vida em sociedade, assim como sobre a reflexão que o autor propõe a respeito de sua própria composição literária, foi a carnavalização literária, como descrito no pensamento literário bakhtiniano.
A poiésis cosmogônica de J. R. R. Tolkien em o silmarillion: influências da cosmogonia judaico-cristã na subcriação do mundo secundário Tolkieniano
Nascimento, Everton Levi Matos do (2023-02-07)
Centro de Comunicação e Letras (CCL)
Esta análise visa a explorar as influências bíblico-teológicas na poiética tolkieniana, em particular, na obra O Silmarillion. Tendo como pressuposto a Bíblia, pretende-se analisar a obra a fim de identificar as influências tanto explícitas quanto as tácitas da cosmogonia bíblica contida na narrativa de origem de Gênesis, capítulos 1e 2. Intenciona-se, ainda que não exaustivamente, evidenciar o background em que a narrativa se desenvolve na busca por subcriar um “Mundo Secundário” – fruto do empreendimento poético – a partir, tanto da razoabilidade do “Mundo Primário” – mundo real –, quanto da “consistência interna de realidade” atinente às verdades do “Mundo Secundário”. Por fim, há de se empreender uma análise comparativa, sob a hipótese de que há, em forma e função, muitos ecos da tradição literária bíblica – nos termos de Auerbach – que podem ser “ouvidos” no Mundo Secundário de Tolkien. Portanto, a finalidade desta pesquisa reserva-se aos dois primeiros contos do antigo Livro dos Contos Perdidos1 , O Silmarillion. Esta hipótese se dá, com especial ênfase, se analisada a relação entre a narrativa cosmogônica de Gênesis e os dois primeiros contos de O Silmarillion: o mito criacional e Ainulindalë (“a música dos Ainur”); e Valaquenta, uma versão sintética do mito Ainulindalë, contendo longas listas descritivas de nomes e funções dos diversos seres criados no legendário tolkieniano. Porém, excertos de outros contos podem servir, ainda, de reforço comparativo, a fim de se constatar, ou não, a viabilidade da hipótese aqui levantada. Para tanto, os trabalhos de teóricos como Tzvetan Todorov (2012), Erich Auerbach (2021), Robert Alter (2007), Diego Klautau (2021), entre outros, serão de extrema importância para o empreendimento a seguir.
Representações dos afetos em Cantáteis, de Chico César
Souza, Sílvio Lourenço de (2022-02-16)
Centro de Comunicação e Letras (CCL)
No contexto da poesia brasileira no período recente do fim do séc. XX e início do séc. XXI, o livro-poema Cantáteis. Cantos elegíacos de amozade, do poeta, compositor e cantor paraibano Francisco César Gonçalves, ou Chico César, foi composto em 1993 e publicado em 2005. A obra, contendo tom biográfico, consiste em 141 estrofes de 11 redondilhas maiores cada e se insere em uma vasta tradição poética de língua portuguesa, cujas fontes mais antigas estão nas cantigas de amor e amizade medievais. Este trabalho tem como objetivo demonstrar como os afetos são representados em Cantáteis, a saber, os afetos amorosos, a geografia dos afetos e os afetos literários, articulados por meio de tópoi presentes na poética, especialmente nas cantigas trovadorescas, buscando explicitar como, usando uma forma canônica, Cantáteis se articula com a poética contemporânea brasileira e com a obra de composição musical do próprio Chico César. A leitura de Cantáteis parte da identificação dos tópoi por meio das obras de Spina, da articulação entre obra e contexto citadino e suas possíveis relações e contribuições com poéticas brasileiras recentes. Finalmente, tal representação dos afetos não está dissociada da expressão musical. Assim como as cantigas trovadorescas eram, por natureza, veiculadas com o suporte de instrumentos musicais, Cantáteis possui estreita relação com a obra do compositor Chico César, o que a distingue da produção poética brasileira do período considerado.
Ressignificando princesas: representações da mulher em uma releitura feminista de contos de fadas crônicas lunares, de Marissa Meyer
Simão, Izabela Fernandes (2022-02-03)
Centro de Comunicação e Letras (CCL)
A palavra “princesa” no século XXI carrega diferentes significados. Em especial, ela pode nos remeter às adaptações dos contos de fadas realizadas pela empresa norte-americana Walt Disney Animation Studios. Até 80 anos atrás, os estereótipos de mulheres representados nessas animações reforçaram uma herança do patriarcado entranhada na mentalidade da sociedade ocidental: do sexo frágil, da donzela em perigo. Hoje, tais representações seguem um caminho de celebração da força feminina, contribuindo com as reivindicações feministas a respeito do papel da mulher na sociedade. Com o intuito de examinar em que medida as narrativas do corpus podem somar ou não às vozes de resistência, esta dissertação objetiva verificar como ocorre a atualização dos papéis atribuídos às personagens femininas ao longo dos séculos. E analisar de que maneira as conquistas feministas impactam tais enredos. Para tanto, o corpus literário escolhido são os contos de fadas “Cinderela” e “Branca de Neve” e as releituras propostas pela autora americana Marissa Meyer na série de ficção científica Crônicas Lunares, nos livros Cinder (2013) e Winter (2016). Com a revisão bibliográfica, pretende-se, além de confrontar as personagens principais dos textos originais com as protagonistas das releituras, analisar de que maneira o trabalho de Meyer transforma temas e figuras dos contos tendo em vista uma nova proposta para as princesas. É esperada, com essas análises, uma discussão de gêneros e papéis sociais, essencial em todos os níveis intelectuais, mas principalmente no do entretenimento.

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